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Estudo: anticorpos de quem teve covid-19 não protegem contra variante. Testes em laboratório mostram que variante Gamma não é neutralizada

Estudo internacional com participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) revela um mecanismo que explica o motivo pelo qual ocorrem as reinfecções de covid-19. Testes em laboratório mostraram que a variante Gamma, anteriormente conhecida como P.1, originada no Brasil, é capaz de escapar dos anticorpos neutralizantes que são gerados pelo sistema imunológico a partir de uma infecção anterior com outras variantes do coronavírus.

Os pesquisadores destacam, no entanto, que os resultados foram obtidos in vitro, ou seja, em laboratório. Além disso, o estudo não inclui outros tipos de resposta imune do organismo, como imunidade celular. “É fundamental entender que pessoas infectadas podem ser infectadas novamente”, aponta William Marciel de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, primeiro autor do artigo. O trabalho foi publicado como artigo na revista científica The Lancet em 8 de julho.

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Variante lambda do coronavírus: o que se sabe sobre mutação que se espalha pela América do Sul e preocupa OMS

Os vírus usam técnicas diferentes para continuar infectando as pessoas.

E o caso da covid-19 não é exceção. As versões atuais da doença estão se espalhando muito mais facilmente do que a original, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan no fim de 2019.

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Vacina AstraZeneca tem 92% de efetividade contra hospitalização pela variante Delta

Um estudo da Public Heatlh England (PHE) mostrou que a aplicação de duas doses da vacina AstraZeneca apresenta 92% de efetividade contra a hospitalização pela variante Delta (B.1.617.2) do Sars-CoV-2 e que nenhuma morte foi observada entre os pacientes completamente imunizados. A variante, antes conhecida como indiana, tem se espalhado rapidamente pelo Reino Unido e já teve casos confirmados no Brasil. A vacina também demonstrou uma alta efetividade contra a variante Alpha (B.1.1.7), identificada pela primeira vez no Reino Unido, com redução de 86% nas internações e sem mortes relatadas.

O estudo da agência de saúde do governo britânico, publicado em versão pré-print no dia 14 de junho, envolveu a vacina da AstraZeneca, que no Brasil é produzida pela Fiocruz, e o imunizante da Pfizer. A pesquisa analisou 14.019 casos da variante Delta que chegaram às emergências dos hospitais ingleses entre 12 de abril e 4 de junho deste ano. Destes, 166 foram hospitalizados. Foi comparado o risco de internação entre os não vacinados e os vacinados com primeira e segunda doses.

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Anticorpos de infectados pela primeira cepa do coronavírus mostram boa atividade contra a P.1 em testes

Testes laboratoriais conduzidos no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) sugerem que, na grande maioria dos casos, os anticorpos gerados durante uma infecção pela cepa ancestral do novo coronavírus são capazes de neutralizar também a variante P.1, que emergiu em novembro de 2020 na cidade de Manaus (AM) e é considerada mais transmissível.

Os experimentos foram feitos com plasma sanguíneo coletado entre maio e junho do ano passado de 60 voluntários infectados pela linhagem B.1.1.28 do SARS-CoV-2, a primeira identificada no país. Em 84% dos casos, os anticorpos presentes nas amostras coletadas após o 15o dia de infecção foram capazes de neutralizar a P.1 em culturas celulares.

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Vacinas contra covid: o que se sabe sobre eficácia contra variante da Índia e outras já identificadas no Brasil

Com o frequente surgimento de novas variantes do coronavírus no Brasil e no mundo, os cientistas estão atentos para identificar se alguma mutação do vírus será capaz de permitir que ele “escape” da proteção que as vacinas existentes hoje conferem ao corpo humano.

Embora o aparecimento de variantes preocupe, os resultados de estudos feitos sobre as vacinas e as variantes até agora (tanto em laboratório quanto na vida real) são positivos, apontam especialistas em virologia e em doenças infecciosas ouvidos pela BBC News Brasil.

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Estudo investiga mecanismo da reinfecção por Covid-19

A rápida dispersão de algumas variantes do Sars-CoV-2 foi associada a relatos de reinfecção por Covid-19, com base, por exemplo, na alta prevalência da P.1 nos dois primeiros meses após seu surgimento. Diante desse cenário, pesquisadores da Fiocruz Pernambuco e integrantes da Rede Genômica da Fundação buscaram verificar quais seriam os reais mecanismos por trás das reinfecções. A hipótese inicial era que uma maior competência das novas variantes se ligavam às células do hospedeiro humano, porém o resultado apontou para uma direção diferente. De acordo com o coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz Pernambuco, Roberto Lins, foi observado que os anticorpos gerados na primeira onda da pandemia não conseguiriam neutralizar eficientemente as variantes de preocupação estudadas. Essas novas mutações sofridas pelo vírus, na realidade, proporcionaram ao mesmo a capacidade de escapar da resposta imune do organismo.

Os resultados estão no artigo Immune Evasion of Sars-CoV-2 Variants of Concern is Driven by Low Affinity to Neutralizing Antibodies, que acaba de ser publicado na revista científica Chemical Communications. São autores, além do próprio Roberto Lins, o pesquisador da Fiocruz Pernambuco Gabriel Wallau; os doutorandos em Química Emerson Gonçalves Moreira e Matheus Ferraz; e o pós-doutor em Química Danilo Coelho (todos com formação acadêmica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e atuando na Fiocruz Pernambuco em pesquisas ligadas ao monitoramento da Rede Genômica).

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Estudo vai medir eficácia da vacina Covid-19 contra variantes

Um misto de expectativa e esperança tomou conta de Botucatu, interior de São Paulo, neste fim de semana. A cidade foi escolhida para ser palco de uma pesquisa inédita que teve o pontapé inicial no último domingo (17/5), com a vacinação em massa contra a Covid-19 de toda a população adulta. Mais de 63 mil moradores de Botucatu foram imunizados somente em um dia, superando a expectativa de que 60 mil pessoas recebessem a primeira dose neste domingo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou do processo de imunização no município, aplicando a primeira dose da vacina na moradora Suze Helena Crespam, de 57 anos.

“Agora estou me sentindo mais segura, mais tranquila, e emocionada em participar dessa pesquisa e de ser botucatuense”, disse Suze.

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