A cannabis é usada pelos seres humanos há milhares de anos — e é uma das drogas mais populares atualmente. Com efeitos como sensação de alegria e relaxamento, também pode ser legalmente receitada ou usada em vários países.
Mas como o uso desta droga afeta a mente?
Leia MaisViagens longas propiciam uso de drogas por caminhoneiros
A rotina agitada e sem descanso faz parte da realidade da maioria dos caminhoneiros profissionais no País, que atravessam as estradas durantes dias para a entrega dos mais variados produtos com curtos prazos. Com esse dia-a-dia sobrecarregado, não é incomum relacionarem os caminhoneiros ao uso de entorpecentes, inclusive os ilegais, para se manterem acordados durante longas viagens ou para se acalmarem frente ao estresse da profissão. A dissertação de mestrado da bióloga Daniele Mayumi pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) procurou comprovar o uso de drogas por caminhoneiros no estado de São Paulo, além de identificá-las e procurar variáveis que determinam a tendência ao uso ou não da droga pelos profissionais das estradas.
Também funcionária do Departamento de Medicina Legal da FMUSP, no Laboratório de Toxicologia — supervisionado pela professora Vilma Leyton —, Daniele realizou seu mestrado em uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Convidada em eventos de saúde da Polícia, recolhia amostras de urina de caminhoneiros que eram parados na estrada para, posteriormente, realizar testes toxicológicos e comprovar a existência ou não de drogas nas amostras, além identificar as mais presentes. O evento Comandos de Saúde na Rodovia ocorre desde 2006 e é realizado pela PRF quatro vezes ao ano, concomitantemente em todo o Brasil (no mesmo dia e no mesmo horário), em estradas federais próximas a grandes cidades, com o objetivo de melhorar a saúde do motorista, que possui uma rotina agitada e, muitas vezes, não tem tempo de realizar uma consulta médica.
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Mais do que mera diversão ou escapismo, o consumo de álcool, tabaco e alucinógenos entre os incas e os astecas tinha caráter ritualístico, religioso e até curativo. Já para os colonizadores europeus – embora também acreditassem no poder medicinal de certas substâncias psicoativas – a prática representava a adoração ao demônio e, portanto, deveria ser combatida.
Essa ambiguidade do discurso espanhol sobre o consumo de drogas entre os índios, no período da colonização, é tema do livro A embriaguez na conquista da América. Medicina, idolatria e vício no México e Peru, séculos XVI e XVII, lançado recentemente pela editora Alameda.
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