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Seminário debate Saúde Global, Inovação e Produção Global

Os Seminários Avançados em Saúde Global e Diplomacia da Saúde desta quarta-feira (13/11) vão discutir Saúde global, inovação e produção global. E, para isso, o Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), que organiza quinzenalmente o webinário, convidou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, para participar. Ex-coordenador do Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho (CEE/Fiocruz), Gadelha abordará a Produção local para a saúde: perspectivas do Brasil, Brics e G20. O seminário começa às 10h e terá transmissão simultânea em português, espanhol e inglês.

Mediado pela professora e pesquisadora Claudia Chamas e pelo pesquisador Bernardo Cesario, ambos da Fiocruz, o seminário traz outros participantes importantes, como o professor de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Vitor Ido, que falará sobre Desafios para o acesso: debates internacionais

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Fiocruz, USP e Instituto Pasteur fecham parceria científica

A Fiocruz, a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Pasteur se uniram para atuar de forma conjunta no Brasil, através de plataformas técnico-cientifica-educacionais, visando à futura constituição do Instituto Pasteur no Brasil. As instituições firmaram a parceria nesta segunda-feira (8/6). As plataformas, que vão funcionar como redes para o desenvolvimento de conhecimento, estarão localizadas no campus da USP, em São Paulo, e nos campi da Fiocruz no Brasil. A parceria foi assinada como parte do primeiro simpósio científico sobre doenças infecciosas, biologia computacional e neurociências Fiocruz-Pasteur, que aconteceu nos dias 8 e 9 de junho, no campus da Fiocruz em Manguinhos.

Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou que a cooperação representa uma inovação, pois supera o desafio da complexidade das três instituições e do tempo necessário para a implantação de uma instituição com o porte do Instituto Pasteur no Brasil. “Esse acordo já estabelece imediatamente ações de parceria e formas de pesquisa e financiamento, e já aponta para a construção de um plano de negócios que terá, em um período máximo de um ano, todo o esforço necessário para a base para a construção do Instituto Pasteur no Brasil”, disse.

O presidente do Instituto Pasteur, Christian Bréchot, afirmou que a cooperação vai reunir a expertise das três instituições nos campos de pesquisa em mudanças climáticas, meio ambiente, genética e biodiversidade. Segundo ele, a parceria vai criar projetos que vão incluir estudos com enfoque na interconexão entre doenças não crônicas, como câncer, diabetes e enfermidades neurodegenerativas, e doenças infecciosas, como mal de Chagas e malária. “No Brasil, é visível a mudança no perfil de doenças, que tem se deslocado de enfermidades infecciosas para as não crônicas. E esse é o campo principal de atuação do Instituto Pasteur, onde, por exemplo, já iniciamos estudos focados no câncer decorrente de doenças provocadas por patógenos. Ao mesmo tempo, observa-se no mundo o ressurgimento de doenças infecciosas. É com base nesse contexto que pretendemos juntos trabalhar. Essa cooperação vai contribuir para o futuro da ciência, da medicina e da saúde pública”, disse.

Para o vice-reitor da USP, Vahan Agopyan, o acordo representa um momento histórico da união de três instituições diferentes e ao mesmo tempo complementares. “Para a USP, é um prazer trabalhar com o Pasteur e a Fiocruz e, principalmente, desenvolver projetos em conjunto a longo prazo que buscam a inovação”, ressaltou.
Inicialmente serão criadas unidades de laboratórios mistos entre as três unidades em São Paulo e Rio de Janeiro, e uma plataforma mista. Os polos de pesquisa vão atuar nos campos de doenças emergentes ou doenças negligenciadas com potencial para novas epidemias, entre elas, dengue, Chagas, leishmaniose, malária e Chikungunya. Também vão trabalhar nas áreas de doenças do sistema nervoso, em outras causas de morbidez e de mortalidade ligadas ao aumento de expectativa de vida e à urbanização (doenças cardiovasculares e respiratórias, hipertensão, diabetes e outras enfermidades metabólicas), biodiversidade e microbioma, pesquisa translacional e computacional, e integração de estratégias para tratamento de mega dados relacionados com a saúde e na busca de soluções para a saúde.

O futuro Instituto Pasteur no Brasil pretende contribuir para soluções que visam o bem estar da população, com ênfase em saúde, por meio do desenvolvimento de uma rede científica de pesquisa biológica, biomédica e biotecnológica de nível nacional, regional e internacional, reunindo as competências complementares da Fiocruz e da USP e as potencialidades da Rede Internacional dos Institutos Pasteur (RIIP). Membro associado da RIIP, a Fiocruz é um das instituições mais reconhecidas no desenvolvimento de produtos de saúde, imunobiológicos, farmacêuticos e de diagnóstico, sendo moldada seguindo os princípios do Instituto Pasteur francês, com o qual mantém uma parceria histórica por mais de um século.

USP e Unicamp fazem parceria com plataforma de ensino a distância

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciaram, na última quarta-feira (17), a participação na Coursera – plataforma de ensino online, gratuito, lançada no Brasil com apoio da Fundação Lemann. O sistema, criado em 2012 na Universidade de Stanford (Inglaterra), disponibiliza gratuitamente mais de 700 cursos de instituições de ensino renomadas de todo o mundo. As videoaulas são acessadas por 9 milhões de usuários de diversos países.

Segundo a fundadora e presidente do Coursera, Daphne Koller, o sistema se molda aos interesses dos estudantes e permite adaptações às realidades individuais. “É um sistema de aprendizado no qual o conteúdo é assimilado pelos alunos online, do jeito que eles preferem, na sua casa, ao seu tempo, praticando até que dominem as habilidades”, destacou.

Além das aulas, a plataforma tem canais de interação entre alunos, que podem discutir os temas entre si, e com os professores. Também estão abertos testes que podem, inclusive, garantir certificados para os cursos. “Com uma plataforma como o Coursera, o professor passa a ser o criador de um ambiente no qual o aluno é o sujeito do seu processo de aprendizagem”, elogiou o pró-reitor de extensão da Unicamp, João Frederico Meyer.

Os resultados dos questionários e testes servem ainda como instrumento para aprimorar o sistema. “Olhando para os padrões de respostas corretas e incorretas dos alunos, sabemos exatamente que vídeos não estão funcionando, quais questões estão mal formuladas, e isso nos permite interagir com o professor para que ele melhore seu modelo de ensino”, ressaltou Daphne.

Para o pró-reitor de pesquisa da USP, José Eduardo Krieger, existem diversas possibilidades de uso da Coursera, como complemento para os cursos regulares ou para adquirir conhecimento em áreas fora da formação principal. Segundo ele, “pode-se utilizar essa ferramenta para disseminação de conhecimento científico. Não propriamente um curso naquele formato que a gente tem, mas para ampliar conhecimento, ampliar a cultura”.

Kriger disse ainda que a USP pode usar a plataforma para estreitar laços acadêmicos com países vizinhos, uma das prioridades da instituição. “A oportunidade de você atingir centenas, milhares de pessoas ao mesmo tempo é única, e a USP não quer perder essa oportunidade. Isso é fundamental para o crescimento da universidade”, enfatizou.

Atualmente, existem 12 cursos na Cousera traduzidos para o português, apesar de o Brasil ser o quinto país em número de usuários, com 300 mil estudantes. Esse conteúdo está sendo ampliado pelo trabalho de 3 mil tradutores voluntários, e tem suporte da Fundação Lemann.