Tag Archives: Unidades Básicas de Saúde (UBS)

Saúde intensifica campanha e alerta sobre sintomas de arboviroses

Primeiras semanas de 2025 registram 11 mortes por dengue

Com mais de 93 mil casos prováveis de dengue, além de 11 mortes confirmadas e 104 em investigação perla doença apenas nas primeiras semanas de 2025, o Ministério da Saúde intensificou a campanha de conscientização e combate a arboviroses. O trabalho será intensificado sobretudo em estados com tendência de aumento de casos não apenas de dengue, mas também de Zika e chikungunya.

Leia Mais

Tire suas dúvidas sobre a vacinação contra a gripe

Na próxima terça-feira (22) começa, em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país, a campanha tem como principal objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza nesta população.

O público-alvo representa, aproximadamente, 49,6 milhões de pessoas. O Blog da Saúde preparou um material para você tirar suas dúvidas sobre a vacinação contra a gripe:

Quem deve receber a vacina?
Para escolher os grupos prioritários o Ministério da Saúde seguiu recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Além das crianças de seis meses a menores de cinco anos, integram este grupo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, também devem se vacinar.

Quais são os vírus que a vacina protege?
A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado que são: Influenza A (H1N1); Influenza A (H3N2) e Influenza B.

A vacina contra gripe imuniza contra resfriado?
Não, pois o resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado causado por outros vírus.

Qual é o período de vacinação?
Entre 22 de abril e 9 de maio. No sábado (26), acontece o Dia “D” de Mobilização Nacional. Todos os postos de saúde estarão abertos para vacinação. O horário de funcionamento é das 8 às 17 horas, podendo ser alterado conforme definição da Secretaria Municipal de Saúde de cada localidade.

Há alguma contraindicação da vacina?
A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. No entanto aquelas pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança em ambiente hospitalar. Recomenda-se observar a pessoa vacinada, pelo menos, por um período de 30 minutos em ambiente com condições de atendimento a reações anafiláticas.

A vacina contra a gripe causa algum efeito colateral?
Não. A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em poucos casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento.
Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, dor muscular ou febre. Todas estas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.

Vou ficar gripado (a) após me vacinar?
Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina.

A vacina contra a gripe tem o mesmo efeito que um antigripal?
Não, a vacina previne contra a gripe e o antigripal é um medicamento para o alívio sintomático da gripe, usado para reduzir os efeitos causados pela doença.

Por que a vacina não é oferecida, de forma gratuita, para toda população? Quais os critérios de distribuição?
A vacina de influenza tem por objetivo evitar os casos graves e os óbitos, e não eliminar a transmissão do vírus. Por isso, o Brasil, assim como todos os países que usam essa vacina, segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar os grupos com maior vulnerabilidade para as complicações e os óbitos.

Na sua grande maioria, os casos de gripe são casos leves e que se resolvem espontaneamente, sem sequelas ou complicações. Entretanto, nos grupos mais vulneráveis, o caso pode se complicar e gerar outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana.

O que são grupos prioritários?
São grupos que estão vulneráveis a contrair a gripe e desenvolver complicações, como pneumonia e até mesmo o óbito.

Por que a população prisional (pessoas privadas de liberdade) está entre os grupos prioritários?
Este é um grupo vulnerável que ao contrair a gripe e outras doenças respiratórias pode desenvolver complicações e evoluir para o óbito. Principalmente quando consideramos as condições de habitação e confinamento a que são submetidos.

Protegendo a população privadas de liberdade, protege-se também outras as pessoas que estão em contato com este grupo, como os funcionários que trabalham nos presídios.

Quem está dentro do grupo de doentes crônicos?
Este grupo esta dividido por categoria de risco clínico e indicação, conforme o quadro a baixo:

Categoria de risco clínico

Indicações

Doença respiratória crônica

Leia Mais

Rede Cegonha – Cuidando de mamães e bebês

A Rede Cegonha foi uma estratégia criada em 2011 pelo Ministério da Saúdee tem intuito de ampliar e melhorar a atenção à saúde infantil e saúde da mulher. O foco é no pré-natal, atenção ao parto, nascimento e desenvolvimento infantil até os dois anos da criança.

Com a Rede Cegonha é possível garantir acesso e acolhimento às mães e aos bebês e também reduzir a mortalidade materna e infantil, cuidando desde o período da gravidez. Atualmente, a Rede Cegonha atende 2,3 milhões de mulheres em 5.009 municípios brasileiros. A meta do Ministério da Saúde é que até 2014 sejam completados 9,4 bilhões de investimentos nesta área.

No período do pré-natal, é garantido o atendimento prioritário á gestante nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Brasil. É disponibilizado à mulher o teste rápido de gravidez e os exames pré-natais. Já no período do parto e nascimento, existe um acolhimento especial às mamães com classificação de risco e as equipes de saúde são qualificadas para prestação de atendimento especializado e humanizado.

A fase do pós-parto é de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança até dois anos de idade. A pequena Thaíse, de 1ano e 5 meses, nasceu na Maternidade Juvenal de Carvalho, em Fortaleza. Sua mãe, Leidiane Alves, fez todos os exames de pré-natal e acompanhamento da gravidez. Para ela, a saúde de sua filha é o bem mais precioso. “As consultas do pré-natal eram ótimas, pois eu podia saber tudo sobre minha filha, me sentia muito feliz com o crescimento e em saber que ela nasceria saudável”, afirma. No dia do parto tudo ocorreu normalmente. “Cheguei à maternidade por volta das sete horas da manhã e a tarde Thaise já tinha nascido. Chorei e me emocionei”, conta Leidiane.

Leitos – Com a Rede Cegonha, já foram ampliados os números de leitos. Desde o início, foram criados 825 leitos neonatais e hoje em dia o Brasil conta com 2.281 leitos de UTI Pediátrico e 4.179 leitos de UTI Neonatal. Com a capacitação das Equipes de Saúde da Família e nítida melhora nos cuidados com as mães e os bebês, o Brasil conseguiu diminuir o número de mortalidade materna e infantil. Nos últimos três anos o país teve 9% da taxa de mortalidade na infância (menos de cinco anos) diminuída.

Atenção Básica: Opas incentiva países das Américas a ampliar número de profissionais de saúde e investir em atenção

A escassez de médicos e a falta de investimento na Atenção Básica não são problemas exclusivos do Brasil, mas dos 35 países do continente americano, e estes são os principais obstáculos para se atingir a cobertura universal em saúde na região. Foi o que concluiu a Organização Pan-americana de Saúde, que compõe a Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), do Sistema da Organização das Nações Unidas(ONU), durante a 52ª reunião anual da organização internacional, realizada em Washington na semana passada. Na ocasião, as nações debateram as prioridades regionais em Saúde e, ao final, divulgaram uma resolução sobre Recursos Humanos em Saúde, aprovada por consenso por todos os países do continente, que traz uma série de recomendações no sentido de ampliar o acesso da população a profissionais de saúde.

O Programa Mais Médicos foi apresentado no evento de Washington como uma das ações para fortalecer os recursos humanos em saúde que vai ao encontro das recomendações da organização internacional. “A mais recente destas iniciativas foi o arrojado e inovador programa Mais Médicos, do Brasil”, afirmou a diretora da Opas, Carissa Etienneé.

Entre as políticas apontadas na resolução estão a intensificação da cooperação internacional da organização com seus membros para formulação de políticas e capacidades de planejamento; e a reforma da formação médica de pós-graduação, aumentando o número de vagas nas especialidades mais necessárias na atenção básica, em especial na Medicina de Família. A resolução recomenda ainda a avaliação e o monitoramento sistemático de regras e benefícios específicos para recrutar, contratar e estabilizar os profissionais, especialmente em áreas remotas e subatendidas.

“Se essas reformas forem implementadas, as Américas poderão atingir um conjunto de 20 metas para o desenvolvimento dos recursos humanos em saúde que em 2007 os países se comprometeram a alcançar até 2015”, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde, Carissa Etienneé. Estão entre essas metas: que todos os países das Américas tenham 25 profissionais de saúde para cada 10 mil pessoas e que o desequilíbrio da distribuição de pessoal de saúde entre áreas urbanas e rurais seja reduzido pela metade. Além disso, as metas preveem a adoção de um código mundial de exercício profissional e normas éticas para o recrutamento internacional de profissionais de saúde, que as escolas de saúde reorientem suas atividades para o atendimento básico de saúde e que a proporção de médicos de atenção básica seja de mais de 40% do total da força de trabalho de médicos.

Durante o evento da Opas, foi mencionado estudo realizado sobre educação médica de pós-graduação em 14 países latino-americanos em 2010, que revelou que apenas 18% do total das vagas do primeiro ano da residência médica correspondia à Medicina de Família. Este número se reduz ainda mais ao se excluir Cuba, chegando a 9% no restante dos países. Nos Estados Unidos, as vagas na especialização em Medicina de Família equivalem a 11%, 28% na Espanha e 43% no Canadá.

Brasil – O problema da escassez de recursos humanos em Saúde é mundial, mas, no Brasil, a questão é tensionada porque houve explosão da oferta de trabalho, crescimento da saúde suplementar e da oferta de serviços no SUS (até 2015, mais 35 mil postos de trabalho para médicos em UPA e UBS). O país tem 1,8 médicos por mil habitantes, proporção inferior à encontrada em países da América Latina como Argentina (3,2) e Uruguai (3,7). Além de número insuficiente, os médicos estão concentrados em algumas regiões e nos grandes centros. Existem 22 estados brasileiros com média menor do que a nacional, como, por exemplo, o Maranhão, que tem em torno de 0,5 médicos por mil habitantes.

O Programa Mais Médicos é o maior programa de interiorização de médicos da história do país.“Como a maioria dos países em nossa região, o Brasil sofre com a falta de profissionais de saúde em áreas remotas e de baixa renda. O Mais Médicos se insere em nossa longa história de cooperação com o Brasil que se associou à Opas em 1929 e se baseia em princípios fundamentais para nossa organização: solidariedade pan-americana e igualdade na saúde.

Cada país tem que encontrar seu próprio caminho para alcançar a cobertura universal em saúde, conforme sua própria conjuntura histórica, social e econômica”, disse a diretora da Opas.

O diagnóstico da organização internacional vai ao encontro das determinações do programa criado pelo governo federal brasileiro que tem como objetivo ampliar o número desses profissionais no país em áreas remotas, de alta vulnerabilidade social e em periferias de grandes centros urbanos. Para tanto, a Medida Provisória 621/2013, que instituiu o Mais Médicos, integrou um conjunto de ações de curto, médio e longo prazos, que inclui a abertura periódica de  editais de seleção de médicos brasileiros e estrangeiros para atuar por três anos nas unidades básicas de saúde em cidades do interior e nas periferias de grandes cidades, de acordo com a demanda apontada pelos municípios do país.

Os médicos recebem uma bolsa mensal de R$ 10 mil do Ministério da Saúde, enquanto o município custeia a moradia e a alimentação. Os profissionais são acompanhados por tutores e supervisores e, ao final, recebem título de especialista em Atenção Básica. Os estrangeiros trabalham no país com registro profissional provisório, que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na Atenção Básica e apenas nas cidades a que forem designados pelo Ministério da Saúde. Além dos editais de seleção individual, estão sendo realizados convênios entre países. Por meio de convênio entre a Opas e o governo de Cuba, estão participando do programa médicos cubanos.

Para sanar a questão da falta de médicos no médio e no longo prazos, o Programa Mais Médicos prevê a expansão das vagas de graduação e de residência. Até 2018 serão criadas 11 mil vagas nos cursos de Medicina e 12 mil vagas de residência médica. Para cada médico formado haverá uma vaga de residência. Além disso, propõe uma ampla reforma nos cursos de graduação, que devem ser mais focados na Atenção Básica.