Era a segunda vez naquela semana que eu acordava meio mole, meio travado, molhado de suor, tossindo, febre de 39,5ºC, tremendo de frio mesmo embaixo do cobertor. Meu primeiro pensamento: peguei um resfriado forte no inverno paulistano… Vou ao hospital, tomo remédio e pego um atestado para ficar em casa com o Toddy, meu vira-lata caramelo. Fim do jogo.
Mas o jogo estava só no começo, e o que aconteceu depois mudou radicalmente meus planos não só para aquele dia, mas para os seis meses posteriores. Quando finalmente saí do hospital, duas semanas depois, carregava um diagnóstico inesperado: tuberculose (TB).
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A programação da mostra apresentou as novas drogas para tratamento da TB, as ações de vigilância da tuberculose drogarresistente (TBDR) a descoberta de uma nova espécie de micobactéria no Brasil e a plataforma FIO-Tb, que irá mapear competências em tuberculose na Fiocruz. Na abertura, Hermano Castro, apontou aspectos alarmantes sobre a doença. “O Estado do Rio de Janeiro tem a maior incidência de casos do país e temos muito o que fazer. A região de Manguinhos, por exemplo, onde está a Fiocruz, conta com taxas elevadas”, alertou. O diretor enfatizou a missão do Centro de Referência no enfrentamento da doença, detalhando as contribuições realizadas, mas advertiu que o momento não é de comemoração, e sim de convocar a sociedade para refletir sobre o problema. Otavio Porto, chefe do CRPHF, também destacou a necessidade de alerta. “Devemos pensar no tamanho da nossa missão e dos nosso desafios. Além de compartilhar conhecimento, devemos estar atentos aos problemas que norteiam o controle da tuberculose”, admitiu.
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