A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no domingo (24/4) pelo menos 169 casos de hepatite aguda de origem desconhecida.
A maioria das notificações está na Europa e envolve bebês, crianças e adolescentes entre um mês a 16 anos. Do total, 17 (aproximadamente 10%) necessitaram de transplante de fígado e até o momento uma morte foi registrada.
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Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta necessidade dos profissionais de enfermagem assumirem o papel de educadores de transplantados de fígado. O objetivo, segundo o estudo, é o de suprir a falta de informação dos pacientes que realizaram esse tipo de transplante.
Para a pesquisadora, enfermeira Luciana da Costa Ziviani, esta cirurgia envolve procedimentos os mais complexos da medicina moderna. Por isso, adianta ela, requer uma posição diferente dos profissionais da saúde. “É preciso desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem voltadas ao receptor do órgão” uma vez que o paciente sofre modificações significativas em seu comportamento e estilo de vida.
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Com base em um estudo publicado em junho na revista Liver Transplantation, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) propõem alterações nas diretrizes nacionais para transplante de fígado.
De acordo com Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, diretor da Divisão de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP e um dos autores do artigo, os resultados da pesquisa indicam que estão sendo operados no país doentes com estado de saúde tão grave que não seriam mais elegíveis ao tratamento em razão do alto risco de óbito ou de complicações. Por outro lado, candidatos com chance de um desfecho positivo acabam morrendo na fila de espera.
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