Tag Archives: TDAH

Síndrome de Asperger: entenda por que o termo não é mais usado

Diagnóstico é enquadrado como transtorno do espectro autista (TEA)

Autismo leve ou autismo de alta funcionalidade são algumas expressões populares associadas à síndrome de Asperger. O que poucos sabem é que essa nomenclatura deixou de ser utilizada desde 2013, quando a maioria das pessoas com o diagnóstico foi enquadrada no transtorno do espectro autista (TEA) como autista nível 1 de suporte.

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O brasileiro de 8 anos que dá palestras em Londres sobre autismo e TDAH

A uma plateia com 300 crianças de cinco a 11 anos em uma escola em Londres, um garoto conta como é ter o que ele chama de fizzy brain – uma mente “borbulhante” ou “acelerada”.

Quem fala a outras crianças é Noah Faria, de 8 anos, que escreveu um livro infantil sobre como é viver com autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

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Por que tantos adultos estão tomando remédio para tratar TDAH?

Sendo eu uma mulher na casa dos 30 anos que frequentemente digitava “TDAH” no meu computador, algo intrigante ocorreu em 2021. Fui surpreendida por uma série de anúncios online, todos relacionados ao TDAH, ou seja, ao transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.

Entre eles, uma avaliação gratuita de um minuto para determinar a possibilidade de eu possuir o distúrbio, uma oferta de um jogo digital destinado a “reativar” o meu cérebro e até mesmo um anúncio indagando se eu estava experimentando dificuldades no trabalho apesar dos meus esforços.

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TDAH atinge de 3 a 6% da população mundial. Saiba mais sobre o transtorno

Estudos feitos pela comunidade médica e científica mostram que entre 3 e 6% da população mundial sofre com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais conhecido como TDAH. Trata-se de um distúrbio de ordem neurobiológica, que tem como principais características a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. De acordo com Ana Bentes, psiquiatra da criança e do adolescente no Hospital Federal da Lagoa/RJ, cada pessoa pode apresentar o problema de uma forma. “Podemos observar o hiperativo/impulsivo e o predominantemente desatento. Há indivíduos que apresentam ambos os subtipos”, afirma.

O TDAH dá os primeiros sinais na infância. “Não é comum vermos adultos escalando sofás, se levantando a todo momento em reuniões ou correndo em seus deslocamentos. Mas persiste neles a sensação interna de inquietude, como um ‘aprisionamento do corpo pela convenção social’”, alega a médica. Uma curiosidade: a incidência é maior em meninos, que costumam apresentar o quadro de hiperatividade e impulsividade e geralmente têm um diagnóstico mais precoce. Já as meninas apresentam, frequentemente, os sintomas de desatenção sem hiperatividade.

Não se sabe ao certo as causas do transtorno, entretanto fatores genéticos e ambientais são levantados na literatura científica. A psiquiatra lembra que o médico é o único apto para diagnosticar o TDAH. Em não raros casos, é comum os pais ou professores acharem que uma criança desatenta ou mais agitada sofra com o problema, mas pode não ser o caso. “Os sintomas devem estar presentes na escola/trabalho, em casa e até mesmo nas relações dos indivíduos com seus pares. Se ocorrerem em apenas um desses ambientes, deve-se pensar em respostas afetivo-comportamentais e não em TDAH”. 

Caso os pais ou responsáveis percebam que a desatenção ou a agitação extremas da criança estão a prejudicando funcionalmente, é hora de procurar um médico. Os “checklists” de sintomas disponíveis na internet não são suficientes para o diagnóstico, segundo Ana.

Tratamento – A psiquiatra diz que o tratamento é multidisciplinar. “Os fármacos podem ser utilizados, mas não o tempo todo. Eles podem facilitar a psicoeducação e a mudança de hábitos, que vão construir a possibilidade de planejamento e rotina para a criança. O tratamento psicológico também é fundamental, considerando que geralmente quem tem TDAH tem baixa autoestima”. Ocupações como relaxamento, meditação e ecoterapia também podem ajudar em alguns casos. “Existem várias atividades que podem beneficiar a possibilidade da criança ter foco e que permitem a canalização da energia para que ela possa tolerar melhor as situações rotineiras”, finaliza. O esforço das pessoas próximas à criança para estimula-las também é importante para que não haja prejuízos em sua vida social.