Ter uma garrafinha d’água a tiracolo representa um benefício duplo: primeiro, o hábito garante um bom nível de hidratação, algo muito importante em termos de saúde; segundo, evita o consumo excessivo de materiais descartáveis, um ponto positivo em termos de sustentabilidade.
Fiocruz integra projeto internacional com foco em saúde e sustentabilidade em fronteiras
Com parceiros internacionais, a Fiocruz deu a largada em um projeto de pesquisa que visa contribuir para a saúde das populações e dos ecossistemas na Amazônia e no Leste da África diante das mudanças climáticas e da degradação ambiental. O objetivo é estabelecer sistemas de informação para apoiar comunidades locais em áreas de fronteira na avaliação dos impactos das transformações ambientais sobre o seu bem-estar e no desenvolvimento de ações de prevenção, adaptação e mitigação destes problemas.
Na Amazônia, a pesquisa será desenvolvida em duas áreas: a fronteira binacional entre Brasil e Guiana Francesa e a tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Na África, o projeto terá foco na fronteira do Quênia com a Tanzânia, abrangendo o território onde vive o povo Maasai. Intitulada Aplicação multilocal da ciência aberta na criação de ambientes saudáveis envolvendo comunidades locais (Mosaic, na sigla em inglês), a iniciativa une cerca de 90 pesquisadores, de 15 instituições científicas, de sete países.
Leia MaisMinistra da Saúde aponta prioridades do governo durante presidência do G20
Em seminário realizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, pontuou as prioridades do governo no setor durante a presidência do Brasil do G20, iniciada no dia 1º deste mês. Entre os eixos temáticos do grupo de trabalho e as prioridades destacadas pela ministra, estão equidade em saúde, preparação para pandemias e sistemas de saúde resilientes. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, também participou do webinário e compactuou com a mensagem da ministra e seus objetivos, reforçando que pretende continuar trabalhando com o governo brasileiro e a Fundação em prol de um mundo mais saudável e sustentável.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, participou do primeiro bloco do webinário, deu as boas-vindas aos colegas e afirmou que a Fiocruz está “integralmente envolvida, dedicada e alinhada com o governo brasileiro, colocando toda sua capacidade institucional a favor de uma boa participação do Brasil (na presidência do G20) e a favor de bons resultados para o mundo; que tenhamos um mundo mais equilibrado, justo e com menos desigualdades”.
Leia MaisFiocruz Mata Atlântica desenvolve tecnologias sociais no Rio de Janeiro
A Fiocruz Mata Atlântica (FMA) está implementando duas novas tecnologias sociais na Colônia Juliano Moreira, localizada na zona Oeste do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá. A chamada Alagados Construídos é uma solução não convencional e de baixo custo para o tratamento descentralizado de esgotos em moradias que não têm acesso ao saneamento básico convencional. Já o Dispensador de Cloro é outra tecnologia social que tem como objetivo oferecer água tratada a moradias que não possuem abastecimento feito por redes de tratamento convencional. As ações visam contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da saúde na região.
O saneamento básico é um dos principais determinantes da saúde e é direito de todos. “Alagados Construídos é uma solução de baixo custo e fácil aplicabilidade, que reduz as desigualdades sociais e é adequada à localidade para o desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis”, afirma Gilson Antunes, coordenador executivo da Fiocruz Mata Atlântica. “Importante lembrar que o direito ao saneamento é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 (ODS6) da ONU [Água Potável e Saneamento], semelhante à missão da Fiocruz Mata Atlântica, que visa a resolutividade de problemas vinculados à determinação social da saúde no território, com a atuação integrada de equipes multidisciplinares em articulação com instituições públicas, organizações da sociedade civil e outras unidades Fiocruz no entorno da FMA”.
Leia MaisSustentabilidade: Hospital Federal da Lagoa (RJ) recebe homenagem por ações sustentáveis
O Hospital Federal da Lagoa (HFL), no Rio de Janeiro, recebeu no dia 15 de setembro, uma homenagem do Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) e da Rede Global de Hospitais Verdes e Saudáveis (Rede HVS), concedida aos novos membros pela adesão à campanha “Desafio 2020 a Saúde do Clima”. A cerimônia de entrega do ‘certificado de reconhecimento’ aconteceu durante o seminário Hospitais Saudáveis – SHS 2016, realizado nos dias 14 e 15 de setembro, no Instituto de Ensino e Pesquisa / Hospital Sírio Libanês (IEP/HSL), em São Paulo.
Iniciado em 2008, o projeto conta hoje com mais de 140 membros, dentre eles o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e o Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), ambos também no Rio de Janeiro. A proposta da iniciativa está baseada no compromisso dos estabelecimentos de saúde com um conjunto de objetivos abordando as principais áreas de atuação para melhoria do desempenho ambiental e maior sustentabilidade no setor saúde.
Leia MaisEstudo avalia promoção da saúde em empresas de alimentos
No Brasil, somente 50% das empresas líderes no mercado de alimentos embalados produzem relatórios sociais corporativos específicos para o País. Segundo pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, as demais utilizam os documentos globais como referência para ações estratégicas locais. “Quando se fala em relatórios sociais corporativos nos referimos tanto aos resultados das empresas, quanto aos compromissos que estas corporações assumem em relação à sustentabilidade e promoção da saúde da população, por exemplo, incluindo a própria produção do alimento, as iniciativas de educação nutricional e adoção de códigos de conduta voluntários”, descreve Maria Fernanda Elias.
A pesquisadora é autora da tese de doutorado Promoção da saúde: ações das indústrias de alimentos no Brasil. O estudo foi realizado entre 2010 e 2014, sob orientação da professora Sonia Tucunduva Philippi, do Departamento de Nutrição da FSP, e verificou se os relatórios sociais corporativos das empresas estariam compatíveis com a realidade brasileira.
Leia MaisEstudo propõe inclusão produtiva para populações quilombolas
De olho no crescente desemprego estrutural do modelo hegemônico que a sociedade leva, um estudo foi desenvolvido a fim de criar programas para a inclusão de pessoas, bem como geração de renda. Para tanto, Andrea Yumi Sugishita Kanikadan, autora do trabalho realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, propôs analisar duas experiências de ações públicas voltadas ao desenvolvimento local de comunidades quilombolas.
As comunidades estudadas foram o Campinho da Independência, em Paraty (RJ), e Mandira, em Cananeia (SP). No primeiro grupo, foi aplicado um projeto de plantio, coleta e beneficiamento do fruto da palmeira juçara. Já no segundo, a comunidade fez parte de um estudo sobre a restauração da reserva extrativista de ostras comercializadas na região. “As análises envolveram o pensamento do desenvolvimento como liberdade, considerado pelo economista indiano Amartya Sen”, comenta Andrea.
Leia MaisSer sustentável é estratégico no setor farmacêutico
O discurso sustentável das indústrias farmacêuticas está afinado à prática de trabalho dos gerentes e seus colaboradores diretos. A sustentabilidade é incorporada à estratégia de negócio das empresas porque é financeiramente mais barato adotá-la. Uma pesquisa de pós-doutorado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Pesquisa (CNPq), analisou se o discurso sobre sustentabilidade das indústrias farmacêuticas era adotado na prática.
A autora do estudo e jornalista, Devani Salomão, verificou como gerentes e seus colaboradores diretos entendiam o termo sustentabilidade e como o discurso organizacional e a prática gerencial se relacionam à comunicação e gestão sustentável.
Devani justifica a escolha pelo setor farmacêutico por causa da sua importância para a área da comunicação e da saúde. “Esse é um dos contextos no qual a comunicação organizacional, os processos interativos, as gestões, as informações, as concepções sobre os recursos humanos e os costumes sustentáveis têm sido pouco estudados, talvez pela dificuldade de acesso a essas indústrias”.