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Medicamentos de graça no SUS beneficiam cada vez mais diabéticos no Brasil

Desde 2011, com  o lançamento do programa Saúde Não Tem Preço do Ministério da Saúde, vários brasileiros já foram beneficiados  com medicamentos de graça em farmácias próprias do SUS e em drogarias vinculadas ao Aqui Tem Farmácia Popular. O supervisor de recurso, Wanderley da Silva, por exemplo, descobriu que tem diabetes há cinco anos. Ele está satisfeito com o tratamento gratuito.”Eu comprava medicamento de marca e, com o tempo, eu descobri que o governo fornecia essa medicação. Então eu passei a pegar porque são sessenta comprimidos ao mês, então eu teria que comprar três caixas. Três caixas para uma pessoa de baixa renda comprar e gastar R$36,00 é tirando de outra coisa. Eu já sei que está certo pra mim. Está lá meu prontuário, então a pessoa, às vezes, liga, como é o farmacêutico que já conhece. Então eu não tenho como expressar aqui pra você o benefício porque é imenso”, conta Wanderley.   

O aumento do número de pessoas que estão  adquirindo medicamentos para o diabetes está relacionado ao conhecimento sobre a doença. De acordo com dados da Vigitel 2012 – pesquisa do Ministério da Saúde de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, o percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4%, entre 2006 e 2012.

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Saúde irá ofertar novos medicamentos para doenças pulmonares

O Ministério da Saúde vai oferecer quatro novos medicamentos pelo Sistema Único de Saúde(SUS). A partir de 2014, passam a ser disponibilizados os medicamentos ambrisentana e bosentana para Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) e erlotinibe e gefitinibe para pacientes com câncer de pulmão. A portaria que autoriza a incorporação foi publicada nesta sexta-feira (8) no Diário Oficial da União. Cerca de cinco mil pessoas serão beneficiadas com a medida.

O custo de tratamento mensal com os medicamentos para HAP será de R$ 530,00. O Ministério da Saúde negociou preços e conseguiu a redução de cerca de 50% em relação ao valor inicial proposto. No total, serão investidos R$ 12,5 milhões na compra dos medicamentos ao ano.

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Pesquisadora fala sobre a importância da regulação sanitária no contexto global

O Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária – VI Simpósio Brasileiro e Vigilância Sanitária/ II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária –  chegou à sua sexta edição, e este ano foi realizado na cidade de Porto Alegre – Rio Grande do Sul, entre os dias 26 e 30 de outubro. Durante cinco dias de atividades, o evento reuniu dezenas de pesquisadores da área que debateram a respeito de desenvolvimento, regulação, inclusão, proteção à saúde e os rumos da vigilância sanitária no país, além de outros grandes temas que giram em torno da Visa no Brasil e na América Latina.

Em entrevista ao Informe ENSP, Vera Pepe, que divide a coordenação do Centro Colaborador em Vigilância Sanitária (Cecovisa/ENSP) com as pesquisadoras, Ana Célia Pessoa, Lenice Reis e Marismary De Seta, falou sobre a importância da realização do evento, o debate em torno da vigilância sanitária na Escola e como as discussões promovidas no Simbravisa podem contribuir para a melhoria da vigilância sanitária brasileira. Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Informe ENSP: Qual a importância da realização do VI Simpósio Brasileiro e Vigilância Sanitária/ II Simpósio Pan-Americano de Vigilância Sanitária?
Vera Pepe: O Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária é organizado pelo Grupo Temático de Vigilância Sanitária da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Desde o primeiro evento, em 2002, constitui-se de uma importante estratégia não apenas para legitimar a vigilância sanitária como um campo de saber específico e estruturante do SUS, frente à Saúde Coletiva, mas também para congregar as instituições de Ensino e Pesquisa dos serviços de vigilância sanitária.
A presença maciça de diferentes profissionais que se interessam pelo tema, permite a troca de informações sobre experiências e práticas, promove o intercâmbio de conhecimentos e estimula a produção científica, arejada pela ampla e distinta realidade e atuação dos serviços de vigilância sanitária federal, estaduais e municipais no Brasil. Neste VI Simbravisa, a troca foi ainda maior pois agregaram-se os pesquisadores, gestores e profissionais da América Latina e de outros campos.
Tem sido crescente o número de participantes e visível a diversidade dos trabalhos apresentados ao longo destes dez anos de realização do Simbravisa – foram realizadas seis edições do Simpósio ao longo de dez anos. Este ano foram mais de 1.300 participantes presentes, de todas as regiões do país. Foram apresentados e discutidos 882 trabalhos científicos, em nove Comunicações Coordenadas e 37 Discussões Temáticas, vindos das universidades e Instituições de Pesquisa, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dos Laboratórios de Saúde Pública, das vigilâncias sanitárias estaduais e dos serviços de vigilância sanitária de diferentes regiões e tamanhos.
O Simbravisa é o evento científico nacional da vigilância sanitária. É o momento do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária olhar para si mesmo e desenhar estratégias para sua futura atuação. É hora de analisar a conjuntura e seus desafios, identificar suas fragilidades, fortalezas, dificuldades e avanços.  Somar a força de todos que pensam e atuam no campo da Saúde Coletiva e da Vigilância Sanitária é outra grande riqueza.
Informe ENSP: O tema central do Simpósio é vigilância sanitária, desenvolvimento e inclusão: dilemas da regulação e da proteção da saúde. De que maneira você avalia essa relação e sua importância?
Vera Pepe: O tema central do Simbravisa foi debatido em quatro conferências, três grandes encontros, quatro Roda Visa e 33 painéis. Cada um deles abordando aspectos de interesse das instituições científicas e dos serviços de vigilância sanitária relacionados aos quatro aspectos principais: desenvolvimento, inclusão, proteção da saúde e regulação.  Estes quatro aspectos estão intimamente relacionados e são muitos os dilemas existentes na sua combinação. Não é possível pensar o desenvolvimento apenas sob o ângulo econômico. No âmbito da saúde, interessa também o desenvolvimento social e a inclusão, a proteção da sociedade e do ambiente. A regulação sanitária tem importante papel frente ao contexto globalizado.
A Vigilância Sanitária é o fiel da balança, é o que pode fazer com que os interesses econômicos não comprometam os interesses sanitários e as futuras gerações. Temos visto inúmeros recentes exemplos de enfrentamento destes interesses, quando contraditórios, expressos nos episódios dos emagrecedores, da propaganda de alimentos e medicamentos, da proibição de substâncias químicas no tabaco, na questão da regulação dos agrotóxicos e do amianto.
Informe ENSP? Como os debates promovidos durante os quatro dias de atividades pretendem auxiliar na regulação sanitária desenvolvida atualmente no Brasil?
Vera Pepe: Os debates ocorridos durante o Simbravisa iluminaram questões muito caras ao processo de regulação sanitária no Brasil e na América Latina. Foram discutidos temas mais macros como os desafios de gestão e financiamento frente à universalização das reformas do setor saúde na América Latina, a grande dependência externa do Brasil na área de tecnologia da saúde, com a falta de desenho institucional de regulação da incorporação tecnológica e a necessidade de ter uma preocupação mais totalizante acerca do indivíduo e da sociedade.
Foi discutida a Reforma Sanitária do Brasil e a dificuldade em ser assumida como projeto de governo, com uma aposta na privatização do SUS, mesmo entre os que antes encontravam-se na trincheira da defesa de um Sistema Único de Saúde público e universal, com seus princípios de integralidade, participação da sociedade e equidade. Foi discutido o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária à luz do Sistema Único de Saúde, como atividade do Estado e submetido aos mesmos desafios do SUS e a desafios adicionais, oriundos de sua atuação de regulação sanitária num contexto de baixo controle público.
Algumas sugestões foram muito claras como a necessidade de se pensar a saúde como democracia e busca da igualdade, de se comprometer com a Agenda de Desenvolvimento pós-2015, de fortalecimento do setor saúde como um todo e da proteção da saúde em particular, de cuidar para a construção de um desenho da regulação tecnológica que não seja uma relação Estado-indústria, evitando a captura do primeiro.
Nos debates específicos do campo da regulação sanitária realizada pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), alguns desafios foram destacados: o fortalecimento do SNVS com valorização dos profissionais que nela atuam, tanto no que diz respeito ao estabelecimento de uma carreira profissional como à qualificação de sua força de trabalho, de sua capacidade de gestão e de sistema de informação compatível com sua atividade.
Além disso, a defesa da regulação sanitária tendo como baliza a proteção da saúde do cidadão e não dos interesses do setor produtivo foi reiterada em diversos painéis sobre os temas específicos, seja no controle dos agrotóxicos, banimento do amianto, regulação a propaganda de alimentos e cuidado no registro e incorporação de tecnologias, dentre elas os medicamentos.  Também foi discutido alguns desafios como a articulação intrasetorial, com os demais órgãos de saúde, como a intersetorial, especialmente Agricultura, Ministério Público, e Ciência e Tecnologia.
Informe ENSP: Como o tema da vigilância sanitária vem sendo debatido na ENSP?
Vera Pepe: A ENSP tem papel importante, e de longa data, na difusão da vigilância sanitária, na formação de recursos humanos, na produção de conhecimento e na cooperação com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em suas diferentes esferas de governo.
Foi a primeira instituição a incluir o tema da vigilância sanitária nos cursos de Especialização em Saúde Pública, no Brasil, em fins da década de 80, quando a Suely Rozenfeld (pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos da ENSP) veio para cá, saída da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. Difundiu esta proposta, pelo território brasileiro, por meio da então Coordenação de Cursos Descentralizados (CONCURD) e até hoje colabora em cursos realizados fora da ENSP.
O Centro Colaborador em Vigilância Sanitária da Escola Nacional de Saúde Pública (Cecovisa/ENSP) mantém um curso de Especialização em Vigilância Sanitária regular, com recursos próprios, visando formar novos profissionais para o SNVS e qualificar os que dele já fazem parte. Desde a década de 80 já cooperou e coopera com a Anvisa e com a Vigilância Sanitária de alguns estados e municípios brasileiros. Possui um Curso na modalidade à distância que tem formado profissionais pelo País, por meio da Universidade Aberta do Brasil. Oferece Disciplinas na Pós Graduação e oferece módulos de Vigilância Sanitária em Mestrados realizados em outros Países, como em Angola e no Peru.
A Vigilância Sanitária tem sido debatida em Ciclo de Debates, Oficinas e Centros de Estudos ao longo destas décadas. Mais recentemente foram temas de nossos Centro de Estudos da ENSP as patentes, a efetividade e segurança dos anorexígenos e a atuação da Vigilância Sanitária nos eventos de massa.

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Hospital Regional Público do Araguaia, em Redenção (PA), terá Estação BVS

Os gestores e profissionais de saúde de Redenção terão mais um instrumento de auxílio à tomada de decisão com a instalação da Estação Biblioteca Virtual em Saúde (Estação BVS) no Hospital Regional Público do Araguaia, no município de Redenção,no estado do Pará.

Esta Estação é a 100ª (centésima) a ser contemplada pelo Projeto BVS Brasil e a 5ª a ser inaugurada no estado do Pará.

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Ministério da Saúde promove Seminário 10 anos da Política de Humanização do SUS

Em 2013, o governo federal celebra 10 anos da criação de importantes políticas sociais, como o Bolsa Família. Na área da saúde, se comemoram os 10 anos de  atuação do HumanizaSUS. E para analisar sua trajetória e o papel de suas diretrizes na melhoria da atenção e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde convoca gestores, trabalhadores e usuários a participar do Seminário 10 anos da Política Nacional de Humanização. A atividade acontecerá no dia 28 de novembro, na sede da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e poderá ser assistida online, na Sala de Eventos da Rede HumanizaSUS.

A abertura, prevista para as 9h, contará com a presença do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Helvécio Miranda, e os gestores da OPAS, do Programa Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Conselho Nacional de Saúde e PNH. O atual gestor da PNH, Gustavo Nunes de Oliveira vai debater com os ex-coordenadores da Política  Regina Benevides, Angela Pisteli,  Adail Rollo e Dário Pasche durante a Ágora dos 10 anos: a gestão da PNH e seu projeto ético-estético-político na máquina de Estado.

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Hipertensão atinge 24,3% da população adulta

Quase um quarto dos brasileiros adultos tem de enfrentar a hipertensão, mas o maior controle da doença tem diminuído fortemente o número de complicações ligadas à doença, que chegaram em 2012 ao menor patamar dos últimos 10 anos. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, 24,3% da população têm hipertensão arterial, contra 22,5% em 2006, ano em que foi realizada a primeira pesquisa.

Por outro lado, o número de pessoas que precisou ser internado na rede pública caiu 25% nos últimos dois anos. Em 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 154.919 internações decorrentes de complicações da hipertensão; em 2011, o número ficou em 136.633 e foi a 115.748 em 2012. Com isso, o Ministério da Saúde registrou a menor taxa de pessoas internadas para 100 mil habitantes nos últimos 10 anos. A taxa passou de 95,04 em 2002 para 59,67 no ano passado.

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Mais Médicos é destaque da ‘Radis’ de novembro

A edição de novembro da Revista Radis (nº 134) já está disponível on-line com uma reflexão acerca das condições de saúde, trabalho e vida nas pequenas cidades e interiores. A capa traz à tona o tema Mais Médicos e o início do trabalho dos integrantes enviados às periferias, com depoimentos dos profissionais envolvidos e dispostos a se dedicar às populações de cidades onde há carência de contribuição nas equipes de saúde. A edição destaca ainda a opinião da pesquisadora da ENSP Maria Helena Machado sobre a formação não somente profissional, mas também política dos futuros médicos.
“O SUS é o celeiro para a formação, para a práxis e o mercado de trabalho”, observa a pesquisadora da ENSP, Maria Helena Machado, na matéria A complexa formação do futuro doutor, ressaltando que o sistema de saúde brasileiro é o principal empregador dos médicos e profissionais de saúde. Ela defende que o currículo de todas as profissões de saúde tenha abordagem política e a formação se dê com maior diálogo entre serviço e academia. “O médico é um ser político. O SUS tem de interferir na formação”, afirma. Segundo Maria Helena, o número de vagas ofertadas nas graduações e especializações deveria adequar-se à necessidade do SUS em determinadas localidades.
Na reportagem Contratação dos profissionais leva a debate sobre carreira, o diretor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Saúde (CNTS), Joaquim José da Silva Filho, questiona o formato do Programa Mais Médicos. Ele considera que a contratação fere a Constituição e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “É ilegal e inconstitucional. A legislação determina que se apliquem as mesmas regras para brasileiros ou estrangeiros que trabalhem em solo brasileiro”, diz ele. O advogado vê vínculo empregatício na proposta do governo, e, assim, além da remuneração, seria necessário prever encargos legais e benefícios como 13º salário, aviso prévio, hora-extra, adicional noturno e fundo de garantia, entre outros.
Na matéria Pela saúde em seu sentido ampliado, o ex-presidente da Fiocruz, Paulo Buss, explica que, enquanto o Brasil vem defendendo a noção de sistemas de saúde, integrais, universais e equitativos para cuidar da população, a OMS aposta na garantia de cobertura universal, prestada por setor público ou privado, com seguro de saúde para as famílias. “É uma visão conservadora, restrita, na qual o objetivo da saúde seria o de organizar bem a assistência aos doentes. Promoção e prevenção não ficaram claros até o momento. Significa dizer que obteremos saúde desde que tenhamos assistência médica. Nós entendemos que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável devem basear-se na ideia de saúde como qualidade de vida para todos. Isso exige também água, energia limpa, ambiente limpo e todas as coisas que aparecem nos outros objetivos.”
Os ODMs em questão traz a análise da economista do desenvolvimento e professora de Relações Internacionais da New School University, Sakiko Fukuda-Parr. Para Sakiko, em palestra ministrada na ENSP, a experiência com os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODMs) foi bem-sucedida no sentido de unificar esforços pelas prioridades globais, mas, na busca de se estabelecerem poucos objetivos, algumas questões importantes foram excluídas, tais como, a violência contra a mulher, a participação feminina no mercado de trabalho, outros níveis de educação, além do primário, como a educação infantil e o ensino técnico. “Há uma sombra sobre esses temas, que ficaram negligenciados.”
“Gastar com saúde acelera o crescimento do PIB e reduz a desigualdade”. É com essa afirmação do economista Jorge Abrahão de Castro que começa a matéria Saúde e desenvolvimento, articulação necessária. Segundo Jorge, a redução das desigualdades tem como entrave o mix de financiamento de saúde no país. Em termos de organização, o sistema compõe-se de sua porção pública e universal, representada pelo SUS, e por vários subsistemas, incluindo-se planos e seguros de saúde e pagamentos particulares, além de subsistemas de funcionários civis e militares. Em 2009, o subsistema privado respondia por 56% do total de recursos destinados ao financiamento da saúde, e o SUS representava menos de 43%, ou 3,7% do PIB. “Não dá para ter sistema universal com esse mix”, avaliou.
Confira essas e outras reportagens da Radis de novembro na íntegra clicando aqui.

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‘É preciso mais recursos para que o SUS dê conta das necessidades dos cidadãos’

Melhoria no financiamento, regionalização e formação dos profissionais de saúde voltada para as necessidades da população são algumas das ações que aproximariam a realidade prática do Sistema Único de Saúde (SUS) do ideal formulado a partir da Constituição de 1988. A conclusão é da pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Luciana Dias de Lima, que participou do bate-papo entre autores e jovens do ensino médio organizado pela Editora Fiocruz durante as comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013.

Em meio à exposição do Museu da Vida sobre os 25 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), Luciana explicou aos jovens a importância de se ter uma política de saúde com foco na universalidade. A pesquisadora, que é médica sanitarista com mestrado e doutorado em saúde coletiva e uma das organizadoras do livro Políticas de Saúde no Brasil: continuidades e mudanças, também concedeu entrevista ao Portal Fiocruz, comentando o tema.

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10 anos da política de Saúde Bucal no Brasil

Maior programa público de saúde bucal do mundo, o Brasil Sorridente começou há dez anos e apresenta avanços consideráveis na saúde dos brasileiros. No Dia Nacional da Saúde Bucal e do Cirurgião Dentista, conheça um pouco mais sobre essa política pública de saúde.

Antes do Brasil Sorridente, o país não tinha política pública de saúde para o setor. Apenas quem podia pagar por uma consulta tinha cesso a atendimento odontológico no Brasil. Isso fazia com que, em 2003, segundo pesquisa SB Brasil, o censo da saúde bucal do brasileiro feito pelo Ministério da Saúde, 20% da população brasileira já tinha perdido todos os dentes, 13% dos adolescentes nunca haviam ido ao dentista e 45% das pessoas não possuíam acesso regular a escova de dente.

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Osteoporose – A doença silenciosa dos ossos

“Eu sempre fui saudável, não era de ficar tomando remédio. Não pensava em ir ao médico, pois não tinha doença e nunca havia sido operada. Até que aos 85 anos caí dentro de casa e fraturei a perna”, conta a irmã Isolda Hollanda, freira de 95 anos, que descobriu a osteoporose só após a fratura.

No último domingo (20), foi o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem da doença. Conhecida por ser silenciosa e atingir principalmente os idosos, ela é mais comum entre as mulheres. É uma doença óssea crônica progressiva que deixa os ossos frágeis, ocasionando a quebra com pouco impacto. É considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública, responsável por altos índices de morbidade e mortalidade de pessoas idosas. Para se ter uma ideia, apenas de fratura do fêmur em idosos foram gastos cerca de R$ 600 milhões em internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2003 e 2012.

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