Tag Archives: Sistema Único de Saúde

Filas de cirurgias precisam ser monitoradas pelo SUS, diz pesquisadora. Faltam dados: não se sabe quantos esperam hoje pelos procedimentos

Uma informação importante sobre a situação atual das filas de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) é, na verdade, a ausência de um dado: não se sabe quantas pessoas esperam hoje pelos procedimentos em cada canto do país.

A vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Marília Louvison, descreve que o diagnóstico, quando existe, encontra-se apenas em nível municipal, e precisa ser consolidado em nível estadual e federal. Professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), ela defende que o trabalho que o SUS terá pela frente para vencer o represamento de cirurgias passa, primeiro, por dimensioná-lo.

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Foto destacada: acervo da FAU

Laboratório da USP estuda o design para melhoria da saúde pública

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, local de desenvolvimento de pesquisas sobre Design em Saúde

Estudos focam em aprimoramento de dados para gestores, educação aos pacientes e comunicação em procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS)

A trajetória do paciente: como o design pode aperfeiçoar a saúde pública?
Estudos focam em aprimoramento de dados para gestores, educação aos pacientes e comunicação em procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

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HIV/Aids: projeto da Fiocruz Minas investiga o acolhimento no sistema de saúde

Oficinas para conversas, desabafos e trocas de experiências. Cartas para o registro das vivências. É com essas ferramentas que o Grupo de Saúde, Educação e Cidadania (SEC), da Fiocruz Minas, vem trabalhando no projeto Reconectando Vidas, que tem por objetivo principal fortalecer e qualificar o acolhimento a Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA). Para isso, a equipe responsável pelo projeto entende que é fundamental compreender como se dá a trajetória dessas pessoas dentro do sistema de saúde, desde o momento em que buscam o diagnóstico, passando pela fase de adesão ao tratamento e à continuidade dele.

Para alcançar essa compreensão, o grupo de pesquisa criou espaços de escuta qualificada, possibilitando às pessoas que vivem com HIV/Aids relatar como são acolhidas nos serviços de saúde, permitindo aos pesquisadores identificar os pontos fortes e, principalmente, os aspectos que precisam ser aprimorados.  Entre os espaços criados estão um coletivo, materializado em oficinas em que PVHA podem dialogar e falar sobre suas vivências; e um individual, em que elas são convidadas a escreverem uma carta, contando sobre a experiência com o HIV/AIDS, desde o momento em que receberam o diagnóstico da doença.

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Livro detalha os caminhos para a construção do Subsistema de Saúde Indígena do SUS

Entre as diversas crises – sanitária, humanitária, social e econômica – emergidas no contexto da Covid-19, a saúde dos povos indígenas no Brasil tem sido uma das mais preocupantes e debatidas. A questão é enfatizada pelos organizadores do mais novo livro da coleção Saúde dos Povos Indígenas da Editora Fiocruz: “a pandemia tornou ainda mais evidentes as deficiências que permanecem na atenção à saúde indígena e a sua frágil articulação com os demais níveis de complexidade da rede SUS”, destacam Ana Lúcia Pontes, Felipe Rangel de Souza Machado e Ricardo Ventura Santos, pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). O trecho encontra-se na apresentação de Políticas Antes da Política de Saúde Indígena, título que estará disponível para aquisição a partir de 24 de novembro, nos formatos impresso – via Livraria Virtual da Editora – e digital, por meio da plataforma SciELO Livros.

Mas e nos anos que antecederam a pandemia? E antes mesmo da criação do nosso Sistema Único de Saúde? Quais foram os muitos caminhos, lutas e articulações que possibilitaram a construção de políticas públicas especificamente voltadas para a saúde indígena? É esse percurso que a coletânea busca – a partir de uma perspectiva histórica e antropológica – detalhar em 13 capítulos. O livro investiga o processo de formulação do atual Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). Instituído em 1999, pela lei nº 9.836 – também conhecida como Lei Arouca -, o subsistema foi criado no âmbito do SUS e idealizado para atender a população de territórios indígenas, através de uma estrutura composta de sistemas locais de saúde, denominados Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

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Editora Fiocruz participa da Festa do Livro da USP com 70 títulos em promoção

A Editora Fiocruz participa da 23ª Festa do Livro da Universidade de São Paulo (USP) até o dia 15 de novembro. São 70 títulos da Editora pela metade do preço de capa.

O catálogo em promoção inclui obras sobre os mais variados temas ligados à saúde: SUS, história, antropologia, saúde mental, reforma psiquiátrica, entre outros.

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Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas comemora 103 anos com simpósio online

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) comemora 103 anos de atividades com um simpósio online que será realizado de 09 a 11 de novembro. A solenidade de abertura será conduzida por Valdiléa Veloso, diretora do INI, e contará com a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. A programação terá três conferências com os temas: Experiências de Saúde Digital na Pandemia de Covid-19 (Manoel Barral Neto – Fiocruz Bahia); Desafios para a implementação da Saúde Única (Marcia Chame – Centro de Informação em Saúde Silvestre e da Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre – Pibss/Fiocruz) e Trombose trombocitopênica induzida por vacinas para a Covid-19 (Daniela Palheiro Mendes de Almeida – INI/Fiocruz).

O evento também contará com duas mesas redondas dedicadas à apresentação de trabalhos inovadores desenvolvidos no INI e estudos implementados na área de assistência à saúde, moderadas respectivamente por Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz) e por Estevão Portela Nunes, vice-diretor de Serviços Clínicos (INI/Fiocruz).

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Para 90%, brasileiros não têm condições de pagar médicos de qualidade, diz pesquisa

Embora a maior parte dos brasileiros use majoritariamente o SUS (Sistema Único de Saúde), onde o tratamento é gratuito, questões de ordem econômica entraram com força no último ano para o rol de principais preocupações dos brasileiros quanto à saúde, mostra uma pesquisa da Ipsos divulgada nesta semana.

O Brasil teve o maior percentual mundial de pessoas que dizem que a população não tem condições financeiras para pagar por cuidados médicos de boa qualidade — 90% dos entrevistados têm essa opinião. A média global nesse quesito é de 58%.

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Transformação digital na saúde será tema de seminário da Fiocruz Brasília

Tecnologias digitais se fazem cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. Quais os possíveis impactos dessa transformação digital na saúde pública? Quais as ameaças e as oportunidades que ela traz para a efetivação dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)? Discutir essas questões é o objetivo do Seminário Transformação Digital em Saúde – Desafios para os Princípios e as Diretrizes do SUS, que ocorrerá nos dias 28 e 29 de outubro, com transmissão ao vivo pela UnBTV.

O evento será realizado pelo Colaboratório de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Fiocruz Brasília, a Coordenação de Atenção Primária à Saúde (CoAPS) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e a Universidade de Brasília (UnB), com patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Distrito Federal (FAP-DF), e parceria da Plataforma de Inteligência Cooperativa com Atenção Primária à Saúde (Picaps) e do ImpactHub. O seminário faz parte do convênio firmado entre Fiocruz Brasília e FAP-DF.

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Artigo da ENSP discute sobre um SUS para a Amazônia

Amazônia ribeirinha, Amazônia de fronteira, Amazônia indígena, urbana, de assentamentos, do agronegócio, do narcotráfico, Amazônia preservada, Amazônia super explorada. Longe de ser um espaço homogêneo, na Amazônia brasileira subsistem diversas formas de ocupação. Destacando alguns elementos da teoria social de Boaventura de Souza Santos, o artigo de Michele Rocha El Kadri, do Instituto Leônidas e Maria Deane; e Carlos Machado de Freitas, da ENSP, discute como o problema do tempo linear e da escala dominante no pensamento hegemônico vem servindo para invisibilizar os territórios amazônicos na organização das ações públicas de saúde.
O artigo Um SUS para a Amazônia: contribuições do pensamento de Boaventura de Sousa Santos, publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva n° 26 (Supl. 2), aponta, ainda, que consolidar um SUS pós-abissal na região passa inevitavelmente por uma repactuação do papel econômico e desenvolvimento social inclusivo com a Amazônia, e não apesar dela. Por fim, reflete se a construção do SUS local deveria se basear em um tripé, não exclusivamente urbano centrado, que considere sua extensão territorial, densidade populacional e vias pelas quais os fluxos de acesso aos serviços de saúde acontecem.
A proposta do texto é, segundo os autores, a partir de alguns elementos da teoria social de Boaventura de Souza Santos, pensar a região para além do pensamento hegemônico que, via de regra, vem produzindo leituras no campo da saúde que a localizam como lugar da doença, da incipiência de processos organizativos, do vazio e da vulnerabilidade, e que desconsideram tamanha heterogeneidade.
Destacam-se duas questões, dizem os autores: o problema do tempo linear e da escala dominante, para discutir como servem para invisibilizar os territórios amazônicos no planejamento das ações públicas de saúde. Por fim, eles apontam para a ideia de que consolidar o SUS na região passa inevitavelmente por uma repactuação do papel econômico e do desenvolvimento social inclusivo, com e para as pessoas que aqui constroem suas histórias e dão sentido a este lugar.
Essa discussão sobre o papel da Amazônia no cenário de desenvolvimento nacional nada tem de local, explicam eles, considerando que ela é essencial na irrigação das terras agrícolas que garantem a exportação dos principais produtos do país, assim como o balanço hídrico das bacias que fornecem água a milhões nas cidades no Sul e Sudeste brasileiro. Também não é irrelevante sua importância na regulação do clima global. “As reflexões apresentadas ampliam a discussão e apontam como o modelo de desenvolvimento econômico e social atual concorre para aprofundar as desigualdades com a marca cartográfica abissal que separa o Norte e o Sul do país”.
Neste trabalho, os autores destacam dois conceitos para aprofundar reflexões importantes que ajudam a apontar como a realidade amazônica tem estado com frequência ausente de diretrizes que orientam a construção do SUS. “A primeira é a racionalidade do tempo linear, que é diferente do tempo vivido pelas comunidades amazônicas que em grande medida têm suas vidas orientadas pela sazonalidade do ciclo das águas. O segundo ponto é o problema da escala que influencia naquilo que é visto ou invisibilizado numa política universal como o SUS”.
Para eles, essas questões oferecem elementos relevantes para entender como a dinâmica desse território desafia uma outra lógica de organização do sistema de saúde, e que, se bem acolhida pelo planejamento, pode ajudar na construção de um SUS pós-abissal com e para a região.
Os autores concluem que o  pensamento abissal, que evidencia a dominação econômica, política e cultural de uns lugares em detrimento de outros, sustenta o discurso hegemônico que cria ausências onde na verdade há muitas presenças. “A linha que coloca a Amazônia no lugar do atraso em uma hierarquização de saberes, tempo e escala tem produzido injustiças e desastres recorrentes, resultantes de intervenções inadequadas, públicas e/ou privadas, em função do desconhecimento, intencional ou não, desse lugar”. Para que a universalização do SUS produza redução de desigualdades, garantindo saúde como condição básica para o desenvolvimento na Amazônia, é preciso aumentar a escala de análise e focalizar alternativas mais coerentes com o lugar, apontam.
Eles destacam o desafio peculiar para a gestão local de consolidar o sistema em um território de tamanha extensão territorial, com dinâmica de ocupação não urbano-centrada e com fluxos que não se dão invariavelmente por via rodoviária. “Enquanto persistir o não reconhecimento desse território em toda a sua história, seus ecossistemas e suas culturas, não será possível construir uma alternativa pós-abissal que vença a exclusão que o tem mantido do lado de lá da linha. Inovação tecnológica que gere valor para a biodiversidade, ciência que reduza iniquidades, ecologia de saberes que compartilhem conhecimentos (e também ignorâncias) podem apontar potenciais soluções”.
Por fim, defendem que discutir a preservação da Amazônia é importante, mas alternativas econômicas que impactam diretamente as condições de vida e a saúde daqueles que aqui residem é o debate fundamental a fazer.
Foto: Radis

Projeto abre inscrições para criar rede de defensores do SUS

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) lançou, nesta segunda-feira (14/6) o Projeto Integra – articular políticas públicas para fortalecer o direito à Saúde. A iniciativa é assinada pelo CNS, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENF), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). As inscrições já estão abertas e podem ser feitas aqui.

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