Movimentos sociais feministas de Minas Gerais, profissionais de saúde que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) e gestores de saúde do estado são os protagonistas de um projeto que vem sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre a Universidade de York (Inglaterra), Fundação João Pinheiro e a Fiocruz Minas. A partir de um enfoque das ciências sociais, o trabalho visa levantar e compreender as principais dificuldades enfrentadas pelos agentes comunitários, diante da tarefa de evitar a propagação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika, chikungunya, febre amarela), também conhecidas como arboviroses. Ao final do processo, pretende-se elaborar estratégias de ação no âmbito das políticas públicas, bem como fornecer novas ferramentas que, ao refletirem as reais demandas, possam gerar uma compreensão mais aprofundada dos desafios colocados pelas epidemias.
Com o título Movimentos Sociais feministas e a resposta à síndrome de zika no Brasil: mitigando negligências por meio de abordagens centradas na comunidade, o projeto tem como um dos diferenciais o envolvimento da Articulação das Mulheres do Campo de Minas Gerais, um espaço de interlocução que envolve diferentes movimentos, organizações e redes do estado. A intenção é dar voz a essas pessoas, de forma a descobrir demandas que possam refletir as interseções entre gênero e raça, desapropriação econômica, vulnerabilidade ambiental, demandas e acessos aos serviços de saúde e formas precárias de vida ligadas à produção agrícola em meio rural e urbano que interferem nos aspectos sociais ligados à epidemia.
Leia MaisEntrevista: Pediatra fala sobre cuidados com as crianças no verão
Em janeiro e fevereiro, os moradores de diversas localidades do país sofrem com o calor acima do normal, mesmo para o verão. No Rio de Janeiro, por exemplo, os medidores do Centro de Operações da prefeitura chegaram a registrar sensação térmica superior a 50° em alguns pontos do município. Fazer passeios ao ar livre, portanto, tornou-se programa quase obrigatório. Mas antes de aproveitar as atividades, alguns cuidados são necessários, principalmente com as crianças. A pediatra do Ambulatório de Pediatria do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Marlene Assumpção, fala sobre o tema.
Quais são os problemas de saúde mais comuns nessa época do ano?
Desidratação, intoxicação alimentar, insolação, micoses, otites, conjuntivites e, em bebês, brotoejas e queimaduras.
Saúde do trabalhador: é preciso resistir à crise e defender os interesses dos profissionais
Três ícones da saúde do trabalhador no país integraram a mesa que debateu o tema durante a semana de comemorações dos 62 anos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca: Anamaria Tambellini, Paulo Roberto Gutierrez e Luiz Carlos Fadel. Os convidados da mesa-redonda 1ª Conferência de Saúde do Trabalhador: 30 anos depois fizeram um grande apanhado histórico do que viveram naquela época, quais eram seus sentimentos em relação à política do país e relataram, ainda, o quanto lutaram para conquistar o que o país tem, atualmente, em termos de lei, organização, vigilância e equipamentos no campo da saúde do trabalhador. Na ocasião, o diretor da ENSP, Hermano Castro, fez uma homenagem à Anamaria Tambellini por toda sua história de luta e atuação no campo.
“A realização da 1º Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador foi uma grande vitória. Evoluímos, mas é preciso estar atento, pois estamos vivendo uma profunda crise econômica; o mundo inteiro está em estado de agressividade brutal, e o capitalismo segue manipulando mudanças nas regras e direitos conquistados pelos trabalhadores. Nem nos meus pensamentos mais caóticos, imaginei que passaríamos por situações iguais às já vividas no século XIX e anunciadas recentemente pelo novo presidente do país. Isso irá configurar uma situação de perda em todos os sentidos para a classe trabalhadora”, advertiu Ana, uma das organizadoras da 1º CNST.
Leia MaisCirurgiã-dentista trata em livro da relação da obesidade com doenças bucais
As doenças periodontais mais comuns em obesos mórbidos podem interferir no resultado das cirurgias bariátricas
A obesidade, além de aumentar os riscos de problemas cardiovasculares, de diabete e hipertensão, também está associada a doenças infecciosas da boca. Baseado em pesquisa com pacientes mórbidos com indicações de cirurgias bariátricas, o livro Obesidade e Saúde Bucal: Riscos e Desafios, de autoria de Silvia Helena Carvalho de Sales Peres, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, traz o tema para discussão na sociedade.
Leia MaisCinco filmes para saber mais sobre saúde
A saúde é um tema muito vasto e repleto de vertentes e pontos de vista interessantes. Por isso, o Blog da Saúde explorou o catálogo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e indica cinco de filmes e documentários para enriquecer o seu conhecimento sobre a área. Os títulos abrangem diversos assuntos, desde registros da história da saúde brasileira, até discussões atuais como o uso de drogas e as formas de nascer.
Aproveite as sugestões e conheça um pouco mais sobre saúde:
Leia MaisSaúde pública perde Ruy Laurenti
MEMÓRIA
O professor, ex-diretor da Faculdade de Saúde Pública, ex-pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, primeiro ouvidor da USP e um dos maiores especialistas em epidemiologia do Brasil morreu no dia 12 passado, aos 84 anos
Leia MaisPais deveriam ser punidos pela obesidade de filhos?
A obesidade é considerada um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta. Em uma tentativa de combater o problema, o território americano de Porto Rico está debatendo a possibilidade de multar pais que não consigam fazer seus filhos perderem peso. Mas isso funcionaria em outros lugares?
Mais de 600 milhões de pessoas, ou 13% da população adulta do mundo, são obesas. A taxa mais que dobrou entre 1980 e 2014, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O custo estimado disso para a economia global é de US$ 2 trilhões (R$ 5,6 trilhões).
Leia MaisCursos de Verão em Saúde Pública na USP – Inscrições abertas
A Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) oferece, sob responsabilidade de sua Comissão de Cultura e Extensão Universitária, uma programação especial de cursos de extensão universitária.
Trata-se de uma maneira rica de desenvolver e fortalecer os laços da academia com a comunidade. Em 2015, será oferecido o 22º Programa de Verão, no período de 26 de janeiro a 06 de fevereiro.
Nesse período, serão oferecidos 26 (vinte e seis) cursos que refletem a diversificada atuação dos Departamentos da Faculdade.
Leia MaisLei Antifumo proíbe uso do cigarro em ambientes fechados e de uso coletivo
A partir de dezembro de 2014, em todo o Brasil, pessoas que fumam não vão poder mais fazer uso do cigarro no interior de ambientes fechados e de uso coletivo, como bares, escolas, áreas comuns de condomínios, casas de shows, hotéis, centros comerciais, veículos de transporte coletivo, táxis. É o que determina a nova Lei Antifumo, anunciada recentemente pelo Ministério da Saúde. O objetivo é proteger a população do fumo passivo e contribuir para diminuição do tabagismo entre os brasileiros.
Essa é uma atitude que o microempresário, Antônio Carlos Barbosa, já faz há algum tempo. Ele é fumante há 20 anos e conta que sempre teve o cuidado de fumar em ambientes abertos. “Eu evito fumar perto de alguém exatamente para não ser chamado a atenção. Então eu procuro sempre lugar mais arejado longe de alguém. Só eu fumo lá em casa, tenho criança e não fumo dentro de casa para não prejudicar ninguém”, destaca Antônio.
Leia MaisAtenção primária nos sistemas de saúde é tema de conferência internacional online
Como a atenção primária à saúde (APS) pode contribuir para a construção de sistemas universais? A pergunta é o mote da conferência que será proferida pelo especialista espanhol José-Manuel Freire e promovida pelo Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags) na próxima terça-feira (13/5), às 11h. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Ligia Giovanella, que coordena um mapeamento da APS nos 12 países da América do Sul, participará da atividade. O evento terá transmissão online em espanhol, inglês e português e estará disponível na página do Isags.
Dentre os países europeus, a Espanha se destaca por seu sistema nacional de saúde universal regionalizado, com um modelo de atenção primária à saúde com equipes multiprofissionais e centros de saúde públicos territorializados, que cobrem 100% da população. Os êxitos e desafios da experiência espanhola serão apresentados por José-Manuel Freire, que abordará porque um sistema de saúde com financiamento público e organizado em torno dos cuidados primários e prática generalista apresenta melhores indicadores do que um sistema que aposta na provisão privada e no financiamento, organização e prestação dos chamados níveis mais complexos de atenção.
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