Tag Archives: Saúde do Trabalhador

Docente da FSP publica artigo na Nature sobre padrões de sono com e sem energia elétrica

Além da luz natural, a sociedade é exposta à iluminação artificial (elétrica). Porém, os estudos que avaliam o impacto da exposição à luz elétrica no sono e sua relação com os horários de trabalho são raros devido à presença ubíqua de eletricidade.

Segundo a Profa. Claudia Moreno, este estudo é “o primeiro realizado em uma população com história fótica e origem étnica semelhante e, ao mesmo tempo, apresenta características encontradas em trabalhadores, como a necessidade de acordar cedo para ir trabalhar durante a semana”. O estudo foi realizado em uma grande população de seringueiros que vivem e trabalham em uma área remota da floresta amazônica brasileira. Os padrões de sono de trabalhadores que vivem sem eletricidade foram comparados com aqueles com eletricidade em casa. O artigo desta pesquisa foi públicado na Nature em 11/09/2015, com a colaboração de pesquisadores da Brasil, Reino Unido e Suécia.

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Metade dos brasileiros já sofreu assédio no trabalho, aponta pesquisa

Mariana teve um fax esfregado em seu rosto pela chefe. Adriana foi chamada várias vezes à sala do gerente para que ele falasse de “seus sentimentos” para ela. Luiza resistiu às investidas do supervisor e ouviu que ele “poderia acabar com sua carreira”. Marcela foi apalpada pelo dono do bar onde trabalhava. Gustavo recorreu ao psiquiatra por causa da pressão excessiva de seu gerente.

Ao buscar relatos de profissionais que tenham sofrido assédio no trabalho, a reportagem ouviu uma dezena de pessoas sempre sob a condição de que seu nome e da empresa não fossem revelados. A quantidade e velocidade com que os depoimentos surgiram indicam que este é um problema comum no mercado brasileiro, como aponta uma pesquisa feita pelo site Vagas.com e publicada com exclusividade pela BBC Brasil.

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Pesquisa indica que passamos tempo demais sentados no trabalho

Se você trabalha em um escritório, provavelmente passa tempo demais sentado – e esse sedentarismo pode trazer sérios riscos à sua saúde.

Uma pesquisa com 2 mil pessoas feita pela organização British Heart Foundation e pelo grupo Get Britain Standing identificou que 45% das mulheres e 37% dos homens ficam de pé menos de 30 minutos por dia enquanto estão no escritório.

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Melhor justiça em saúde resulta em maior expectativa de vida

Pense em países que possuem modelos ecológicos eficazes, promovendo ambientes saudáveis e eficientes e fazendo com que a expectativa de vida da população seja acima da média global. Certamente você imaginou Alemanha, Canadá, Japão, por exemplo, correto? Errado. Os três primeiros colocados nestes quesitos são Costa Rica, Cuba e Albânia, respectivamente. Estes e outros dados foram apresentados pelo médico e especialista em saúde global Juan Garay, durante conferência ministrada na Fiocruz Petrópolis e que teve como debatedor convidado o diretor da ENSP, Hermano Castro.

Por mais de uma hora, Juan Garay dissertou sobre o tema O custo vital de acumular e esgotar os bens naturais, destacando diversos problemas de injustiças ambientais existentes no planeta e afirmando que as iniquidades em saúde – ou seja, as desigualdades que além de sistemáticas e relevantes são também evitáveis, injustas e desnecessárias -, afetam mais as mulheres que os homens.

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Núcleo do Hospital Universitário da USP integra o maior estudo epidemiológico do País

Relação entre estresse no trabalho e enxaqueca, uso de medicamentos psiquiátricos, fatores de risco para diabetes e incidência de AVC na região amazônica. Estes são apenas alguns dos temas abarcados pelos estudos do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica (CPCE) do Hospital Universitário (HU) da USP, dedicado às diversas áreas que envolvem a pesquisa da área de saúde em seres humanos.

Em atividade desde 2008, o Centro ocupa o quarto andar do HU, onde são realizados os exames, coletas e entrevistas que alimentam esses estudos. A estrutura compreende ainda um laboratório de processamento de material biológico e a bioteca, onde são armazenadas as amostras biológicas. Essa infraestrutura, que é única no campus do Butantã, atrai pesquisadores de diversas unidades, como do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), em uma interação que pode ser independente da atuação do Centro, mas que viabiliza também estudos interdisciplinares.

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Coletânea atualiza conhecimentos em saúde do trabalhador

Lançado em 2011 pela Editora Fiocruz, o livro Saúde do trabalhador na sociedade brasileira contemporânea apresenta o estado da arte nessa área ao debater questões como a incorporação tecnológica e a globalização dos mercados, assim como a persistência de formas arcaicas de produção, a precarização do trabalho e a exclusão social. Obra de referência, a coletânea teve grande repercussão entre estudiosos do assunto. Uma prova desse sucesso é que rapidamente seus exemplares esgotaram no estoque da Editora Fiocruz. Devido à grande procura, o livro acaba de ser reimpresso. E os interessados têm, ainda, a opção de adquirir o e-book, tanto em PDF quanto em Epub.

“Olhamos a saúde do trabalhador do ponto de vista da saúde pública. O foco, portanto, é a saúde integral do trabalhador”, destaca o sociólogo Carlos Minayo, um dos organizadores do livro, ao lado dos médicos Jorge Mesquita Huet Machado e Paulo Gilvane Lopes Pena. “Procuramos interpretar a origem das situações seja do ponto de vista tecnológico, econômico, social ou político. Dessa forma, não ficamos restritos aos locais de trabalho, seja no setor industrial, agrário ou de serviços. Nossa reflexão inclui os espaços de reprodução da força de trabalho, o que compreende a rua, as condições de vida, o acesso à saúde”, afirma Minayo.

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Saúde do trabalhador rural é foco de dois documentários produzidos pela Fiocruz

Contribuir para a melhoria das condições de vida, trabalho e ambiente em setores do agronegócio. Essa é a proposta dos documentários Linha de corte e Nuvem de veneno, produzidos pela VideoSaúde – Distribuidora da Fiocruz, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Instituto de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFRJ) e a Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso. Os vídeos serão lançados no dia 30 de outubro, às 14h, no Auditório do Museu da Vida, no campus da Fiocruz.

Assista o trailer do documentário ‘Linha de corte’: http://www.youtube.com/watch?v=q7aAQeRzGKQ

Linha de corte (28 min) mostra o impacto do sistema de pagamento por produção na saúde do cortador de cana, que chega a cortar 52 toneladas de cana por dia, desnudando a precariedade do trabalho no interior dos canaviais das modernas usinas paulistas, cenário de pouca de visibilidade social. Nuvens de veneno (23 min) expõe as preocupações com as consequências do uso de agroquímicos no ambiente, especialmente na saúde do trabalhador. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, algodão, milho e também um dos maiores consumidores de fertilizantes químicos e agrotóxicos.

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Em nota conjunta, Fiocruz, Inca e Abrasco alertam para o risco do uso de agrotóxicos

Três das mais importantes instituições ligadas à saúde pública no Brasil divulgaram uma nota oficial que alerta sobre o perigo do uso de agrotóxicos. O texto é também um repúdio às declarações do diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, e de Ângelo Trapé, da Unicamp, veiculadas na revista Galileu de setembro de 2013, que atentam contra a qualidade científica das pesquisas desenvolvidas nessas instituições.

Veja a íntegra da nota:

Historicamente, o papel da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) é de produção de conhecimento científico pautado pela ética e pelo compromisso com a sociedade e em defesa da saúde, do ambiente e da vida. Essas instituições tiveram e têm contribuição fundamental na construção e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde.

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Violação dos direitos: divulgado relatório sobre TKCSA

“Os problemas de poluição atmosférica na Thyssenkrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) decorrentes dos diversos episódios de emissões não podem ser explicados por meras falhas pontuais em equipamentos, mas sim por condições e falhas latentes no âmbito da gestão ambiental e de riscos.” Assim afirmou o pesquisador Marcelo Firpo, do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP), no relatório Análise da gestão ambiental e de risco frente aos eventos de poluição atmosférica ocorridos na TKCSA. O documento foi divulgado em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ocorrida no dia 27/8. Na ocasião, o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da comissão, comentou que são muitas as violações de direitos humanos sistemáticos no funcionamento da TKCSA.
Elaborado em parceria com o pesquisador Rodrigo Souza, o documento divide-se em quatro grupos de problemas: falhas no processo de licenciamento e suas ferramentas; falhas na filosofia do projeto e no gerenciamento da fase de partida (pré-operação); falhas no acompanhamento pelo órgão ambiental da fase de pré-operação; e falhas na legislação e sua aplicação para a qualidade do ar.
Marcelo Firpo destacou a importância da divulgação imediata do relatório. Em função de uma maior agilidade institucional ante a demanda de movimentos sociais e de instituições defensoras dos direitos das populações atingidas, como a Defensoria Pública, o Ministério Público e a própria Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Por isso, o documento foi levado para discussão pública, com o aval da Direção da ENSP.
Para desenvolver o relatório – parte integrante do documento a ser formulado pelo grupo de trabalho da Fiocruz sobre a TKCSA –, foram feitas pesquisas nos processos de licenciamento ambiental e nas ações de crime ambiental movidas pelo Ministério Público contra a empresa. Firpo e Rodrigo tiveram acesso ao conjunto de documentos envolvidos no licenciamento ambiental e em todas as ações e declarações realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de uma série de outras informações publicadas na mídia e de documentos específicos do próprio Ministério Público.De uma maneira geral, o relatório aponta falhas ou condições latentes relacionadas à organização da empresa e dos órgãos fiscalizadores em termos de deficiências que propiciaram a ocorrência desses eventos. “Elas envolvem problemas no licenciamento ambiental, limitações da legislação ambiental sobre o controle da qualidade do ar e, ainda, falhas grotescas de projetos e decisões tomadas que priorizaram critérios econômicos em detrimento do meio ambiente e da saúde das comunidades”, disse ele.Conforme apontou Firpo, o termo de ajustamento de conduta (TAC) feito com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) não vem sendo respeitado, de acordo com denúncias de moradores e entidades à Alerj. Segundo eles, a chuva de prata continua caindo. Além disso, o próprio TAC foi questionado em sua legitimidade pelo Ministério Público. “O governo do Estado, por meio de um posicionamento do governador Sérgio Cabral, tomou uma decisão política de liberar o segundo alto-forno da siderúrgica. Tal decisão passou por cima das deliberações técnicas do próprio órgão ambiental, mesmo existindo denúncias da população de que a siderúrgica continua poluindo.”

O momento é delicado, lembrou Firpo, pois a TKCSA não possui licença definitiva de operação, deixou um grande passivo, está tentando vender a empresa e precisa responder a duas ações por crime ambiental e centenas de ações civis que poderão envolver indenizações. As comunidades e movimentos sociais, por meio da campanha Pare TKCSA, propõem o impedimento da concessão da licença de operação e a construção, na região, de uma universidade pública, com o objetivo de enfrentar o desafio da recuperação ambiental da Baía de Sepetiba e criar alternativas para uma economia mais justa e sustentável.
O relatório, finalizou Marcelo Firpo, espera contribuir para que as instituições públicas reconheçam suas limitações e necessidades. Desse modo, é possível que mudanças de política e decisões ocorram, impedindo que fatos lamentáveis como esse voltem a ocorrer no futuro. Segundo ele, tal desafio não é fácil, já que o modelo hegemônico de desenvolvimento privilegia resultados econômicos e empregos de curto prazo, passando frequentemente por cima de critérios ambientais e de saúde. Porém, a capacidade de organização de pessoas e movimentos que lutam por dignidade tem sido fundamental para que os conflitos ambientais sirvam de lição para a sociedade.

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Estudo aborda saúde de médicos de UTI neonatal

O trabalho e a saúde dos médicos que atuam numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público neonatal. Esse foi o assunto abordado por Ana Paula Ferreira da Rocha, em sua dissertação de mestrado em Saúde Pública pela ENSP, apresentada no dia 21 de maio. Segundo ela, as principais consequências dessa atividade para os médicos são, principalmente, alterações sobre a saúde mental (psicológica) e queixas sobre o sono, o humor, cefaléia e alterações musculares. “O objetivo da pesquisa era conhecer as estratégias de defesa usadas por esses profissionais para manter a saúde num trabalho tão hostil. O que chamou a atenção foi a comprovação da automedicação e autodiagnóstico nessa classe”, alertou.

A unidade de saúde investigada pela mestranda foi o Hospital São João Batista, em Volta Redonda- RJ. A pesquisa visou interpretar o significado do trabalho na vida desses profissionais, identificando as dificuldades, bem como as satisfações geradas no âmbito laboral.

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