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Revalida 2025: prazo para contestar notas provisórias termina hoje

Exame avalia formados em medicina no exterior

Os candidatos que não concordaram com as notas provisórias da prova discursiva da primeira edição de 2025 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de educação superior estrangeira (Revalida) podem entrar com recurso até esta quinta-feira (15).

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Inscrições para segunda etapa do Revalida começam nesta segunda-feira. Prazo para se inscrever vai até sexta (19)

As inscrições para a segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida) começa nesta segunda-feira (15). Os interessados têm até a próxima sexta-feira (19) para se inscrever por meio do Sistema Revalida. Também é possível solicitar atendimento especializado e tratamento pelo nome social.

Estão aptos a se inscrever os aprovados na primeira etapa da edição 2023 e os aprovados na primeira etapa, mas reprovados na segunda etapa das edições do Revalida de 2022.

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Fiocruz participa da elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil

Pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes) da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) vão participar do desenvolvimento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que norteará a gestão de riscos e desastres em todo o território brasileiro. O pesquisador Carlos Machado de Freitas e a pesquisadora colaboradora Eliane Lima e Silva atuarão na análise e sistematização de princípios e diretrizes presentes em marcos internacionais, como o Marco de Ação de Sendai para Redução de Risco de Desastres, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris para Mudanças Climáticas, bem como políticas nacionais, como a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil presente na Lei 12.608 de 2012 e tantas outras que possuem interface com a gestão de risco de desastres.

“Temos um cenário no qual ficou muito evidente que precisamos de um Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. As chuvas que atingiram o litoral de São Paulo neste ano, e outras na Bahia e em Petrópolis no ano passado são sinais de uma mudança no padrão e na intensidade das chuvas e das secas potenciais. Isso está relacionado às mudanças climáticas. Um dos aspectos do plano e quem interface com a Saúde Coletiva é tratar as mudanças climáticas como uma emergência climática e esta, como uma emergência em saúde pública, o que exige estratégia de curto, médio e longo prazos. E não pensar apenas nas respostas após a ocorrência de tragédias. O setor Saúde precisa estar estruturado para a vigilância e cuidado, mas também para sua própria adaptação e resiliência, de modo que não tenha comprometida sua capacidade de atender as necessidades diante dessas situações”, explica Carlos Machado.

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Fiocruz sediará 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva

Em defesa da democracia e do SUS, o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gastão Wagner de Souza Campos, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, estarão juntos no dia 20 de junho para o lançamento do próximo Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o 12º Abrascão, a ser realizado no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro.

Na ocasião também será instalada a Comissão Organizadora Local do Congresso, que contará com a participação de Antonio José Leal Costa, diretor do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); de Aluísio Gomes da Silva Júnior, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), e de Gulnar Azevedo e Silva, diretora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O mais importante evento da Abrasco pretende reunir professores, pesquisadores, gestores, alunos de graduação e pós-graduação de todas as áreas da Saúde Coletiva, como Epidemiologia, Ciências Sociais e Humanas em Saúde e Política, Planejamento e Gestão em Saúde, além das questões relacionadas à Ciência e Tecnologia em Saúde.

“Nosso próximo Abrascão acontecerá em julho do ano que vem, dentro do campus da Fiocruz, aqui em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Pelo simbólico, pelo o que representa a tradição da Saúde Pública que começa com a vacinação, usando técnicas sanitárias contra a varíola, interferindo na vida da cidade. Queremos retomar este pensar a cidade, em nossa intervenção, pois enfrentamos agora vários problemas de degradação urbana e queremos combinar esta tradição e esta história da saúde pública com a renovação, e com os jovens da Abrasco, por isso pensamos num congresso aqui na Fundação Oswaldo Cruz”, explica Gastão.

“A realização do Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva dentro do campus trará um sentido maior, político e de mobilização de toda a nossa comunidade” afirmou a presidente da Fiocruz Nísia Trindade. As comunidade da Fiocruz e demais universidades estão sendo convidadas para participarem do evento do dia 20 no sentido de se mobilizarem desde já para assegurar condições políticas, logísticas e financeiras para a realização do 12º Abrascão.

História

O primeiro congresso da Abrasco aconteceu em 1986, no Rio de Janeiro, reunindo menos de duas mil pessoas no campus da Uerj e foi realizado logo depois da Oitava Conferência Nacional de Saúde. Sob o tema Reforma Sanitária e Constituinte: garantia do direito universal à saúde, o congresso foi realizado em setembro de 1986.

Na sua 8ª edição, o Abrascão voltou para o Rio de Janeiro, sendo realizado simultaneamente com o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública. Os eventos aconteceram de 21 a 25 de agosto de 2006, na capital carioca sob o tema Saúde Coletiva em um mundo globalizado: rompendo barreiras sociais, econômicas e políticas.

Serviço:
Lançamento do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva
Dia 20 de junho, terça-feira, de 10h às 13h
No auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz)

Saúde do trabalhador: é preciso resistir à crise e defender os interesses dos profissionais

Três ícones da saúde do trabalhador no país integraram a mesa que debateu o tema durante a semana de comemorações dos 62 anos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca: Anamaria Tambellini, Paulo Roberto Gutierrez e Luiz Carlos Fadel. Os convidados da mesa-redonda 1ª Conferência de Saúde do Trabalhador: 30 anos depois fizeram um grande apanhado histórico do que viveram naquela época, quais eram seus sentimentos em relação à política do país e relataram, ainda, o quanto lutaram para conquistar o que o país tem, atualmente, em termos de lei, organização, vigilância e equipamentos no campo da saúde do trabalhador. Na ocasião, o diretor da ENSP, Hermano Castro, fez uma homenagem à Anamaria Tambellini por toda sua história de luta e atuação no campo.

“A realização da 1º Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador foi uma grande vitória. Evoluímos, mas é preciso estar atento, pois estamos vivendo uma profunda crise econômica; o mundo inteiro está em estado de agressividade brutal, e o capitalismo segue manipulando mudanças nas regras e direitos conquistados pelos trabalhadores. Nem nos meus pensamentos mais caóticos, imaginei que passaríamos por situações iguais às já vividas no século XIX e anunciadas recentemente pelo novo presidente do país. Isso irá configurar uma situação de perda em todos os sentidos para a classe trabalhadora”, advertiu Ana, uma das organizadoras da 1º CNST.

Segundo ela, as discussões e ações na área da saúde do trabalhador apareceram de forma mais decisiva no eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Para Anamaria, esse campo teve início em sua vida por volta de 1973, quando defendeu uma tese sobre acidente de trânsito que tinha base na epidemiologia. “Na época, eu estava interessada em alargar a compreensão que a epidemiologia me dava. Depois disso, entrei para o mestrado em sociologia na Unicamp e comecei a pensar em todas as questões sobre o trabalho, a saúde, a qualidade de vida e a determinação dos fatos da doença de um trabalhador. Acidente não é uma doença, mas, sim, uma forma de lesão, que pode matar um indivíduo ou deixar muitas consequências em sua vida, inclusive ser o pano de fundo para algumas doenças”, explicou ela.

Anamaria comentou que a força do capitalismo para manter suas regalias sempre foi forte e selvagem, mas a construção do campo da saúde do trabalhador foi uma lição grande para todos. “A realização da 1º CNST nasceu de uma moção elaborada na 8º Conferência Nacional de Saúde, e a nossa ideia foi seguir o mesmo espírito democrático adotado na 8º CNS. Convidamos representações de vários setores da sociedade civil, estado, movimento sindical e também do grupo de empregadores. Esse último, vale ressaltar, não teve interesse em participar”, relembrou.

O pesquisador da ENSP Luiz Carlos Fadel iniciou sua fala destacando a importância dessa discussão nos tempos atuais e homenageou Ana Tambellini. Segundo Fadel, ela foi a responsável pelo pensamento fundante da saúde do trabalhador no Brasil. O palestrante trouxe, ainda, outros nomes importantes que muito contribuíram para a história do campo, como Marcilia Medrado Faria, Maria Helena Barros, Luiz Claudio Meirelles, Wanda D’Acri, Luis Augusto Cassanha Galvão, Cristina Possas, Paulo Gutierrez, Arnaldo Lassance, Carlos Minayo, Clarisse Gato, Jorge Machado, Marcelo Firpo, Maria Helena Mendonça, Ziadir Coutinho, Diogo Nogueira, David Capistrano, Ary Miranda e muitos outros.

Fadel fez uma breve apresentação sobre a 1º CNST e descreveu como ela nasceu. Segundo ele, antes do processo da constituinte no país, toda a questão da saúde do trabalhador era feita pelo Ministério do Trabalho ou pelo Ministério da Previdência. “Saúde Pública não se metia com essa questão. Portanto, a 8º CNS teve a sensibilidade de convocar uma conferência específica sobre saúde do trabalhador pela razão óbvia de que o trabalho – como categoria central da vida das pessoas – não poderia, do ponto de vista da sua relação com a saúde, ficar de fora da saúde pública e coletiva”, defendeu.

O terceiro e último palestrante da mesa, Paulo Roberto Gutierrez, contou como sua história se cruzou com a questão da saúde do trabalhador e sobre o início da sua atuação na área, ocorrido na cidade de Londrina, Paraná, de onde é oriundo. Gutierrez lembrou dos trabalhos que exerceu até chegar à função de professor universitário e ressaltou o fato de a academia sempre ter sido muito resistente ao campo. “A saúde coletiva, dentro do contexto de formação médica, não era quase nada. E a própria saúde do trabalhador, dentro da área da saúde coletiva, também sempre teve suas restrições”, comentou ele.

Ainda segundo Gutierrez, apesar de percebermos grande avanço e evolução na organização do serviço, também devemos reconhecer que o modelo assistencial médico-paciente não mudou, ainda é hegemônico, e isso abarca inclusive a própria formação dos profissionais de saúde. Finalizando a mesa-redonda, o diretor da ENSP fez uma homenagem à Anamaria Tambellini.

Segundo Castro, sua contribuição à saúde do trabalhador foi de extrema relevância para o país. Ele agradeceu seus ensinamentos e tudo que Anamaria fez pela ENSP e a Fiocruz. “Esta é uma singela homenagem a quem nos ajudou a construir uma saúde pública digna para o povo brasileiro”. A coordenadora do Cesteh/ENSP, Kátia Reis, destacou o fato de o Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP e seus integrantes terem ligação visceral, orgânica e militante com a saúde do trabalhador. “Quando analisamos tudo que foi feito, conseguimos pensar o que foi positivo e negativo nessa caminhada. E o cenário adverso que viveremos com o novo governo nos impõe cada vez mais como um campo de resistência”, disse ela.

 

Disponível nova edição de publicação sobre gestão e Atenção Primária a Saúde

Já está disponível on-line a mais nova edição (v. 5, n. 2 – 2014) do Journal of Management and Primary Health Care (JMPHC). Editada pelos pesquisadores Leonardo Carnut, da Universidade de Pernambuco, Juliana Faquim, da Universidade Federal de Uberlândia, e Gisela Cardoso e Carlos Leonardo Cunha, ambos do Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais (Laser) da ENSP, a revista eletrônica publica artigos de interesse na área de Saúde Coletiva, com ênfase na Atenção Primária à Saúde. A Revista de Gestão e Atenção Primária à Saúde (em português) possui três anos de existência, com classificação Qualis B4 pela Capes para as áreas de “Saúde Coletiva” e “Interdisciplinar”.

De acordo com os editores, a publicação tem por objetivo reunir expertises dos grupos de pesquisas e pesquisadores independentes das mais diversas áreas do conhecimento científico que contribuam com a pluralidade necessária para a construção do campo da saúde coletiva. O público-alvo é de pesquisadores, docentes, profissionais, gestores, estudantes e a população geral interessada nas temáticas relacionadas à Saúde Coletiva.

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Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva desenvolvido pela ENSP em associação com a UFRJ, UFF e Uerj inicia novas turmas

Para iniciar sua quarta turma de mestrado e doutorado, o Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS), desenvolvido pela ENSP em associação ampla com a UFRJ, UFF e Uerj, realizará aula inaugural no dia 5/8, às 9h30, no auditório térreo da ENSP. O tema deste ano, Controle social e pesquisa científica no Brasil, será apresentado pelo coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), Jorge Venâncio. Na ocasião, também ocorrerá a transmissão de cargo do PPGBIOS. Hoje, a coordenação-geral do programa está sob a responsabilidade de Marisa Palacios, da UFRJ. Com a transmissão, o cargo passará para o pesquisador da ENSP Sergio Rego.

O programa conta com cerca de 80 alunos, entre eles os já formados, os novos e os que estão em curso no mestrado e no doutorado. Para Sergio, a troca de coordenação é um marco e uma inovação. “Ela é uma forma diferente de organização para um programa de pós que também é bastante complexo e complicado. Não temos dúvida de que esta é a forma ideal para todos, pois nos permite a produção em rede, cooperativa. Assim, os quatro pesos da produção do conhecimento – ENSP/Fiocruz, UFF, UFRJ e Uerj – se associam em prol da bioética”, disse ele.

A articulação entre as instituições, lembrou Sergio, “é fruto do comprometimento das instituições e do apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a área de saúde coletiva. A transferência de coordenação também marcará uma nova etapa nessa produção, que é simbólica e politicamente muito relevante para todos nós. Ela só foi possível por conta do apoio da Vice-Direção de Pós-Graduação da ENSP e do diretor da Escola, Hermano Castro. Mas é muito importante ressaltar que todo o movimento nasceu na gestão anterior, com Antônio Ivo de Carvalho e Maria Helena Mendonça, que apoiaram, de maneira entusiasta e irrestrita, todo o processo de elaboração e implementação do PPGBIOS”.

Sergio comentou ainda que a coordenação adjunta do PPGBIOS, que, até agora, cabia à ENSP, passará para a UFF, sob a responsabilidade do professor Carlos Dimas Martins de Ribeiro.

Na parte da tarte do encontro, que será fechada, ocorrerá uma conversa entre os integrantes dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) de todo o Brasil e Jorge Venâncio. Na ocasião, eles terão oportunidade de tirar dúvidas, fazer esclarecimentos, debater assuntos em voga e fazer reclamações, pois, de acordo com Sergio, o que todos desejam é um sistema que funcione bem e de forma que respeite todas as normas e princípios.