Tag Archives: Sangue

Surto de Marburg na Tanzânia coloca OMS em alerta; entenda doença

Das seis pessoas infectadas, cinco morreram

No início da semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou a seus Estados-membros sobre um possível surto de infecção pelo vírus Marburg na região de Kagera, na Tanzânia. No dia 10 de janeiro, os primeiros casos suspeitos da doença no país foram reportados à entidade – seis pessoas infectadas, sendo que cinco delas morreram.

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Hemorragia não afeta função cerebral do presidente, diz médico de Lula

Paciente encontra-se lúcido e acordado

A hemorragia intracraniana detectada no presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comprometeu qualquer função cerebral. A expectativa da equipe médica – liderada por Roberto Kalil – é de que Lula retome as atividades na semana que vem. Por precaução, ele ficará internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por 48 horas.

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Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual

Dados são de vítimas menores de 14 anos

A cada ano, 11.607 partos são consequência de violência sexual praticada contra meninas menores de 14 anos de idade. A Lei nº 12.015/2009 determina que esse tipo de violação configura estupro de vulnerável e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos.

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Hemorio lança hoje campanha Unidos pelo Sangue

Haverá apresentação de artistas e influenciadores digitais

O Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti – Hemorio – completa 80 anos com o lançamento da campanha Unidos pelo Sangue, nesta segunda-feira (25), quando é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue.

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Febre do Oropouche: entenda o que é a doença que preocupa o Brasil. Casos isolados e surtos foram relatados na região amazônica

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras. Até o início de julho, mais de 7 mil casos haviam sido confirmados no país, com transmissão autóctone em pelo menos 16 unidades federativas. Esta semana, São Paulo confirmou os primeiros casos no interior do estado.

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Febre do Oropouche: entenda o que é a doença que preocupa o Brasil. Casos isolados e surtos foram relatados na região amazônica

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras. Até o início de julho, mais de 7 mil casos haviam sido confirmados no país, com transmissão autóctone em pelo menos 16 unidades federativas. Esta semana, São Paulo confirmou os primeiros casos no interior do estado.

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Saúde incorpora ao SUS dois medicamentos contra anemia. Remédios devem estar disponíveis no sistema público em até 180 dias

O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dois medicamentos para tratamento da anemia. A previsão é que a ferripolimaltose e a carboximaltose férrica estejam disponíveis no sistema público de saúde em até 180 dias.

Segundo a pasta, a ferripolimaltose é indicada para o tratamento da anemia por deficiência de ferro e intolerância ao sulfato ferroso, enquanto a carboximaltose férrica é indicada para adultos com anemia por deficiência de ferro e intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.

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Colite microscópica, a doença intestinal de difícil diagnóstico que atinge mais as mulheres

A colite microscópica pode trazer enormes prejuízos para a qualidade de vida, principalmente das mulheres. E, embora existam bons tratamentos para aliviar os sintomas, a doença costuma ser de difícil diagnóstico.

Trata-se de um transtorno inflamatório do intestino, caracterizado por diarreia aquosa e dores estomacais. Geralmente, ela vem acompanhada de incontinência fecal, fadiga e perda de peso.

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Nanoestrutura conduz fármaco até tumores

Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP testou o uso de nanoestruturas (micelas) para a administração do tamoxifeno, fármaco muito usado no tratamento do câncer de mama, mas que apresenta efeitos colaterais cuja severidade tem relação direta com a dose utilizada. Como as micelas podem vir a liberar baixas quantidades do fármaco no sangue antes de chegar à região tumoral, seria possível injetar doses menores e mais efetivas, o que reduziria os efeitos colaterais. O estudo da pesquisadora Marina Claro de Souza foi orientado pela professora Juliana Maldonado Marchetti, cujo grupo de pesquisa vêm desenvolvendo diversos trabalhos envolvendo nanotecnologia farmacêutica aplicada ao tratamento do câncer.

Micelas são nanoestruturas formadas a partir de substâncias anfifílicas (que possuem uma região hidrofílica, que atrai água, e outra hidrofóbica, que repele a água, na mesma molécula) em meio aquoso. Essas estruturas têm uma alta capacidade de solubilizar fármacos insolúveis em água. “Quando um fármaco insolúvel, como o tamoxifeno, é adicionado a uma solução de micelas, ele migra para a região hidrofóbica no interior da micela, onde é solubilizado”, aponta Marina. “Assim, torna-se possível preparar uma solução aquosa de um composto insolúvel em água, permitindo, por exemplo, que o mesmo possa ser administrado na forma de injeção intravenosa”.

Marina relata que os tratamentos disponíveis não apenas para o câncer de mama, mas para tumores malignos em geral, apresentam uma série de efeitos colaterais bastante severos, prejudicando de maneira expressiva a sobrevida e a qualidade de vida do paciente. “Um das estratégias para a veiculação de medicamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais é a incorporação do fármaco em um sistema de liberação nanotecnológico, cujo desenvolvimento é muito mais rápido e menos oneroso do que o desenvolvimento de novos fármacos”, diz. “No caso do tamoxifeno, desenvolver formulações que permitam a administração de doses menores e mais efetivas é uma estratégia bastante promissora para minimizar este problema”.

Sistemas de liberação nanotecnológicos são formulações que possuem partículas com tamanho muito reduzido (até 100 nanômetros [nm]), onde podem ser incorporados os mais diversos fármacos a serem utilizados no tratamento de diferentes doenças. “No caso do tratamento de tumores sólidos, como o câncer de mama, este tamanho de partícula tão reduzido faz com que essas formulações tenham uma tendência a acumular-se nas regiões tumorais, as quais possuem permeabilidade maior do que os tecidos normais do organismo”, conta a pesquisadora. “Com isso, é possível fazer com que uma quantidade maior do fármaco chegue até o tumor, aumentando a eficácia do tratamento e ao mesmo tempo, uma quantidade menor do mesmo se distribua pelo restante do organismo, reduzindo os efeitos colaterais”.

Micelas
Existem vários tipos de sistemas de liberação nanotecnológicos, como por exemplo, as micelas, os quais vêm sendo desenvolvidos e utilizados para o tratamento dos mais diversos tipos de câncer. “Estes sistemas apresentam uma série de vantagens sobre as formulações convencionais, tais como a redução de efeitos colaterais, aumento do índice terapêutico, ou seja, do intervalo compreendido entre a dose terapêutica e a dose tóxica, maior facilidade de administração do medicamento e o consequente aumento na aderência dos pacientes ao tratamento”, destaca a pesquisadora.

Entre todas as formulações desenvolvidas, duas delas se mostraram mais promissoras e foram selecionadas para dar continuidade à pesquisa. “Estas duas formulações foram submetidas à avaliação do perfil de liberação do tamoxifeno in vitro e os resultados demonstraram a influência da composição das micelas sobre a liberação do fármaco”, afirma a pesquisadora. “Este estudo é muito importante, pois por meio dele podemos conhecer as características da formulação que influenciam na liberação do fármaco, de modo que possamos modulá-la para obter o perfil desejado”.

Os resultados indicaram que ambas as formulações foram capazes de sustentar a liberação do fármaco, tendo sido verificadas diferenças estatisticamente significativas entre a quantidade liberada entre uma formulação e outra em função da composição das micelas. “Ao final do estudo, verificou-se que a maior parte do fármaco permaneceu no interior das micelas ao invés de ter sido liberado para o meio externo”, observa Marina. “A baixa taxa de liberação in vitro sugere que a maior parte do fármaco mantenha-se no interior da estrutura micelar durante o período de permanência no sangue, favorecendo a chegada da nanoestrutura íntegra à região tumoral, onde deverá exercer sua ação”.

No estudo preliminar realizado em ratas Wistar saudáveis, não foi possível detectar o fármaco no sangue uma hora após a administração das formulações. “Isso sugere que os sistemas micelares tenham migrado rapidamente para os órgãos devido ao seu tamanho muito reduzido”, ressalta a pesquisadora. “Estudos futuros precisam ser realizados em animais portadores de tumores mamários para confirmar a migração da formulação para a região tumoral”. O estudo teve apoio financeiro da Fapesp.

Mais informações: email marinacs@fcfrp.usp.br, com Marina Claro de Souza

Pressão muito baixa ou muito alta traz riscos para saúde

Pense em um sistema hidráulico. Há um volume de água que pode passar por dentro dos canos sem causar danos ao equipamento. Com a pressão arterial é a mesma coisa. Ela é a força exercida pelo sangue dentro dos vasos sanguíneos, originada dos batimentos cardíacos. “Nosso organismo é assim, tem uma tolerância. O valor é considerado ideal quando o máximo atinge até 120 mmHg ou, popularmente, 12, e o mínimo fica na faixa de 80 mmHg, ou 8. É a pressão 12/8. Quando esta pressão está acima de 14/9 a pressão é considerada alta, quando está abaixo de 10/6 os valores são considerados baixos”, explica Ivan Cordovil, coordenador do serviço de hipertensão arterial do Instituto Nacional de Cardiologia(INC), no Rio de Janeiro.

O especialista observa que nem sempre há sinais de que a pressão arterial está alta ou baixa e que ambos extremos podem ser perigosos. “Na hipertensão, ou seja, quando a pessoa tem a pressão permanentemente alta, alguns órgãos podem ser atacados. No cérebro, por exemplo, pode ocorrer derrame. O coração do indivíduo hipertenso pode sofrer infarto do miocárdio. Os rins podem ter insuficiência e precisar de diálise. Olhos também podem ser afetados, com cegueira súbita”, descreve. Já os contratempos principais da pressão baixa são a tontura e, por consequência, a queda. “Pessoas idosas sentem menos sede e, por isso, correm o risco de ficar desidratadas. Por conta disso, a pressão fica baixa e elas correm o risco de sofrer quedas e fraturas”, exemplifica Cordovil. O mesmo ocorre quando uma pessoa se levanta rapidamente após estar sentada ou deitada.

Durante o calor excessivo do verão, habitualmente há vasodilatação e a pressão pode cair. No entanto, isto não é uma regra. “Como a pessoa pode ficar muito irritada com a temperatura elevada, a pressão pode subir pelo estado de nervos”, observa o cardiologista. De acordo com ele, confirmada a pressão baixa, a primeira providência a se tomar é deitar a pessoa, inclinando ligeiramente as pernas para facilitar a ida do sangue até o cérebro.

Cuidados – Se os pais e outros familiares mais próximos são hipertensos, há maior probabilidade de uma pessoa se tornar hipertensa durante a vida. O ideal é que, pelo menos duas vezes ao ano a pressão seja aferida – o conselho vale também para quem não tem fatores de risco. Somente uma pessoa treinada consegue medir a pressão adequadamente. “Existem condições para fazer a medida correta. Por exemplo, não se pode cruzar pernas. É importante esvaziar a bexiga e deve-se colocar o braço na altura do coração”, orienta.

Cordovil lembra a importância de evitar o sedentarismo para ter uma vida saudável. Com a prática regular de atividade física, ocorre uma dilatação da parede das artérias e a pressão diminui. A alimentação também é parte importante no controle da hipertensão arterial. É necessário restringir o consumo de sódio, presente em embutidos, enlatados, temperos prontos e molho de soja, por exemplo. Uma boa saída é, ao cozinhar os alimentos, utilizar especiarias e ervas aromáticas para conferir mais sabor aos alimentos e diminuir o uso de sal. O consumo de alimentos ricos em gordura também deve ser evitado, pois favorece o acúmulo de placas de gordura no interior das artérias, dificultando a passagem do sangue e, consequentemente, aumentando a pressão.