Tag Archives: Saneamento

O papel das redes de esgoto no monitoramento de surtos de doenças

Quando iniciou sua carreira como microbiólogo, Warish Ahmed nunca imaginou que uma de suas principais tarefas seria peneirar litros e litros de esgoto bruto recolhidos dos dutos e bueiros do Estado de Queensland, na Austrália.

Ahmed é cientista pesquisador do Meio Ambiente da Organização de Pesquisas Científicas e Industriais da Comunidade Britânica de Nações (CSIRO, na sigla em inglês), na cidade australiana de Brisbane.

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Fiocruz Mata Atlântica desenvolve tecnologias sociais no Rio de Janeiro

A Fiocruz Mata Atlântica (FMA) está implementando duas novas tecnologias sociais na Colônia Juliano Moreira, localizada na zona Oeste do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá. A chamada Alagados Construídos é uma solução não convencional e de baixo custo para o tratamento descentralizado de esgotos em moradias que não têm acesso ao saneamento básico convencional. Já o Dispensador de Cloro é outra tecnologia social que tem como objetivo oferecer água tratada a moradias que não possuem abastecimento feito por redes de tratamento convencional. As ações visam contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da saúde na região.

O saneamento básico é um dos principais determinantes da saúde e é direito de todos. “Alagados Construídos é uma solução de baixo custo e fácil aplicabilidade, que reduz as desigualdades sociais e é adequada à localidade para o desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis”, afirma Gilson Antunes, coordenador executivo da Fiocruz Mata Atlântica. “Importante lembrar que o direito ao saneamento é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 (ODS6) da ONU [Água Potável e Saneamento], semelhante à missão da Fiocruz Mata Atlântica, que visa a resolutividade de problemas vinculados à determinação social da saúde no território, com a atuação integrada de equipes multidisciplinares em articulação com instituições públicas, organizações da sociedade civil e outras unidades Fiocruz no entorno da FMA”.

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Pesquisas mostram como o não acesso à água e ao esgoto afeta outros direitos sociais

Sete anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter declarado o acesso à água e ao esgotamento sanitário como um direito humano fundamental, uma pesquisa realizada na Fiocruz Minas mostra que a violação dessa prerrogativa afeta uma série de outros direitos sociais, como educação, saúde e até mesmo o direito de ir e vir. O estudo, desenvolvido pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Priscila Neves, teve como foco a população em situação de rua do município de Belo Horizonte e, por meio de uma análise qualitativa, apontou que, devido à precariedade no acesso à água e ao esgotamento sanitário, tal público acaba sendo excluído de outras esferas da vida social e econômica.

Intitulada Direitos humanos e vulnerabilidade social: o acesso à água e ao esgotamento sanitário de pessoas em situação de rua, a pesquisa ouviu, no período de maio a julho de 2016, 24 pessoas (14 homens; 10 mulheres) que vivem na região central de Belo Horizonte. De acordo com a pesquisadora, os entrevistados declararam beber água proveniente de doações e recorrer às bicas e às fontes de água localizadas nas praças do município, para lavar roupas e se higienizar. Elas também disseram que se sentem muito mal por andarem sujas e deixam de ter acesso a serviços de saúde e de frequentar a escola porque nem sempre têm como tomar banho.

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Ameaças naturais: investimento em infraestrutura pode reduzir riscos

 

Pesquisador da ENSP e coordenador do Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres, Carlos Machado, concedeu entrevista ao jornal O Dia, na edição de 23 de março. Na ocasião, ele comentou a falta de cultura do país em investir na prevenção de desastres e doenças. A reportagem informa que, nos últimos 20 anos, 96 milhões de pessoas foram afetadas por catástrofes naturais no Brasil, incluindo secas e enchentes. “Só na Região Serrana, os temporais mataram 1.500 moradores”, diz o texto. Para Carlos Machado, “não adianta implantar sirenes sem investir em saneamento, contenção de encostas, drenagem de rios e construção de moradias”.

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