Todos os anos, 28,9 milhões de brasileiros correm o risco de sofrer com alguma das doenças tropicais negligenciadas que ainda assolam o país. Isso representa 14% da população total.
Essa estimativa praticamente dobrou no período entre 2016 e 2020 — até 2015, acreditava-se que esses problemas de saúde poderiam afetar cerca de 15 milhões de pessoas (ou 7,3% da população).
Leia MaisRio inicia vacinação de crianças de 10 anos contra a dengue. Imunização na faixa de 11 anos começa quarta-feira (28)
O município do Rio de Janeiro iniciou, nesta sexta-feira (23), a vacinação de crianças de 10 anos de idade contra a dengue. A Secretaria Estadual de Saúde encaminhou à capital fluminense nesta semana um lote com 141,7 mil doses do imunizante.
A costureira Elizabeth Felinto, de 42 anos, chegou cedo ao Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na zona sul da cidade, para vacinar a filha. “Trouxe ela logo para vacinar. É muito importante para que não precise lidar com a doença”, disse.
Leia MaisRio recebe primeiro lote de vacinas contra a dengue. São 231.928 doses para adolescentes entre 10 e 14 anos
O primeiro lote das vacinas contra a dengue será entregue ao estado do Rio pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (22). São 231.928 doses que serão enviadas à Central Geral de Armazenamento da Saúde RJ. O público alvo são adolescentes entre 10 e 14 anos, da Região Metropolitana I, que inclui a capital e municípios da Baixada Fluminense.
Ontem (21), o governo do estado decretou epidemia de dengue no território fluminense. A medida foi tomada devido ao crescimento do número de casos da doença. Até o momento, foram feitas 49.405 notificações, cerca de 308 casos por 100 mil habitantes, com quatro óbitos (dois na capital, um em Itatiaia e um em Mangaratiba).
Leia MaisMuseu da Vida Fiocruz promove exposição sobre Louis Pasteur
Chega finalmente ao Rio de Janeiro a exposição sobre um dos maiores cientistas da era moderna: Louis Pasteur (1822-1895). Pasteur, o Cientista teve três temporadas bem-sucedidas no estado de São Paulo, a partir de 2020, levando dezenas de milhares de visitantes a espaços de informação, experiências, interação lúdica, projeções, videomapping (imagens em 3D) e, principalmente, valorização da ciência e dos cientistas. Concebida e realizada originalmente pela Universcience (órgão ligado ao Ministério da Cultura da França), a mostra é uma celebração à vida e à obra do francês Louis Pasteur, cientista revolucionário em muitos campos e símbolo da vacinação, por ter descoberto a vacina antirrábica. E, principalmente, um defensor da ciência.
A exposição estará no Rio de Janeiro de 30 de setembro a 3 de dezembro, de terça a sexta-feira das 9h às 17h, e aos sábados e domingos das 10h às 18h, na Fábrica de Espetáculos (galpão do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no bairro do Santo Cristo, na Gamboa). É uma realização do Ministério da Cultura, do Museu da Vida Fiocruz, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e do Ponto de Produção, com o apoio da Embaixada da França no Brasil e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro. O patrocínio é do Magazine Luiza e da Sanofi.
Leia MaisEspecialistas esclarecem população sobre casos de malária na região serrana do Rio
Foram confirmados casos de malária em indivíduos com histórico de deslocamento para áreas cobertas por Mata Atlântica ou próximas a ela no estado do Rio de Janeiro. São chamados de casos autóctones, cuja transmissão aconteceu nesse período na região serrana do estado do Rio de Janeiro, entre pessoas que visitaram a localidade. Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua como referência em malária para a região extra-Amazônica, tranquilizam a população e orientam como profissionais de saúde, moradores e turistas devem agir em caso de suspeita da doença. Eles reforçam que o diagnóstico rápido é fundamental e divulgam o Malária-Fone, serviço disponível para atender profissionais de saúde que precisem de auxílio em casos suspeitos.
A investigação e monitoramento dos casos autóctones da Mata Atlântica do estado do Rio atendidos pelo ambulatório de Doenças Febris Agudas e diagnosticados pelo Serviço de Parasitologia do INI vem sendo feita desde 2008 por estudos com o Laboratório de Pesquisa em Malária e Laboratório de Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), integrantes do Centro de Pesquisa Diagnóstico e Treinamento em Malária da Fiocruz (CPD-Mal).
Leia MaisEstudo aponta baixa estratégia nas ações de Aids no RJ
Fiocruz monitora plano de tuberculose e Aids no estado do Rio
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro pactuou com as Secretarias Municipais de Saúde um plano de ação para o enfrentamento do cenário de tuberculose e Aids no estado do Rio de Janeiro. O esforço busca capacitar profissionais de saúde, aumentar o diagnóstico precoce e melhorar índices de controle, no caso da tuberculose, e promover melhor adesão ao tratamento no caso das pessoas que vivem com HIV/Aids. A Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), por meio do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF) e do Observatório Tuberculose Brasil (OTB), realizará o monitoramento e avaliação (M&A) da estratégia divulgada pelo governo do estado.
As ações previstas na pactuação com as Secretarias Municipais preveem o prazo de 15 dias para o resultado dos exames de HIV e consultas em até 7dias para pacientes com resultado positivo da doença. No âmbito estadual, o governo do Rio vai ampliar acesso a ambulatórios para tratamento da Aids. A iniciativa também prevê a reforma de hospitais-referência no atendimento de pacientes com tuberculose, com ampliação de leitos de UTI, realização de cirurgias torácicas e aumento do número de leitos para pacientes com tuberculose multirresistente.
Leia MaisMapa de mudanças climáticas repercute na imprensa
Fiocruz mapeia vulnerabilidade do Rio de Janeiro frente às mudanças climáticas
O aumento de eventos climáticos, como as tempestades tropicais, as secas ou as ondas de calor, é um dos indícios das mudanças do clima sentidas em diversas partes do planeta. Segundo especialistas, se a liberação de gases do efeito estufa na atmosfera, como o gás carbônico, permanecer de forma continuada, o cenário mundial tende a ser agravado. No Estado do Rio de Janeiro, estas alterações climáticas podem ser observadas, dentre outros aspectos, na elevação da ocorrência de catástrofes naturais, como as chuvas mais intensas – que resultam em inundações e alagamentos – além de problemas de saúde da população, tais como o crescimento do número de casos de dengue e leptospirose, bem como o número de mortes ocasionadas pela intensificação destas chuvas. Atentos a essa realidade, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) e a Fiocruz Minas, desenvolveram o Mapa de vulnerabilidade da população dos municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às mudanças climáticas. A iniciativa, que teve seus resultados anunciados na manhã desta quinta-feira (08/08), tem como objetivo indicar a exposição dos municípios do Rio de Janeiro às mudanças climáticas previstas para os próximos 30 anos.
De acordo com a coordenadora geral do projeto e pesquisadora em clima do IOC, Martha Barata, o mapa foi estabelecido a partir do Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM) às mudanças do clima. “Este índice é resultado da agregação do Índice de Cenários Climáticos (ICC/RJ) e do Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG), formados por componentes de saúde, ambiental e social, como, por exemplo, o número de doenças infecciosas influenciadas pelo clima, as características de cobertura vegetal e da fauna, além do acesso a trabalho, habitação e renda”, explica. Os índices são apresentados em uma escala que varia de zero (0) a um (1), atribuídos aos municípios com menor ou maior vulnerabilidade, respectivamente.
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