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Cientistas criam complexos metálicos com ação antitumoral

Pesquisadores liderados pela professora Ana Maria da Costa Ferreira, do Instituto de Química (IQ) da USP e do CEPID Redoxoma, desenvolveram novos complexos metálicos heterodinucleares, contendo íons de cobre(II) e de platina(II) coordenados a ligantes do tipo oxindoliminas, que apresentam propriedades antineoplásicas, que inibem o crescimento de células cancerosas. Os compostos e o processo de produção e uso deram origem a um depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em janeiro deste ano.

“Esses compostos se ligam ao DNA e induzem apoptose [ou morte celular programada]. Também inibem enzimas quinases dependentes de ciclinas (CDK1, CDK2) e fosfatase alcalina, o que pode explicar seus mecanismos de atuação no meio biológico”, explica Ana Maria.

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Elementos da poluição atmosférica modificam o DNA humano

Além dos males causados pela poluição atmosférica já conhecidos cientistas acabam de detectar, pela primeira vez, uma modificação em DNA humano causada pela presença de dois aldeídos – acetaldeído e crotonaldeído — encontrados na fumaça do cigarro e nas emissões veiculares “Esses aldeídos são mutagênicos e, em concentrações elevadas, podem levar ao desenvolvimento de câncer”, alerta a professora Marisa Helena Gennari de Medeiros, do Instituto de Química (IQ) da USP, e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma).

A constatação foi feita em um levantamento, realizado em 2010, que analisou a urina de 82 pessoas, sendo 47 residentes na cidade de São Paulo e outros 35 moradores de São João da Boa Vista, município rural no interior do estado. Os resultados mostram que a concentração de adutos — resultado da reação dos aldeídos com o DNA — foi significativamente maior nos moradores da capital paulista.  “São Paulo tem uma característica incomum, se comparada a outras grandes capitais do mundo”, conta Marisa Helena. “Além dos poluentes normalmente encontrados em metrópoles semelhantes, aqui temos uma grande frota que utiliza o etanol”. A pesquisa excluiu fumantes, alcoólicos, pessoas com problemas de saúde e fazendo uso de suplementos alimentares e de medicamentos. Nos testes com a urina, os cientistas utilizaram técnicas ultrassensíveis como a espectrometria de massas.

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