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Síntese biológica de aminoácido raro é revelada em bactéria

As interações existentes no processo de formação (biossíntese) do aminoácido selenocisteína foram desvendadas por uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Biologia Estrutural do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Ao contrário dos outros 20 aminoácidos existentes, a selenocisteína tem características incomuns: ela é sintetizada a partir de outro aminoácido (serina) e tem selênio em sua composição, um composto que possui duplo papel nas células, já que, em concentrações muito baixas, é um micronutriente essencial para a célula e, em concentrações mais altas, se torna uma toxina potente.

Em 2011, com o intuito de entender a biossíntese e incorporação desse aminoácido raro, Vitor Hugo Balasco Serrão e Ivan Rosa Silva, então alunos de mestrado e formandos da primeira turma do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC, sob a orientação do professor Otavio H. Thiemann e a parceria com Marco Tulio Alves Silva (pós-doutor do grupo), iniciaram estudos acerca das interações macromoleculares envolvidas na biossíntese da selenocisteína, utilizando como modelo o organismo Escherichia coli, bactéria que atua na regulação da flora intestinal.

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Novos biomarcadores vão ajudar a detectar câncer de bexiga

A descoberta de proteínas e metabólitos (pequenas moléculas que são produto do metabolismo humano) na urina de pessoas com e sem câncer de bexiga poderá ajudar, no futuro, a detecção precoce da doença. Os estudos estão sendo conduzidos pela pesquisadora Juliana Vieira Alberice, no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. “Outros estudos ainda necessitam ser realizados, mas os resultados obtidos até agora indicam que poderemos utilizar essas proteínas e metabólitos como biomarcadores para o câncer de bexiga”, aponta.

Segundo os pesquisadores envolvidos no projeto, “biomarcadores são moléculas que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo. Assim, podem ser utilizados como ferramentas não apenas para o diagnóstico como também para o prognóstico de doenças, que é uma previsão do resultado do tratamento”.

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Proteínas indicam condições sanitárias de ovos de codorna

No Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, estudo do pesquisador Adriano Aquino identificou proteínas no albúmen (clara) e nas gemas de ovos de codorna japonesa que podem servir como biomarcadores das condições higiênico-sanitárias antes do consumo. As proteínas localizadas pelo laboratório do Grupo de Bioanalítica, Microfabricação e Separações (Bio MicS) do IQSC atuam contra o crescimento bacteriano e sofrem degradação quando os ovos são estocados a temperaturas elevadas, o que pode causar contaminação alimentar. A pesquisa foi orientada pelo professor Emanuel Carrilho.

Biomarcadores referem-se a moléculas que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou anormal de um sistema orgânico como por exemplo, ovos. O estudo descobriu a presença de algumas proteínas indicadas como potenciais marcadores biológicos para a avaliação de controle de qualidade. Para a identificação, foram realizados experimentos empregando ferramentas omicas, próprias para análise em escala molecular, como eletroforese em gel de acrilamida e espectrometria de massas.

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Ausência de gene está ligada a disfunção na síntese proteica

Pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da USP sugere que a ausência do gene que codifica a proteína colibistina (CB) tem relação com a disfunção da via de sinalização intracelular mTOR, responsável pela síntese de proteínas em células do sistema nervoso. De acordo com o trabalho da pesquisadora Camila de Oliveira Freitas Machado, o hiperfuncionamento da via mTOR e a produção aumentada de proteínas em células neurais pode estar relacionada com o quadro clínico de deficiência intelectual e autismo em pacientes com deleção no gene CB. A partir do estudo orientado pela bióloga Andrea Laurato Sertie, pesquisadora do Instituto de Ensino e Pesquisa (IIEP) do Hospital Israelita Albert Einstein, pretende-se agora estudar os efeitos dessa disfunção em células neurais, bem como se fármacos que modulam a via de sinalização mTOR podem reverter as anormalidades encontradas nas células neurais in vitro.

O ponto de partida da pesquisa foi a identificação de um paciente brasileiro com deficiência intelectual severa e autismo no quadro clínico que apresentava ausência (deleção) do gene que codifica a proteína CB, deleção esta identificada pela técnica de array CGH. “Na literatura científica há relatos da relação entre variantes genéticas (mutações) no gene da CB e a deficiência intelectual”, explica Andrea, que estudou o papel do gene na síntese de proteínas em células neurais durante o pós-doutorado no IB. “A atuação da proteína é muito conhecida em sinapses e no agrupamento de receptores de neurotransmissores inibitórios, mas seu papel na via mTOR e no controle de síntese de proteínas em neurônios era desconhecido”.

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Proteína pode proteger células em tumor cerebral

Cientistas estão desvendando a relação de uma proteína com um tipo de tumor cerebral letal, o glioblastoma multiforme (GBM). A proteína em questão é a galectina-3 (gal-3). Os experimentos foram realizados in vitro e in vivo e podem auxiliar no melhor conhecimento dos mecanismos de ação da gal-3 no desenvolvimento do GBM.

A pesquisa foi realizada no doutorado do biólogo Rafel Ikemori, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), sob orientação do professor doutor Roger Chammas, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP, e responsável pelo Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP.

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Estudo ajuda a entender funcionamento da ‘chave liga e desliga’ de proteínas

As quinases são enzimas que funcionam como uma espécie de “chave liga e desliga” de proteínas e, dessa forma, regulam processos importantes no organismo, entre eles divisão, proliferação e diferenciação celular.

Qualquer problema nessa sinalização pode resultar em patologias como câncer, inflamação ou doenças cardiovasculares. Por esse motivo, cerca de 25% dos esforços da indústria farmacêutica visam a desenvolver compostos capazes de modular a atividade dessas enzimas.

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