Tag Archives: Preconceito

Radis destaca luta por inclusão de pessoas com deficiência

A trajetória de Laís Silveira Costa e de sua filha, Camila, de sete anos, é uma luta constante para garantir que a inclusão seja para todo mundo. As experiências de preconceito foram tantas que a mãe aprendeu a entender os códigos, ditos e não-ditos que dificultam ou impedem o acesso de sua filha, que tem síndrome de Down, a um direito básico, que é a educação. Na pandemia, Laís entrou em desespero ao ver que as aulas remotas não atendiam às necessidades de aprendizagem da menina. Ao cogitar trocar a filha de escola, ela se deparou com certo desprezo ao telefone, com um recado nas entrelinhas de que ela poderia fazer isso se quisesse. “Foi uma violência. Em vez de ver realçado o direito de minha filha estudar em uma escola regular, a coordenadora realçou o meu direito de sair de um lugar do qual saio a hora que eu quiser”, conta.

Recentemente, ao buscar uma escola que se diz “inclusiva”, notou a mudança no tom de voz da coordenadora quando disse que a filha tem deficiência intelectual. Segundo Laís, a profissional deixou de ser receptiva ao ingresso da menina e repetiu que não sabia se haveria vaga na escola. Laís insistiu na pergunta. “Para mim estava claro o que ela falou. Eu já não queria saber se tinha vaga para Camila, mas se eu iria querer mesmo que minha filha estudasse naquela escola”, observa. A partir daí, a mãe relata que, como em um roteiro já conhecido e mal escrito, a conversa deixou de fluir. “Isso acontece por causa da desumanização, da hierarquização entre seres humanos e da histórica patologização da normalidade”, reflete. Na prática, o preconceito que se manifesta no chão da escola rouba o direito à maternidade de Laís, que deseja ser mãe de sua filha como qualquer outra mãe. “Eu não deveria ter que viver em eterno confronto com a escola por um direito instituído, porém não efetivado”, observa.

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Dia Nacional dos Ostomizados chama atenção para o combate ao preconceito

Dia Nacional dos Ostomizados é celebrado em 16/11, instituído pela Lei Nº 11.506/2007, e tem o objetivo de divulgar informações que contribuam para combater o preconceito contra as pessoas que utilizam o procedimento da estomia. Estomizados são pessoas que devido à má formação congênita, tumores intestinais, doença inflamatória intestinal, traumas abdominais, entre outras causas, foram submetidas a um procedimento cirúrgico para a abertura de um orifício, conhecido como estoma, para a saída de fezes ou urina. De acordo com o Ministério da Saúde, existem mais de 400 mil pessoas estomizadas no Brasil.

Os estomas podem estar relacionados ao sistema urinário, digestivo, respiratório e de alimentação. Nos casos de estomia digestivo e urinário, o paciente utiliza uma bolsa coletora diretamente ligada ao intestino grosso ou delgado para a eliminação de fezes e/ou urina. A cirurgia para a realização de estomas pode ocorrer nas diferentes faixas etárias, desde neonatos até idosos, sendo necessária em uma variedade de condições, tais como as doenças crônico-degenerativas, entre elas o câncer, a Doença de Chagas, as doenças inflamatórias (Retocolite Ulcerativa Inespecífica e Doença de Crohn), mal formações congênitas, traumas abdômino-perineais, doenças neurológicas e outras.

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Estudo mostra violência e falta de apoio vivenciada por jovens homossexuais

Física ou psicológica, violência é disseminada dentro do próprio ambiente familiar e escolar em que vivem os jovens

Para especialistas, uma rede social de qualidade (família, amigos, comunidade) é aquela capaz de fornecer laços e proteção a essas pessoas, com diminuição da vulnerabilidade às diversas formas de violência a que estão expostas – Foto: Visualhunt/CC

É de conhecimento comum que a população homossexual tem que superar incontáveis dificuldades em todos os aspectos da vida. Mas esses problemas vão muito além daquilo que se conhece e é diariamente divulgado, especialmente no casos dos jovens. Em uma idade mais vulnerável social e emocionalmente, esse grupo ainda tem  acesso precário e nada eficiente às redes de apoio social – família, amigos, comunidade – que deveriam ajudá-los a enfrentar a violência que sofrem. Assim aponta estudo da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, realizado pela terapeuta ocupacional Iara Falleiros Braga.

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Discriminação zero é a meta da Unaids para 2014

Dados do Unaids (sigla em inglês para o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) revelam que o número de pessoas com HIV em 2012 atingiu 35,3 milhões em todo o mundo. Do total, 2,3 milhões correspondem a novas infecções e 1,6 milhão de mortes decorrentes das complicações ligadas à doença. De acordo com a entidade, o fim da discriminação é apontado como o principal objetivo para zerar o índice de novas contaminações e de mortes relacionadas à Aids. Diante disso, discriminação zero é a meta da Unaids para 2014. 

A campanha do Dia da Discriminação Zero (a ser celebrado em 1º de março) conta com a participação da Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, de Mianmar, país do Sudeste Asiático. O objetivo é conscientizar a população mundial a respeito desse grave problema.

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Cinema: antídoto para o preconceito

Preconceitos, discriminações e intolerâncias, que muitas vezes terminam em mortes, são comuns em nosso cotidiano, seja com alguém próximo ou em acontecimentos anunciados nas manchetes de jornais. Para que haja mais tolerância e respeito às diferenças, o professor Marcelo Andrade, que é o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), desenvolveu um projeto de intervenção pedagógica em conjunto com alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos do Grupo de Estudos sobre Cotidiano, Educação e Culturas (Gecec), da instituição.

Com a exibição de filmes sobre educação e cotidiano escolar, temas como racismo, homofobia, machismo e outras formas de preconceito foram discutidos entre estudantes do ensino médio do Colégio Estadual André Maurois (Ceam), localizado no Leblon, zona sul do Rio. “Vivemos em uma sociedade plural e é comum que diferentes correntes de pensamentos e culturas entrem em conflito. Contudo, para que haja respeito na aceitação e entendimento dessas diferenças, é preciso que os jovens sejam educados nessa perspectiva”, ressalta o professor. Além dos debates, foi criado um cineclube com 150 títulos para a escola, entre filmes e documentários, com catalogação detalhada sobre os temas abordados em cada película, para uso e escolha dos professores. O projeto recebeu recursos da FAPERJ por meio do edital Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

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