Tag Archives: Políticas Públicas de Saúde

Fiocruz Rondônia monitora arboviroses na fronteira com a Bolívia

Pesquisadores da Fiocruz Rondônia estiveram no município de Nova Mamoré e no distrito de Nova Dimensão (que pertence ao município) realizando ações de rastreamento e caracterização epidemiológica e molecular de arbovírus e vírus respiratórios. A ação ocorreu entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025 e foi coordenada pelo Laboratório de Virologia Molecular (LVM). O município de Nova Mamoré fica na área de fronteira com a Bolívia, distante cerca de 280 km da capital Porto Velho. 

De acordo com a pesquisadora em Saúde Pública Deusilene Vieira, chefe do laboratório, foram realizadas coletas de amostras biológicas de pacientes, com ênfase no diagnóstico de arbovírus responsáveis por transmitir doenças como a dengue (Denv), zika (ZIKV), chikungunya (CHIKV), febre Mayaro (Mayv) e oropouche (Orov). Os trabalhos também estiveram voltados à detecção molecular de malária e vírus respiratórios, incluindo Sars-CoV-2, metapneumovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), adenovírus humano, rinovírus humano, influenza A e B. 

Trata-se de um esforço em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Mamoré, que contribui para a ampliação das estratégias de vigilância na região e o fortalecimento das ações de saúde e pesquisa. Deusilene Vieira considerou a relevância dos trabalhos no contexto de Saúde Pública na região amazônica, “tendo em vista que as ações de vigilância aliadas à pesquisa são fundamentais para determinar as políticas públicas de saúde e a Fiocruz Rondônia tem se mostrado atuante e pioneira nesses casos”. 

Além de Nova Dimensão, os distritos de Jacinópolis, Araras e Marechal Rondon também estão vinculados ao município de Nova Momoré. Osman do Carmo Brasil, enfermeiro do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Nova Mamoré, salienta que as equipes de saúde têm feito registros de doenças respiratórias e que contam com o apoio de uma unidade sentinela, apta a realizar coletas através de testes moleculares (RT-PCR) para Covid-19 e testes rápidos, contando com uma médica, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem. Segundo ele, as amostras coletadas são encaminhadas ao Laboratório de Fronteira (Lafron), localizado em Guajará-Mirim, e que funciona como um braço do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). 

“Devido às distâncias em relação à capital do Estado, essa parceria com a Fiocruz Rondônia nos permite verificar quais são os vírus circulantes na região, para que o município possa realizar políticas públicas de profilaxia, mitigação e prevenção dos casos encontrados”, destacou Osman.  

Resultados

Durante a ação, foram coletadas 84 amostras biológicas, das quais 734 análises moleculares foram conduzidas. Os resultados indicaram um caso positivo para dengue (Denv-1) e 15 casos positivos para vírus respiratórios, sendo 53% (8/15) para Sars-CoV-2 e 47% (7/15) para influenza B. Não houve casos positivos para malária.

Para o secretário municipal de Saúde de Nova Mamoré, Arildo Moreira, o rastreamento de doenças, especialmente em períodos de chuva, é fundamental para proteger a saúde da comunidade e garantir que todos tenham acesso a diagnóstico e tratamento adequados. 

“A Secretaria é responsável por mobilizar a comunidade, divulgar a importância do rastreamento e garantir que os pacientes com sintomas sejam encaminhados para os exames e tratamento necessários. É importante que a colaboração continue a promover a pesquisa, a inovação e a formação de profissionais, para que a população tenha acesso a serviços de saúde de qualidade e possa viver com mais saúde e segurança” finalizou o secretário.

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Ministério da Saúde lança publicação sobre a avaliação de impacto nas políticas públicas

Iniciativa visa fortalecer as capacidades das secretarias estaduais e municipais, bem como de todos os interessados na área, permitindo que conduzam suas próprias pesquisas sobre políticas, programas e projetos de maneira mais eficaz.

A Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit/Sectics), lança nesta terça-feira (24), às 9 horas, o livro “Avaliação de Impacto das Políticas de Saúde: Um Guia para o SUS”. A iniciativa vai ao encontro da crescente necessidade de qualificação na gestão pública e da criação de normativas que estabelecem a obrigatoriedade de pesquisas avaliativas que meçam a efetividade e o desempenho das políticas públicas nos órgãos públicos. A avaliação destas pesquisas se caracteriza como instrumento para um melhor investimento do orçamento público, melhoria na qualidade da gestão e análise da efetividade das ações do Estado.

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Cartilha aponta presença de agrotóxicos em produtos ultraprocessados

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou uma pesquisa inédita que revela a presença de agrotóxicos em produtos ultraprocessados. O estudo, transformado em uma cartilha intitulada “Tem veneno nesse pacote”, aponta que mais da metade dos produtos analisados apresentaram resíduos de glifosato ou glufosinato. O estudo expõe informações cruciais para a luta por melhores políticas públicas e reforça ainda mais alguns motivos para que os consumidores sigam as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e tenham uma alimentação baseada em alimentos in natura e minimamente processados, priorizando os alimentos orgânicos e de base agroecológica.

Na pesquisa, ao todo, 27 produtos foram analisados, divididos entre oito categorias de alimentos e bebidas. Seis categorias de alimentos ou bebidas continham resíduos de agrotóxicos. 16 (59,3%) dos produtos analisados apresentaram pelo menos um tipo de agrotóxico. 14 (51,8%) dos produtos analisados apresentaram resíduos de glifosato ou glufosinato.

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Fiocruz Brasília abre inscrições para turma especial de mestrado para enfrentamento e convivência segura com a Covid-19

Estarão abertas de 5 a 8 de outubro as inscrições para o Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde – Turma Especial “Políticas Públicas de Saúde no Enfrentamento e na Convivência Segura com a Covid-19 e Outras Situações de Emergência Sanitária Pública”. Conforme a chamada pública emergencial da Escola de Governo Fiocruz – Brasília, a turma oferece 27 vagas e podem concorrer profissionais com diploma de graduação em áreas da saúde e em outras áreas com atuação correlata às Políticas Públicas de Saúde.

“A seleção pública extraordinária é destinada a projetos que induzam a geração de conhecimento teórico-prático e específico orientado especialmente às Políticas Públicas no enfrentamento e na convivência com a Covid-19, bem como seus impactos na saúde pública. As linhas de pesquisa do programa serão contempladas, adaptando-as para o cenário pandêmico atual e preparando os discentes para situações locais, nacionais ou mundiais semelhantes”, diz o edital.

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Imagem: FGV/FM-USP

Especialistas apontam caminhos para o combate à pandemia no segundo semestre

A curva epidêmica no Brasil parece ter atingido um platô que deve perdurar pelo menos até o fim de 2020. Investir na identificação e no isolamento de infectados e de seus contatos próximos, manter as escolas fechadas e melhorar a qualidade da informação pública transmitida à população são medidas que governantes deveriam tomar para evitar que a situação se torne ainda mais grave.

Investir pesadamente em estratégias de vigilância em saúde que possibilitem identificar e isolar rapidamente pessoas com sintomas de COVID-19 e seus contatos próximos. Manter as escolas fechadas pelo menos até o fim deste ano. Fazer campanhas para conscientizar a população sobre a necessidade de respeitar medidas de proteção, como uso de máscaras e distanciamento social, até que se tenha uma vacina eficaz. Parar de minimizar a importância da pandemia ou de transmitir a ideia de que o pior já passou.

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Brasil avança no controle da tuberculose

O recém-lançado Plano Nacional pelo fim da doença ratifica compromisso com a Organização Mundial da Saúde

Dentre a gama de testes disponíveis para avaliar a possibilidade de tuberculose, o teste de Mantoux envolve injeção intradérmica de tuberculina e a medição do tamanho da enduração provocada após 72 horas (48 a 96 horas) – Foto: via Mantoux test / Wikimedia Commons / Domínio Público

No final do mês passado (29 de junho), o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que, dentre as metas assumidas, ambiciona acabar com a doença até 2050, ratificando o compromisso com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida reforça as políticas públicas em vigor no Brasil que têm feito o País reduzir a incidência da doença e das mortes causadas por ela. Mas ainda é pouco.

O professor Ricardo Alexandre Arcêncio, docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP e integrante da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB), falou sobre a importância do Plano Nacional. “O Brasil tem avançado em relação às políticas de controle da tuberculose”, afirma.

 

Dia Mundial da População alerta para acesso a métodos seguros de contraceptivos

No dia 11 de julho de 1987, a população mundial chegou a 5 bilhões de pessoas. O marco histórico motivou o Conselho Diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a criar, dois anos depois, o Dia Mundial da População (World Population Day). A data, lembrada hoje (11), chama a atenção internacional para a gravidade das questões populacionais.

O tema deste ano, “Planejamento Familiar: Empoderando Pessoas, Nações em Desenvolvimento” (Family Planning: Empowering People, Developing Nations), destaca a importância do acesso a métodos seguros de contracepção, pois cerca de 225 milhões de mulheres em países em desenvolvimento fazem uso incorreto ou não contínuo de métodos para evitar a gravidez, segundo dados da Federação Internacional de Planejamento Familiar/Região do Hemisfério Ocidental (IPPF/RHO).

Além de ser fundamental para o estabelecimento de igualdade de gênero e empoderamento feminino, o controle da fertilidade reduz a mortalidade materna e infantil e é um fator econômico de grande impacto na redução da pobreza, como defende a socióloga Jaqueline Pitanguy. “Quando as mulheres planejam a sua reprodução, tendo acesso a meios seguros de contracepção, há a possibilidade de escolhas de acordo com projetos de vida e orçamento”, avalia.

A socióloga destaca que o Brasil passa por um momento de “bônus demográfico”, com uma taxa de natalidade baixa, de 1.8, e, ao mesmo tempo, uma parcela grande da população está na idade produtiva. “Esses fatores estão diretamente ligados a um projeto de desenvolvimento do país. É uma estratégia de desenvolvimento”, explica Pitanguy.

A especialista lidera a organização não governamental Cepia – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação – que, em parceria com a IPPF/RHO, divulgou, este ano, uma pesquisa inédita sobre o tema. O estudo mostra que o Brasil tem o pior desempenho em educação sexual, quando comparado a outros quatro países latino-americanos: México, Argentina, Colômbia e Chile.

Intitulada Barômetro Latino-Americano sobre o Acesso das Mulheres a Métodos Contraceptivos Modernos, a pesquisa avalia fatores como o desenvolvimento de políticas e estratégias; a sensibilização geral sobre saúde e os direitos reprodutivos; bem como a educação integral de saúde e direitos sexuais e reprodutivos. Entre os itens observados, estão também a educação e o treinamento dos profissionais dos serviços de saúde; a prestação de aconselhamento individual e serviços de qualidade; a existência de planos de reembolso; a prevenção à discriminação e o empoderamento das mulheres por meio do acesso aos contraceptivos. A pesquisa foi feita no fim de 2015 e ouviu 20 especialistas de cada país, dos setores público e privado.

Na avaliação de Pitanguy, a situação do Brasil é influenciada por questões culturais e religiosas. “A religião está se transformando em uma força política capaz de influenciar e barrar leis, de afetar programas de saúde e imbuir profissionais de princípios que os afastam do que eles deveriam cumprir em um Estado laico.”

No entanto, a pesquisadora destaca como pontos positivos a qualidade das normas e orientações brasileiras, bem como a oferta gratuita de métodos pelo Serviço Público de Saúde. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, são disponibilizados para a população preservativo masculino e feminino, pílula combinada, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, dispositivo intrauterino com cobre (DIU T Cu), diafragma, anticoncepção de emergência e minipílula.

Escolhendo o método

A escolha do método contraceptivo deve ser feita conjuntamente com o médico, considerando as particularidades de cada mulher e respeitando as indicações, alerta a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) . Para quem não pode usar os métodos hormonais, há ainda os de barreira (preservativo, diafragma, DIU de Cobre), os métodos naturais (coito interrompido, tabelinha, métodos de observação da fertilidade) e os definitivos ou cirúrgicos (vasectomia ou laqueadura).

Aos 19 anos, a estudante Bárbara Dourado sentiu-se repentinamente estressada e notou o surgimento manchas roxas na pele. À noite, uma sensação de queimação tomou conta dos membros inferiores. O problema se agravava com o tempo. As dores tornaram-se quase insuportáveis e pouco cediam com o uso de analgésicos. Depois da consulta médica, o diagnóstico: efeitos colaterais da pílula do dia seguinte. Dois anos depois, ela ainda sente dores. Por causa disso, deverá passar por uma cirurgia para reparar os danos que sofreu em uma das artérias da perna esquerda pelo excesso de hormônios na corrente sanguínea.

A médica Carla Martins, membro da Febrasgo e diretora da clínica FertilCare pondera que todos os métodos contraceptivos, hormonais e não hormonais, têm efeitos colaterais. “Não há método ideal, 100% inócuo ou eficaz, totalmente acessível e fácil, o que a gente pode fazer é minimizar os riscos.”

Uma página nas redes sociais chamada Vítimas de Anticoncepcionais. Unidas a Favor da Vida já reúne quase 140 mil seguidores que trocam depoimentos, informações e solidariedade em muitos casos semelhantes ao de Bárbara. Estudos e pesquisas feitos sobre os efeitos do uso dos hormônios sintéticos no mundo embasam a opinião do grupo.

Eles apontam que as pílulas afetam a qualidade de vida, as funções cerebrais, podem causardepressão, falta de desejo sexualcâncer de ovário, tromboembolismo, acidente vascular cerebral, trombose e infarto do miocárdio. Outro fato recente reacendeu os debates acerca do uso dos anticoncepcionais, ao ser descartada a viabilidade da “pílula masculina” devido aos severos efeitos colaterais.

A médica, porém, se diz contra a disseminação de ideias que desaconselham os métodos hormonais. “Parece que os mitos são mais fortes que a verdade científica. Pílula dá trombose, mas, se você engravidar, tem 30 vezes mais chances de desenvolver trombose do que com a pílula”, explica.

A especialista afirma que a pílula não deve ser a primeira opção para as mulheres que querem evitar a gravidez. De acordo com ela, a recomendação mundial é que os métodos de longa duração reversíveis (DIU de Cobre ou implante subdérmico) sejam os principais indicados para qualquer paciente, principalmente para as adolescentes, que apresentam falhas no uso das pílulas diárias e do preservativo.

Além do DIU de Cobre, outra alternativa para quem quer evitar os usos de hormônios são os métodos de barreira (preservativo masculino e feminino e o diafragma). Para quem busca uma solução definitiva, há os cirúrgicos: vasectomia ou laqueadura.

Mas evitar a gravidez sem o uso de nenhum desses artifícios também é possível. O coito interrompido e a tabelinha são exemplos. Há também os métodos de observação da fertilidade (muco cervical, temperatura basal, Billings, Arborização ou teste de ovulação de microscópio com saliva, sintotérmico, Ogino-Knaus) que se baseiam no reconhecimento do período fértil, em que são evitadas as relações sexuais. No entanto, tais métodos não trazem proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e esbarram em dificuldades como irregularidades no ciclo menstrual, no pós-parto e no período de amamentação.

Entenda quais são as vantagens e desvantagens de cada um dos métodos contraceptivos:

– Métodos hormonais com uso combinado de estrogênio e progestagênio
Pílulas combinadas de estrogênio e progestagênio

As pílulas combinadas de hormônios sintéticos impedem a ovulação e dificultam a passagem dos espermatozóides para o interior do útero. Via: Oral ou vaginal.anticoncepcional - pilulas combinadas

Adesivo

Semelhante ao uso das pílulas combinadas. Via: Dérmico.

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Anel vaginal

Semelhante ao uso das pílulas combinadas. Via: Vaginal.

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Injeção mensal

Hormônios  combinados. O mecanismo de ação é o bloqueio ovulatório. Via: Intramuscular.

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– Métodos hormonais com uso de progestagênio
Pílula de progesterona ou minipílula

Impede a ovulação, torna o muco cervical mais espesso (o que dificulta a passagem dos espermatozóides) e afina a parede do útero, dificultado a implantação de um possível óvulo fecundado. Via: Oral.

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Injeção trimestral

O mecanismo de ação é o bloqueio ovulatório. Via: intramuscular.

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Implante

Bastão de 4 cm de comprimento por 2 mm de diâmetro. Contém hormônios sintéticos para inibir a ovulação e modificar o muco cervical. Via: Subdérmico.

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Pílula do dia seguinte

Impedindo ou retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos espermatozóides de fecundarem o óvulo. Via: Oral.

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DIU com levonorgestrel

Impede a fecundação porque torna mais difícil a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização. Via: Intrauterino

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– Métodos não hormonais
Preservativo

Cria uma barreira de contato entre o pênis e a vagina, retendo assim o esperma. Via: Cobertura do órgão sexual.

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Diafragma

Anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de látex ou silicone em forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo completamente o colo uterino e a parte superior da vagina, impedindo a penetração dos espermatozóides. Via: Intravaginal.

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Espermicida

Imobiliza e mata os espermatozoides. Via: Pode ser em forma de cremes, geleias, comprimidos, tabletes e espuma.

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DIU de Cobre

Inativa ou mata os espermatozoides, impedindo seu encontro com o óvulo. Via: Intrauterina.

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– Métodos não hormonais – Naturais ou Comportamentais
Coito interrompido

O homem retira o pênis da vagina um pouco antes da ejaculação.

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Tabelinha

O ciclo varia de 25 a 30 dias. Entre eles, ocorre o período fértil, quando o óvulo chega nas trompas para seguir até o útero e ser fecundado. Fase dura cerca de uma semana e nesses dias é necessário evitar a relação ou utilizar um método extra.

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– Métodos de observação da fertilidade

Há vários: muco-cervical (Billings), temperatura basal, sintotérmico, do colar, Ogino-Knaus. São técnicas para  evitar a gravidez mediante a auto-observação de sinais do organismo feminino. Com a identificação do período fértil da mulher, o casal pode abster-se de relações.

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– Métodos definitivos ou cirúrgicos
Laqueadura tubária

Há diferentes técnicas. Necessário anestesia geral ou local e internação de horas até dois dias. Trompas podem ser cortadas e amarradas, cauterizadas, ou fechadas com grampos ou anéis.

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Vasectomia

Os canais deferentes são cortados e amarrados, cauterizados, ou fechados com grampos. Cirurgia simples, que pode ser feita em ambulatório, com anestesia local, sem internação.

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* Número de gravidez a cada 100 mulheres no primeiro ano de uso

Lugares mais vulneráveis são prioridade na Estratégia Saúde da Família

Elys Vieira, de 43 anos, mora no Trecho 3 do Sol Nascente há quase duas décadas. O lugar, que aguarda licença do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para início das obras de infraestrutura, ainda não tem rede de drenagem, esgoto ou asfalto. Pela vulnerabilidade local, é prioridade para a equipe de Estratégia Saúde da Família que cobre 75% do setor.

A coordenadora de Atenção Primária em Saúde, da Secretaria de Saúde, Alexandra Gouveia, explica que a estratégia consegue ser mais eficaz em ambientes onde as vulnerabilidades social, econômica e de saúde são maiores. “Claro que as áreas com condições melhores também são importantes, mas o impacto nelas é menor.”

A medida ainda obedece ao princípio de equidade, uma das doutrinas do Sistema Único de Saúde (SUS) — trata-se de atender os pacientes de acordo com suas necessidades e oferecer mais a quem mais precisa.

Saneamento básico é um dos itens avaliados para medir a vulnerabilidade local

O diagnóstico da situação territorial é um dos primeiros passos para a implementação da Estratégia Saúde da Família. Nele, são incluídos dados relacionados, por exemplo, a taxa de analfabetismo, índice de violência e condição do saneamento básico. 

Com essas informações, são definidos os cuidados e a forma de lidar com determinada comunidade. “Não traçamos ações com base no que achamos, mas na realidade que enxergamos ali”, ressalta a Alexandra.

Por conta das condições da área onde atua, a rotina de Cláusia Barreto Rocha, enfermeira da equipe de saúde da família que atende Elys, envolve ter um dia específico na semana para visitas domiciliares.

De acordo com ela, a escolha por os encontros ocorrerem no contexto onde o paciente está inserido não é à toa. A medida garante um cuidado integral, com foco nas causas e não só na doença. “Para a prevenção e a promoção da saúde, preciso ver como está a condição da casa, da rua”, detalha.

No caso dela, as visitas envolvem orientações específicas, como não andar descalço, cortar as unhas, não levar a mão à boca. Além disso, avalia-se o estado das ruas, se estão com água parada, esgoto à céu aberto ou se há outro problema que possa influenciar no aparecimento de alguma doença.

O filho mais novo de Elys, Isaac, de 7 anos, é tratado pela equipe de saúde pelo menos a cada dois meses, com sintomas de diarreia, verme ou sinusite. Todos os males têm alguma ligação com a situação do local onde vive.

Muito além da saúde

As equipes têm condições de propor ações que interajam com outras esferas do governo, como a administração regional. “Já cheguei a solicitar que tapassem uma fossa que não estava sendo utilizada e estava juntando água”, exemplifica Cláusia. Em outra oportunidade o órgão tapou buracos que apareceram em uma rua e poderiam se tornar foco do Aedes aegypti.

Alexandra explica que o cuidado vai além das questões ligadas diretamente à saúde. “A equipe não é responsável por instituir essas ações, mas ela participa da articulação para o que é necessário”, esclarece.

Obras no Trecho 3 do Sol Nascente

No Trecho 3, está prevista a construção de três bacias de drenagem, de 21,3 quilômetros de redes, com três lagoas de retenção e 450,5 mil metros quadrados de pavimentação. A obra nesse trecho está orçada em R$ 66 milhões.

Saiba como funciona a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para HIV

Já imaginou tomar um comprimido por dia e diminuir de maneira significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição? É basicamente assim que funciona o novo método de prevenção ao HIV oferecido pelo Ministério da Saúde. A Profilaxia Pré-Exposição, ou PrEP, como é mais conhecida,  é um dos componentes  da abordagem adotada pelo Ministério para combater o HIV, chamada de prevenção combinada, onde a pessoa tem a opção de usar um método de prevenção ou combinar vários que se ajustem às suas necessidades, características individuais ou momentos de vida.

É dentro desse contexto que o SUS passa a oferecer a pílula que combina o medicamento tenofovir e o entricitabina. Um único medicamento por dia é tomado regularmente, mesmo que não haja suspeita de exposição, pois o objetivo é que ela funcione como uma barreira para o HIV antes da pessoa ter contato com o vírus. Diferente da, Profilaxia Pós-exposição (PeP), um outro método de prevenção que é utilizado no pós exposição ao vírus. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa ter havido contato com o vírus. O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível no SUS.

Após o início do uso da PrEP o efeito protetivo só começa após o sétimo dia de uso diário do medicamento para as relações envolvendo sexo anal. Já para as relações envolvendo sexo vaginal, a proteção só começa após 20 dias de uso diário. É preciso frisar que o remédio, evidentemente, só tem esse efeito protetivo para quem não tem o vírus. Quem já tem o vírus, não deve tomar a PrEP, porque o esquema para tratar é diferente do esquema para a profilaxia.

A coordenadora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explica que o medicamento funciona como uma forma de bloqueio para que o HIV não infecte o organismo. “Ao tomar o comprimido diariamente, a medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. Ela de fato coloca o Brasil alinhado com o que há de mais avançado em termos de prevenção”.

Mas não são todas as pessoas que podem fazer o uso do medicamento na rede pública no Brasil. Por enquanto a PrEP só será ofertada para as pessoas mais vulneráveis ao risco de infecção pelo HIV que são os homens que fazem sexo com homens (HSH), gays, população trans, trabalhadores e trabalhadoras do sexo e casais sorodiferentes (quando um já tem o vírus e o outro não). Além disso, este não é o único critério que será utilizado pelo Ministério da Saúde: os profissionais de saúde vão prescrever a PrEP para pessoas que tenham uma maior chance de entrar em contato com o HIV, principalmente por não usarem preservativos nas relações sexuais.

Para Evaldo Amorim, do Grupo Elos LGBT DF e integrante do Fórum ONG Aids DF e Centro oeste, a implementação da PrEP, mesmo que apenas para grupos prioritários, é muito bem-vinda. “Eu particularmente acho que vai ajudar por que são grupos que em algum momento possuem mais dificuldade, e estão de certa maneira mais vulneráveis ao contágio”. Adele Benzaken, ainda reforça que mesmo as pessoas que fazem parte deste grupo, mas que têm uma prática sexual segura, não se expõem ao risco de infecção e realizam seus testes e exames com regularidade, não têm necessidade de tomar a PrEP. Para essas pessoas, em caso de uma eventual exposição há a possibilidade de fazer o uso da PeP.

Quer saber mais sobre a PeP? Clique aqui!

Mas mesmo com outros métodos de prevenção surgindo no SUS, e com a oferta da PrEP, há um reforço necessário a ser feito: utilizar o preservativo nas relações sexuais,  e como um dos métodos a serem utilizados. “Só a camisinha  previne das outras infecções sexualmente transmissíveis – como a sífilis, gonorreia, clamídia etc. além de evitar a gravidez. Por essa razão é importante o uso da camisinha”, defende Adele Benzaken, diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Ela também destaca que fazer testes para o HIV também é uma forma importante a proteção contra o vírus. Eles são ofertados gratuitamente no SUS.

Você pode conseguir camisinhas – tanto masculinas quanto femininas –  em qualquer posto de saúde gratuitamente, já a PrEP ainda não está sendo ofertada, mas a previsão é que ocorra ainda este ano para aqueles grupos definidos, já que o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da PrEP foi publicado no final de maio, e a incorporação deve ser feita dentro do prazo de 180 dias.

INCA 80 anos: inscrições já estão abertas

INCA LOGO

A programação preliminar do Congresso INCA 80 Anos: Desafios e Perspectivas para o Controle do Câncer no Século XXI já pode ser conhecida no site do evento. No Congresso, serão abordados os múltiplos aspectos relacionados ao controle do câncer, como a formulação de políticas públicas, estratégias de prevenção da doença, formação de recursos humanos, desenvolvimento de pesquisas e cuidado integral ao paciente. O evento será realizado nos dias 29 e 30 de setembro, no hotel Othon Palace, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e tem como slogan “Toda uma vida cuidando de vidas”.

As inscrições, que já estão abertas, podem ser feitas no site do Congresso.