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Cerca de 77 mil mulheres aguardam mamografia pelo SUS: Com 17 mil pessoas na fila, Santa Catarina está no topo do ranking

Em junho deste ano, 77.243 brasileiras aguardavam por uma mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). Santa Catarina é o estado com mais mulheres na fila de espera, cerca de 17 mil.  Em seguida, aparecem São Paulo (15 mil) e Rio de Janeiro (12,5 mil). Juntos, os três estados somam 56% do total de pacientes à espera do principal exame para detecção do câncer de mama. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).

Segundo a entidade, em alguns locais do país, o tempo de espera por uma mamografia na rede pública pode chegar a 80 dias. O exame, quando realizado em tempo hábil, permite a detecção precoce de alterações mamárias, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido e reduzindo a necessidade de intervenções invasivas e onerosas. “Os números revelam parte da sobrecarga no SUS e devem ser levados em conta, especialmente pelos recém-eleitos nas eleições municipais, na formulação e manutenção de políticas de saúde pública”, avaliou o CBR.

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Delegação africana e Agência Brasileira de Cooperação visitam Fiocruz para discutir parcerias

A experiência da Fiocruz na utilização de dados e informações para a formulação de políticas de saúde motivou uma visita de dois dias da delegação da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (Nepad) na segunda e terça-feiras (28 e 29/2). Acompanhado por integrantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério de Relações Exteriores, o grupo conheceu um pouco mais sobre a Fundação, da pesquisa de fármacos à produção de vacinas, passando pela educação. Houve ainda espaço para aproximações bilaterais, com o surgimento de novas propostas.

A visita faz parte de um acordo tripartite entre Brasil, o Foreign, Commonwealth & Development Office (FCDO) do Reino Unido e a Agência de Desenvolvimento da União Africana (Auda) para um projeto-piloto de produção e uso de dados demográficos. Na primeira fase, o pesquisador Rômulo Paes, do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), e o assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) para a África, Augusto Paulo Silva, participaram a convite da ABC como consultores, apresentando um pouco do Brasil e da experiência da Fundação, como o Observatório Covid-19.

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Saúde apresenta parcerias para fabricação de equipamentos para o SUS

Com acordo, Brasil contará também com tecnologia para produção de medicamentos para artrite e câncer, entre outros

O Ministério da Saúde anunciou, nessa quarta-feira (30), nove novas Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDP) destinadas à fabricação, no País, de oito medicamentos e um equipamento de saúde considerados prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Com os acordos, o Brasil passará a deter a tecnologia para a produção de medicamentos para o tratamento de artrite, doenças autoimune, câncer e hormônio do crescimento e do aparelho para amplificação sonora individual.

Além da inovação, a produção nacional desses produtos, que atualmente são importados, reduz o custo para a saúde pública. Desde 2011, foram economizados R$ 2,4 bilhões dos cofres públicos com a compra de produtos das parcerias.

A transferência de tecnologia dentro das PDP pode durar até 10 anos. O anúncio foi feito durante a reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (GECIS), que atua em políticas de inovação no setor saúde.

As novas parcerias são resultado de uma lista com produtos estratégicos para o SUS publicada pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2014, para apresentação de propostas por parte de empresas públicas e privadas. Elas tiveram até o fim de abril deste ano para encaminhar os projetos.

“Tenho absoluta convicção de que essa é uma política de Saúde e de Estado. Trata-se de uma estratégia essencial para a saúde e para seu complexo industrial, além de ser fundamental para a inovação, geração de emprego e manutenção da balança comercial”, avaliou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Do total de 39 propostas enviadas, 31 foram avaliadas e três aguardam análise técnica. Dessas, 22 foram reprovadas por situações como: apresentação incorreta de cronograma, prazo de transferência de tecnologia superior ao estabelecido, preço acima do mercado ou porque não previam transferência tecnológica integral para o Brasil, entre outros. Além disso, foram desclassificados cinco projetos de produtos que estavam fora da lista de itens prioritários.

Ainda durante o evento, o Ministério apresentou também os primeiros resultados das propostas de readequação das 98 Parcerias para Desenvolvimento Produtivo, firmadas até 2014, às novas regras estabelecidas para a política. Nesse cenário, 13 parcerias foram extintas para a produção de 11 medicamentos e 2 equipamentos de saúde.

Outras sete parcerias foram aprovadas e três reprovadas. As parcerias reprovadas terão um prazo de 10 dias, a partir do recebimento da notificação, para se adequarem às mudanças solicitadas. Os demais projetos de readequação deverão ser apresentados na reunião do GECIS prevista para dezembro.

“A nova política de PDP  traz segurança, regularidade e previsibilidade. Os processos que lastreiam as decisões políticas e técnicas estão documentados e vamos ter segurança jurídica de que estamos agindo de forma coerente e transparente”, concluiu o ministro.

Novas Regras

O novo marco do setor, apresentado em 2014, trouxe entre as principais mudanças a definição, por parte do Ministério, de uma lista anual com produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para 2015, foram 21 produtos – 11 medicamentos e 10 equipamentos de saúde – sendo seis, biológicos. Juntos, os medicamentos biológicos movimentam R$ 1,3 bilhão ao ano.

As PDP, firmadas entre laboratórios públicos e privados, têm como meta garantir a autossuficiência do mercado nacional, uma vez que atualmente todos os 21 produtos são importados.

“Uma das grandes conquistas das Parcerias para Desenvolvimento Produtivo é que, mais que a economia para o SUS, elas possibilitaram que laboratórios públicos e privados do Brasil possam deter tecnologias, principalmente na produção de medicamentos biológicos”, informou o Diretor Presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

Outra mudança importante foi o aprimoramento do processo de desenvolvimento produtivo na área da saúde, com definição de prazos para apresentação de propostas de transferência tecnológica, maior monitoramento do governo e garantia de segurança.

De acordo com o novo marco regulatório, também foram definidas as fases de uma PDP, sendo a fase III definida como início de aquisição do produto. As fases I e II serão destinadas, respectivamente, à apresentação da proposta e implementação da mesma. A fase IV corresponde pela finalização do processo de transferência de tecnologia.

O monitoramento será contínuo, com análises de relatórios enviados a cada quatro meses pela instituição pública e visitas técnicas anuais nas unidades fabris públicas e privadas e pelo Comitê Técnico Regulatório estabelecido pela Anvisa com participação do Ministério da Saúde. Todos os projetos, aprovados ou não, terão seus resultados divulgados na página do Ministério da Saúde.

Todas as PDP apresentadas até 2014 precisaram se submeter à adequação das novas regras. Assim, 107 projetos foram enviados com as alterações, sendo que a mesma proposta pode ter recebido mais de um pedido.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde