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Covid: novo pico em casos pega profissionais de saúde esgotados e desamparados

O pico de novos casos de covid-19 por enquanto não tem, segundo indícios iniciais, levado a um aumento na mortalidade. Mas a doença avança diante de equipes de saúde esgotadas, fragilizadas e desesperançosas com os rumos da pandemia, segundo dizem pesquisadores, psiquiatras e especialistas que acompanham esses profissionais da saúde desde os primórdios da batalha contra o coronavírus, em março de 2020. É também o que dizem os próprios profissionais.

“O que temos escutado é que existe uma grande sensação de exaustão – de profissionais de saúde dizendo ‘não é possível. Vou ter que tirar férias, não vou aguentar’, ao verem as emergências cheias novamente”, diz à BBC News Brasil o psiquiatra Helian Nunes, um dos idealizadores do projeto Telepan Saúde, que desde o início da pandemia oferece sessões de aconselhamento psicológico gratuito online a mais de 640 profissionais de saúde de todo o país.

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Estudo inédito traçará o perfil dos profissionais invisíveis no enfrentamento da Covid-19

No Brasil, mais de um 1,5 milhão de trabalhadores de nível técnico/auxiliar da Saúde enfrentam diariamente não só milhares de novos casos e centenas de óbitos relacionados à Covid-19 nos hospitais e unidades de saúde, mas também encaram um cotidiano anônimo e, por vezes, de “invisibilidade” diante da própria equipe, suas instituições e a sociedade em geral. Embora executem serviços de extrema importância, pouco se sabe qual é o perfil e a real situação de trabalhadores técnicos, auxiliares e de apoio das equipes de Saúde. Preocupada em responder a essa lacuna, a Fiocruz lançou, no dia 14 de janeiro, a pesquisa inédita “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”. O questionário on-line está disponível no site da ENSP/Fiocruz ou pode ser acessado pelo link https://is.gd/PesquisaInvisiveis.
A pesquisa considera trabalhadores invisíveis da Saúde os técnicos e auxiliares de enfermagem, de Raio X, de análise laboratorial, de farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de segurança, limpeza e conservação e agentes comunitários de saúde. O objetivo é analisar as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dessa força de trabalho buscando as alterações a que tiveram que se submeter emergencialmente durante a pandemia.
“Essa legião de trabalhadores da Saúde está cotidiana e diretamente na linha de frente atendendo a mais de 8 milhões de contaminados pela Covid-19 e lidando com mais de 200 mil óbitos em todo o país. Além disso, estão expostos à infecção, sofrem com a morte de colegas, e boa parte está desprotegida de cuidados necessários, sem, de fato, ter voz e meios de expressar a real situação no cotidiano do seu trabalho e de sua vida pessoal, no que se refere à saúde física e mental”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Helena Machado.
O questionário explora aspectos objetivos e subjetivos sobre como esses trabalhadores lidam com a pandemia em seu dia a dia: se o trabalhador teve Covid-19 e se sente protegido em seu ambiente de trabalho contra o coronavírus; se sofreu algum tipo de violência ou discriminação; o que mudou em sua rotina profissional durante a pandemia e se houve mudança da carga horária de trabalho; se há Equipamentos de Proteção Individual (EPI) disponíveis e se houve treinamento adequado para sua utilização; “Desejamos analisar em profundidade as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores de nível médio e auxiliar, o qual denominamos de trabalhadores invisíveis da saúde”, completou Machado.
Contexto da pesquisa
No Brasil, contabiliza-se mais de 2 milhões de trabalhadores de nível técnico, auxiliar e apoio, dos quais 1,5 milhão estão na linha de frente do enfrentamento à Covid-19. Cerca de 1.800 milhão são auxiliares e técnicos de Enfermagem; 230 mil são auxiliares e técnicos de Saúde Bucal; 29 mil são técnicos de Laboratório; 20 mil são técnicos de Nutrição; 85 mil são técnicos de Radiologia; além de milhares de trabalhadores que apoiam e dão suporte a essa força de trabalho em saúde, atuando diretamente na assistência (condutores de ambulância, maqueiros, pessoal da limpeza, manutenção, segurança, pessoal da administração e recepção, entre outros.
Durante a pandemia, esses trabalhadores lidam com a escassez de material EPI; infraestrutura precária; inadequadas condições de trabalho; ritmo de trabalho elevado e estressante; vínculo de trabalho precário; insegurança do e no trabalho; desconforto; desproteção no trabalho, entre outras questões.
“Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil” é um subproduto da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, que já levantou dados sobre as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.“Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil” é um subproduto da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, que já levantou dados sobre as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.Os materiais de divulgação da pesquisa estão disponíveis para download no campo “anexos relacionados”.

Serviço:
Lançamento da pesquisa “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil
Foto: Governo do Estado de São Paulo/Wikimedia Commons

Estudo busca voluntários para avaliar relação dos profissionais da saúde com o luto na pandemia

Pesquisa é realizada na UFSCar em parceria com a Erasmus University, dos Países Baixos. Estão sendo convidados profissionais da medicina, enfermagem e fisioterapia, de qualquer região do país.

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar as experiências dos profissionais da saúde que prestaram assistência de fim de vida a pacientes que faleceram recentemente e como eles têm sido afetados pela atual crise da COVID-19.

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Simulador de mama ajuda no treinamento de procedimentos médicos

Desenvolvido pelos pesquisadores Michelle Ferreira da Costa Abrahão e Felipe Wilker Grilo, o phantom de mama ajuda os profissionais de saúde no treinamento do procedimento de biópsia e intervenções cirúrgicas guiadas por ultrassom

O uso do phantom aprimora habilidades de médicos e estudantes. Foto: Divulgação/GPhantom

Em busca de auxiliar os profissionais da área da saúde no treinamento do procedimento de biópsia e intervenções cirúrgicas guiados por ultrassom, os pesquisadores Michelle Ferreira da Costa Abrahão e Felipe Wilker Grilo, formados pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP lançaram um phantom de mama.

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Discurso moral prejudica adesão a tratamento de população na rua com tuberculose

Sensação de perda de liberdade ao ser internado e moralidade dos profissionais de saúde são fatores para o abandono do tratamento da tuberculose por pessoas em situação de rua

O jornalista Liandro Lindner, de 40 anos, nunca chegou a conhecer o avô paterno, morto na década de 1940, quando seu pai tinha apenas dois anos. A real causa da morte, porém, ele soube há pouco tempo: tuberculose. Na época, a mortalidade e o contágio elevados justificavam o estigma da doença, traduzido nos eufemismos da família para contar a história: “foi pneumonia”, ou “morreu de pontada”, na linguagem do interior gaúcho.

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Nascer no Brasil embasa Projeto de Lei na câmara

Está em análise na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 7633/14, do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que discute os direitos da mulher durante a gestação e o parto – inclusive nos casos de aborto – e as obrigações dos profissionais de saúde. O PL, além de tratar dos direitos do feto e do recém-nascido, segue as diretrizes da pesquisa Nascer no Brasil, desenvolvida pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), cujos resultados apontam que a cesariana é realizada em 52% dos nascimentos, sendo que, no setor privado, o índice é de 88%. O projeto dispõe sobre a possível limitação do número de cesarianas realizadas no Brasil, e a Câmara dos Deputados lançou uma enquete para saber o que os brasileiros pensam da proposta.

 A pergunta da enquete é: “Você concorda com a proposta de limitar o número de cesarianas no País à média recomendada pela OMS, atualmente de 15% dos partos?”. O projeto define que médicos e demais profissionais de saúde deem prioridade à assistência humanizada no nascimento. Dentre esses princípios, o texto enumera procedimentos como interferência mínima da equipe, preferência por métodos não invasivos e utilização de medicamentos e cirurgias somente quando estritamente necessário.

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Mostra destaca ações de enfrentamento da tuberculose

 

A programação da mostra apresentou as novas drogas para tratamento da TB, as ações de vigilância da tuberculose drogarresistente (TBDR) a descoberta de uma nova espécie de micobactéria no Brasil e a plataforma FIO-Tb, que irá mapear competências em tuberculose na Fiocruz. Na abertura, Hermano Castro, apontou aspectos alarmantes sobre a doença. “O Estado do Rio de Janeiro tem a maior incidência de casos do país e temos muito o que fazer. A região de Manguinhos, por exemplo, onde está a Fiocruz, conta com taxas elevadas”, alertou. O diretor enfatizou a missão do Centro de Referência no enfrentamento da doença, detalhando as contribuições realizadas, mas advertiu que o momento não é de comemoração, e sim de convocar a sociedade para refletir sobre o problema. Otavio Porto, chefe do CRPHF, também destacou a necessidade de alerta. “Devemos pensar no tamanho da nossa missão e dos nosso desafios. Além de compartilhar conhecimento, devemos estar atentos aos problemas que norteiam o controle da tuberculose”, admitiu.

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Falta de ajuda no parto mata quase 1 milhão de bebês por ano

A presença de um profissional de saúde durante o parto poderia evitar 950 mil mortes de bebês por ano, segundo relatório da fundação Save The Children.

O estudo identificou que 2,2 milhões de mortes ocorreram em 2012 durante o nascimento ou no primeiro dia de vida da criança.

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Rede de saúde terá de notificar homofobia

O registro dos casos de violência por homofobia atendidos na rede pública de saúde será obrigatório. A estratégia será colocada em prática em agosto nos Estados de Goiás, Minas e Rio Grande do Sul. Em janeiro, passará a valer em todo o País, de acordo com o Ministério da Saúde. A medida foi anunciada após a divulgação do Relatório sobre Violência Homofóbica, que mostra que o número de vítimas triplicou no ano passado.

O profissional, ao atender a vítima de homofobia, terá de preencher um formulário que será encaminhado para o governo. Na avaliação do ministério, isso poderá trazer maior clareza sobre a exata dimensão do problema no País e para formulação de políticas de enfrentamento às violências contra homossexuais.

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