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Pesquisa inédita da Fiocruz detecta contaminação por cocaína em tubarões

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) detectou, pela primeira vez no mundo, a contaminação de tubarões por cocaína e seu metabólito, a benzoilecgonia. O dado chama atenção para a alta quantidade da droga que é consumida na cidade e descartada no mar via esgoto sanitário. Conduzido pelo Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC, o estudo identificou a presença de cocaína em 13 animais da espécie Rhizoprionodon lalandii, popularmente conhecida como “tubarão-bico-fino-brasileiro”, “cação rola rola” ou “cação-frango”. Os resultados foram publicados na revista científica Science of The Total Environment.

O principal metabólito da substância, a benzoilecgonina, resultante da metabolização da cocaína no organismo, foi encontrada em 12 destes animais. As coletas foram realizadas no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, entre setembro de 2021 e agosto de 2023, como parte de um esforço para avaliação da saúde ambiental, com foco em acompanhar mudanças no ambiente, sejam ocorridas de forma natural ou a partir da interferência humana – e seus impactos sobre as diversas formas de vida marinha.

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Os robôs japoneses criados com ‘pele viva’ que se parecem mais com humanos

Cientistas japoneses descobriram uma maneira de revestir com ‘pele viva’ os rostos dos robôs, para obter sorrisos e outras expressões faciais mais realistas.

A descoberta foi feita a partir da imitação de estruturas dos tecidos humanos, de acordo com a equipe da Universidade de Tóquio, no Japão.

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Crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas, revela estudo. Obesidade infantil é preocupante, diz responsável pela pesquisa

As crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas. É o que mostra estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London.

Os resultados do estudo indicaram que, entre 2001 e 2014, a estatura infantil, em média, aumentou 1 centímetro. A prevalência de excesso de peso e obesidade também teve aumento considerável entre os dados analisados. A prevalência de obesidade entre os grupos analisados subiu até cerca de 3%.

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Estudo aponta impacto étnico-racial no desenvolvimento infantil

Existem diferentes parâmetros para avaliar o desenvolvimento de uma criança desde seu nascimento, e o ganho de peso e altura é um desses fatores. No entanto, há influências indiretas que atuam sobre esse fator do desenvolvimento. Isso é o que aponta um novo estudo publicado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia). Os achados da pesquisa sugerem que a etnia/cor da gestante afeta a trajetória de ganho de peso e crescimento de seus filhos. Em especial, o estudo alerta para uma maior desigualdade em relação ao desenvolvimento infantil de filhos de mulheres indígenas.

Publicada no periódico BMC Pediatrics, a pesquisa constatou que filhos de mães indígenas exibiram maiores taxas de baixa estatura para a idade (26,74%) e baixo peso para a idade (5,90%). Características de magreza foram mais prevalentes entre crianças filhas de mães pardas e pretas (5,52% e 3,91%, respectivamente), indígenas (4,20%) e de descendência asiática (5,46%), em relação às crianças filhas de mulheres brancas (3,91%).

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Fiocruz e UFRJ avançam em inovação capaz de antecipar novos surtos infecciosos

Todos os anos milhares de pessoas são impactadas por surtos de doenças infecciosas. Além disso, segundo documentos da Comissão Europeia, a pandemia de Covid-19 revelou que o atual sistema internacional de vigilância e alerta sobre doenças infecciosas não funciona com velocidade suficiente quando confrontado com um patógeno respiratório de rápida dispersão. Nesse contexto, autoridades e agências de saúde de diferentes países reconhecem que a detecção e resposta mais rápidas a epidemias e pandemias dependem de uma vigilância global robusta, baseada em dados comparáveis.

Publicado (9/1) no Journal of Medical Internet Research (JMIR) Public Health and Surveillance, um estudo liderado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de outras unidades da Fiocruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Rockefeller, reconhece internacionalmente o modelo e implementação do sistema ÆSOP, que vem sendo desenvolvido para a vigilância epidemiológica e apoio na identificação e produção de alertas de forma antecipada referentes à ocorrência de possíveis surtos infecciosos, como é o caso da H1N1 e Covid-19.

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Líder técnica da OMS visita Fiocruz para discutir projetos

A Fiocruz recebeu, na última sexta-feira (10/2), a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Covid-19, Maria Van Kerkhove, para a discussão de projetos nas áreas da vigilância epidemiológica e da modelagem computacional para a análise de cenários. Pesquisadores da Fundação apresentaram seus projetos, que poderão auxiliar na antecipação de novas emergências sanitárias. O vice-presidente de Pesquisas e Coleções Biológicas da Fiocruz, Rodrigo Correia, mediou as conversas na parte da manhã e deu as boas-vindas a todos em nome do presidente interino Mario Moreira. “Estamos muito felizes de receber todos vocês para esse trabalho de extrema importância para a preparação para emergências sanitárias por vir”, disse.

A líder técnica Maria Van Kerkhove agradeceu as boas-vindas e afirmou que aprecia muito vir à Fiocruz e aprender com a experiência da Fundação. “É muito bom poder saber o que vocês fizeram antes e durante a pandemia”, comentou, “é uma base para ver o que faremos pela frente”. Ela lembrou uma visita anterior, durante a emergência de zika, e valorizou o acúmulo dessa cooperação. “O que vocês fizeram diante da zika foi uma preparação para enfrentar a Covid”, garantiu. “O que estamos fazendo agora nos servirá para futuras emergências que ainda desconhecemos”.

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Fiocruz e Sabin pesquisam doses fracionadas de reforço das vacinas para Covid-19

Um estudo conduzido pelo Instituto Sabin de Vacinas e pela Fiocruz Mato Grosso do Sul vai avaliar a possibilidade de fracionar as doses de reforço dos imunizantes para a Covid-19. A pesquisa deverá mostrar se doses menores podem oferecer a mesma resposta imunológica e com reações adversas menores. Isso possibilitaria multiplicar a oferta de vacinas, principalmente nos países mais pobres, e orientar novas estratégias de imunização. Segundo o Instituto Sabin, apenas 17,4% da população dos países de baixa renda foram vacinados contra a Covid-19, enquanto nos países alta renda esse índice chega a 72%.

Para o estudo, o instituto recebeu US$ 6,3 milhões (R$ 32,7 milhões) da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi, a sigla em inglês), uma organização internacional que tem como objetivo financiar projetos de pesquisa para acelerar a produção de imunizantes. O instituto escolheu, então, dois países: Brasil e Paquistão. Em cada um deles, 1.440 pessoas participarão da pesquisa, recebendo as vacinas Pfizer (dose cheia, metade ou um terço), AstraZeneca (dose cheia ou meia) e Coronavac (dose cheia), sendo acompanhadas por seis meses.

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Pesquisa revela dados inéditos sobre amamentação no Brasil

As taxas de aleitamento materno vêm crescendo no Brasil e uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra como a amamentação está presente na vida de crianças de até dois anos e suas mães. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019), encomendado pelo Ministério da Saúde, mostra que metade das crianças brasileiras são amamentadas por mais de 1 ano e 4 meses. E, também, que no Brasil quase todas as crianças foram amamentadas alguma vez (96,2%), sendo que dois em cada três bebês são amamentados ainda na primeira hora de vida (62,4%). A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam manter o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais, oferecendo só leite do peito até o sexto mês de vida. Os resultados do ENANI-2019 serão apresentados em webinário dia 10 de novembro, às 14h (veja abaixo).

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O que os alimentos ultraprocessados fazem com nosso corpo?

Desde que a humanidade descobriu o fogo e as especiarias, não olhamos mais para trás: continuamos inventando novas maneiras de desconstruir os alimentos para depois reformulá-los.

O que fazemos com a comida para criar novos sabores e experiências é incrivelmente criativo.

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Vacinas são principal alvo de desinformações sobre Covid-19 na internet

Entre as notícias falsas sobre a Covid-19 que circulam na internet, 19,8% são sobre as vacinas. A conclusão é de estudo conduzido pela pesquisadora da ENSP Claudia Galhardi, que analisou fake news relacionadas à doença disseminadas em redes sociais, sites e aplicativos de mensagens. Realizada em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Jornalismo e Comunicação da Universidade Federal do Piauí (Nujoc), a pesquisa investigou 253 notícias falsas recebidas pelo aplicativo Eu Fiscalizo entre 26 de março de 2020 e 31 de março de 2021.

“Os achados revelam que o fluxo de conteúdo desinformacional propagado nas redes sociais e aplicativos de mensagem, pautado em interesses políticos, econômicos, pós verdade e negacionismo, é movediço. Isso porque, apesar de as redes sociais, sites e aplicativos de mensagem terem buscado, timidamente, minimizar a disseminação de notícias falsas, adotando diferentes ações que têm inibido um pouco a propagação de fake news, os produtores dessas notícias, por outro lado, buscam sempre atuar nas redes sociais com menor ação efetiva no combate à desinformação e em novas redes que surgem”, afirma a autora do Eu fiscalizo, Claudia Galhardi.

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