Publicado em janeiro 21, 2015 por bibliotecafsp
Este ano, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicaram novas regras para o estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar. O parto é uma questão de saúde e a escolha deve ser feita pelo método mais adequado para cada caso e o mais seguro para a mãe e o bebê. De acordo com Organização Mundial de Saúde a recomendação é que taxa de cesáreas seja de até 15% dos partos. Atualmente, no Brasil, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na saúde suplementar e 40% na saúde pública.
Ana Bárbara Moreira Rossato, 24 anos, gerente de redes sociais, mora em São Paulo, tem dois filhos e está grávida do terceiro. Na primeira e segunda gestação, o pré-natal foi realizado pelo plano de saúde, mas Ana Bárbara conta que, para optar pelo parto normal, foi necessário passar por diversos profissionais. “Na primeira gestação, em 2009, eu passei por três médicas diferentes. Duas cobravam taxa de disponibilidade para acompanhar o parto normal com valor por volta de 3,5 mil para elas, fora a equipe. A terceira médica não cobrava taxa de disponibilidade, porém, no final da gestação, disse que meu parto deveria ser uma cesárea, pois minha barriga estava grande, o que poderia ocasionar um problema no parto. Eu não acreditei na indicação e resolvi abandonar o pré-natal particular e tive meu bebê, de forma natural e sem nenhuma complicação, na Casa de Parto de Sapopemba (SUS)”, conta. A casa está localizada na Vila IVG, em São Paulo, e oferece toda a estrutura para a realização de partos humanizados.
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