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Estratégia de vigilância de cães reforça combate à doença de Chagas

O ‘melhor amigo do ser humano’ também pode ser um grande aliado da saúde pública. O monitoramento de cães é a base de uma metodologia desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para detectar áreas com maior risco de transmissão do parasito Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Selecionada para compor o projeto Integra Chagas Brasil, do Ministério da Saúde, a estratégia está sendo implantada em cinco cidades do país: Espinosa e Porteirinha, em Minas Gerais; São Luís de Montes Belos, em Goiás; São Desidério, na Bahia; e Iguaracy, em Pernambuco. 

Coleta de sangue em cão em Espinosa (MG) para teste de diagnóstico da infecção pelo T. cruzi (foto: Ana Maria Rodrigues e Paulo Jefferson / IntegraChagas Brasil)

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Saúde mental indígena: IdeiaSUS publica capítulo de livro em guarani

Fiocruz é SUS: rodas de saberes, práticas compartilhadas é o novo livro da Plataforma IdeiaSUS da Fiocruz. A publicação apresenta cinco notáveis experiências do Sistema Único de Saúde (SUS), que foram acompanhadas durante um ano pela equipe da curadoria em saúde da IdeiaSUS Fiocruz. A grande novidade dessa publicação fica por conta de um capítulo inteiro traduzido para o guarani sobre uma prática diferenciada de acolhimento das demandas de atenção à saúde mental dos povos indígenas do Distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul (Dsei Isul) do Polo Base de Araquari, em Santa Catarina (SC).

Publicação apresenta cinco notáveis experiências do SUS e conta de um capítulo inteiro traduzido para o guarani (foto: Jeferson Mendonça / IdeiaSUS Fiocruz)

A experiência nasce da aproximação e do diálogo entre profissionais de saúde da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e a comunidade indígena, formada por 664 indígenas de 12 aldeias. Os profissionais observam que a alimentação tem forte influência sobre a saúde física, mental, emocional e espiritual dos indígenas. E, de forma inovadora, constroem conjuntamente um guia alimentar, trazendo os costumes e as tradições Guarani. O processo de elaboração do Cardápio Alimentar Guarani considerou, especialmente, a sua inclusão em ambientes hospitalares da região de saúde do Dsei Isul. A tradução do capítulo foi realizada pela comunidade da Aldeia Tarumã, pertencente ao Polo Base de Araquari, e estudantes da Escola Indígena de Ensino Fundamental Tupã Poty Nheé.

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Fiocruz articula ações contra o ‘Aedes’ na região de Manguinhos

Uma ação articulada entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), a Coordenadoria de Cooperação Social da Fiocruz (CCS/Fiocruz), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e o Conselho Comunitário de Manguinhos promoveu, no início de janeiro, o mutirão de combate ao Aedes aegypti na região de Manguinhos, localizada na AP 3.1.

A iniciativa, que além de buscar e eliminar possíveis focos do mosquito, envolveu a população com atividades educativas, para que todos pudessem colaborar no combate ao mosquito em suas próprias residências e vizinhanças, percorreu as comunidades CHP2, Vila União, Parque Joao Goulart, Vila Turismo e Nova Vila Turismo – todas situadas no entorno da Fiocruz. “Ao contrário do esperado, não foram encontrados focos do mosquito nas residências visitadas. Localizamos, sim, muitos focos em garrafas, baldes e em locais públicos, cujo controle é obrigação da Comlurb”, afirmou Gisele O’Dwyer, coordenadora do Território Escola Manguinhos (Teias/Ensp).

Os mutirões de mobilização da população contra o Aedes aegypti começaram no dia 14 de dezembro. A cada semana, as ações ocorrem em determinada área da cidade. Já houve mutirões nas regiões de Madureira e adjacências, além de Santa Cruz e Sepetiba; Campo Grande; e Grande Tijuca; Grande Méier; Barra e Jacarepaguá. Em Manguinhos, a ação reuniu agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, agentes de vigilância ambiental em saúde, enfermeiros, médicos e demais profissionais da Fiocruz e da Secretaria Municipal de Saúde.

Érika Arent, chefe da Clínica da Família Victor Valla, afirmou que os profissionais adotaram um ponto fixo para prestar informações de cuidados a serem adotados pelos moradores. A caminhada, segundo ela, observou muitos pontos de lixo a céu aberto – identificados e notificados à empresa de limpeza da cidade.

Na opinião de Gisele, o fato de a maioria dos ambientes domésticos estarem em boas condições deve servir de estímulo aos agentes comunitários de saúde e aos moradores da região. O mutirão promoveu ações de comunicação e informação com atividades culturais e artísticas, além da reprodução do material desenvolvido pelo Ministério da Saúde. “As atividades de entrega de material informativo e de abordagem lúdica do tema também foram bem-sucedidas”, afirmou a coordenadora do Teias.