O efeito de estímulos imunes na manutenção da função neurocognitiva, que pode ser afetada pela infecção por malária, foi o alvo de novo estudo conduzido pelo Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Em artigo publicado na revista Scientifc Reports, os autores relatam que o estímulo da resposta imune com uma combinação de imunógenos referenciados como promotores de resposta imune do tipo 2 aumentou a memória de reconhecimento de longa duração de camundongos adultos jovens saudáveis e reverteu o comprometimento neurocognitivo causado pela infecção experimental com o parasito causador da malária murina Plasmodium berghei ANKA.
“Considerando que os sistemas imune e nervoso são cognitivos e interagem entre si e que a malária, sobretudo na sua forma cerebral, pode causar comprometimento cognitivo em humanos e no modelo experimental, nós trabalhamos com a possibilidade de que as performances cognitivas poderiam ser aprimoradas através de estímulos imunes promotores da cognição”, destaca Luciana Pereira de Sousa, pós-doutoranda que divide a primeira autoria do artigo com a pesquisadora Flávia Lima Ribeiro-Gomes, ambas do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, liderado por Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro.
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