O uso de substâncias naturais e de baixo custo poderá, no futuro, auxiliar no diagnóstico do câncer de pâncreas nos estágios iniciais. Pesquisadores construíram um protótipo de biossensor para detectar a doença utilizando polissacarídeos (carboidratos) da casca de camarão, proteínas da semente do feijão-de-porco e uma camada ativa de anticorpos. O estudo foi desenvolvido pelo Grupo de Polímeros Prof. Bernhard Gross, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em colaboração com o Hospital de Câncer de Barretos.
O biossensor é um sensor que usa um elemento biológico de reconhecimento, como uma enzima, um anticorpo, para medir de modo seletivo determinadas substâncias. O dispositivo eletrônico criado no IFSC é composto por algumas camadas de filmes nanométricos – películas incrivelmente finas – que contêm quitosana (substância retirada da casca de camarão), a Concanavalina A (proteína que pode ser extraída das sementes de feijão-de-porco), e uma camada ativa de anticorpos capaz de reconhecer o antígeno CA19-9 em pequenas quantidades de amostras.
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