Quem vê a mulher amamentando tranquilamente seu bebê não imagina que oferecer o seio ao filho pode causar certos desconfortos, que geram dor e ansiedade. A apojadura, que é o preparo da mama para o início da produção do leite, é um desses desconfortos e nem sempre é fácil. Ela geralmente acontece até cinco dias após o parto. “Neste período, as mamas ficam maiores e bem cheias e algumas vezes quentes. É normal haver um pequeno fluxo de leite, começando a descer em forma de gotinhas, que é suficiente para o bebê ficar satisfeito”, esclarece Maíra Domingues Bernardes Silva, enfermeira pediátrica do Banco de Leite Humano do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
Esse primeiro leite que sai, pós apojadura, é chamado de colostro e tem o papel principal de proteção do recém-nascido, pois contêm vários anticorpos, sendo conhecido como a primeira vacina. Essas características permanecem até o 7º dia pós-parto. “Já no quarto, a equipe de saúde pode ajudar a mãe a interpretar os sinais de fome do bebê (colocar as mãos na boca, abrir a boca em busca da mama, fazer movimentos de sucção e o choro), e se ele mostrar interesse em mamar, a equipe de saúde deve auxiliar a mãe a adotar uma posição confortável, para que o bebê possa fazer uma pega eficaz. São nessas primeiras 24-48 horas que a mãe pode ter algumas dificuldades em colocar o bebê para mamar, por isso é importante a ajuda da equipe de saúde nesse momento”, completou Maíra Domingues.
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