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Fiocruz celebra Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Para comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência (11/2), data instituída em 2015 pela Organização das Nações Unidas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) preparou uma programação on-line nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro de 2021. A transmissão será feita ao público através do canal da Fiocruz no YouTube. Apenas no primeiro dia não haverá transmissão aberta. Haverá intérprete de libras em todas as atividades.

O primeiro dia, 10 de fevereiro, será dedicado exclusivamente às unidades regionais da Fiocruz que foram selecionadas no edital Mais Meninas na Ciência em 2020. Além disso, também reunirá as estudantes que se inscreveram na seleção para visita à Fiocruz no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência do ano passado.

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Obesidade feminina pode ser resultado de relações mal resolvidas

Artigo enfoca pesquisa sobre relação mãe-filha acompanhando a trajetória de pacientes de um programa de cirurgia bariátrica

Padrões parecem acompanhar a trajetória de pacientes obesas avaliadas no Programa de Cirurgia Bariátrica de um hospital escola no Sul de Minas Gerais – Foto: Nhat Nguyen via Pixabay – CC

A obesidade não é defeito moral, ao contrário do que muita gente pensa, pois todo o excesso de gordura revela algo oculto, muitas vezes aos próprios obesos. Quem já não ouviu, em relação a si mesmo ou ao outro, comentários sobre a fraqueza moral ou a “falta de vergonha” a respeito de alguém que, por alguma razão, está gordo? No entanto, comer exageradamente, tal como fumar ou beber em excesso, é uma compulsão que deve ser tratada.

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Ansiedade tem relação com hipermobilidade articular

Mulheres são mais afetadas pela chamada Síndrome da Hipermobilidade Articular. Este quadro pode ser observado em pessoas com grande amplitude das articulações, associada a vários outros sintomas, como dores articulares, lesões musculares, deslocamentos, alteração da pele, hérnias. Essa é apenas parte de uma pesquisa inédita no Brasil, realizada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e que inicialmente avaliou a associação entre a ansiedade e a Hipermobilidade Articular. Segundo a autora do estudo, a psicóloga Simone Bianchi Sanches, nem todos que têm a Síndrome têm ansiedade, mas essas pessoas podem ser mais propensas a apresentar sintomas ou quadros ansiosos.

A Hipermobilidade Articular isoladamente pode até ser vantajosa para as pessoas, em atividades específicas (como a ginástica e a dança), ou seja, algumas têm mais facilidade para essas atividades por serem consideradas “mais flexíveis”. Contudo, os resultados do estudo apontaram, principalmente, para a importância de se diferenciar a Hipermobilidade Articular da Síndrome da Hipermobilidade Articular.

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Revista analisa fatores associados ao uso de medicamentos na gestação

O volume 30, número 5, da revista Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) já está disponível on-line. A edição conta com artigos que abordam temas como validade relativa de indicadores de práticas alimentares, fatores associados ao uso de medicamentos em mulheres grávidas pela primeira vez e tentativas e suicídios por intoxicação proveniente de alimentos. Além disso, a publicação traz uma resenha assinada pelo pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos da Escola Luiz David Castiel sobre medicina financeira, e uma carta de resposta da também pesquisadora Margareth Portela – que atualmente desenvolve pós-doutorado na Universidade de Leicester -, sobre pagamento por desempenho na Atenção Primária no Reino Unido. Confira a última edição da publicação.

Em seu editorial, o novo volume aborda o problema do plágio em pesquisa, que vem sendo debatido e combatido em em todas as publicações científicas sérias. Contra a cultura do corta e cola, o editorial aponta que uma simples busca na internet usando os termos “plagiarism scientific papers” mostra aproximadamente 38 mil resultados, e alguns artigos sugerem que este tipo de má-conduta vem crescendo. Para as editoras, Marília Sá Carvalho, Cláudia Travassos e Cláudia Coeli, a atual edição traz a visão e conduta de CSP sobre essa questão. Segundo as editoras, a revista está passando pela fase de implantação da verificação automática de plágio em todos os artigos submetidos, por meio de um software adquirido pela Ensp, e se guiará pelas condutas propostas pelo Committe on Publication Ethics (Cope), relativas a publicações redundantes (conhecidos como autoplágio e plágio).

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Alimentação saudável auxilia tratamento da osteoporose

A alimentação de mulheres na menopausa com osteoporose influencia na gravidade da doença. Aquelas que mantêm um padrão de alimentação que inclui grandes quantidades de doces, chás e café tendem a ter a densidade óssea mais baixa. A conclusão é de uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, feita pela nutricionista Natasha França. O estudo também constatou que pessoas com o peso saudável que costumam comer frutas, verduras e legumes tendem a ter a ter osteoporose mais leve. Muito além do cálcio, os dados sugerem que, nesta doença, a alimentação pode ser coadjuvante do tratamento com medicamentos.

A pesquisa da FSP buscou entender se a alimentação de mulheres que já têm osteoporose pode exercer influência nos valores da densidade mineral óssea delas. Esta medida indica se o osso encontra-se em estado de “normalidade”, ou seja, com tamanho e dureza adequados. A doença é caracterizada pela desmineralização (perda de minerais, principalmente cálcio) dos ossos, tornando-os mais frágeis e porosos. Geralmente, quando um médico faz o diagnóstico dela, indica medicamentos e a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados, pois o nutriente participa da formação e manutenção dos ossos.

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Sessões de cine-debate revelam vitórias e angústias de mães muito especiais

Viviane Andrade tem dois filhos autistas, mas só ganha do governo um Benefício de Prestação Continuada, no valor de um salário-mínimo. Os adolescentes gêmeos, entretanto, dão trabalho dobrado à mãe. Vítima da burocracia estatal, Viviane agora contará com assessoria jurídica para conseguir os dois benefícios de que precisa. O anúncio do apoio foi feito em 30 de abril pelo advogado Claudio Sarkis Assis, secretário-geral da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – regional Rio de Janeiro (OAB-RJ), no debate realizado na casa após a exibição do documentário Um dia especial, que retrata a rotina de mães de filhos com autismo e outras síndromes mais raras. A realização do filme, produzido e dirigido por Yuri Amorim, teve apoio da Faperj, por meio do Programa de Apoio à Produção e Divulgação das Artes, e da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, na pós-produção.

O suporte oferecido pela OAB-RJ a Viviane prova que o cine-debate – no qual após cada exibição do filme é realizado um debate com convidados, mães, o diretor e o público – pode efetivamente ajudar as famílias a encontrar apoios para o enfrentamento de seus problemas. As sessões podem ocorrer em escolas, universidades, centros de saúde, empresas, ONGs ou mesmo em praças públicas. Presente ao evento, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel Fernandes, disse que o filme ajuda a descaracterizar estereótipos e a renovar o modo de pensar: “O cinema, como meio de comunicação de massa, é a melhor maneira de fazer provocações sobre questões da nossa existência. O cine-debate levanta a questão da responsabilidade do setor público e da sociedade e estimula um aprendizado sobre tolerância em cada um de nós. O filme é uma ferramenta para transformar realidades. Iniciativas como esta têm um valor agregado enorme e devem ser reproduzidas”.

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Mortalidade materna cai 43% no Brasil entre 1990 e 2013, diz OMS

O Brasil registrou uma queda de 43% na proporção de mortes de mulheres vítimas de complicações durante a gravidez ou o parto entre 1990 e 2013, em linha com a redução da mortalidade materna no mundo. Os dados constam de um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta terça-feira.

No período, a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos, em 1990, para 69 mães por 100 mil nascidos vivos em 2013 ─ os últimos dados disponíveis. Uma tendência similar foi observada no mundo. Nas últimas duas décadas, a proporção de mortes de mulheres por complicações durante a gravidez ou o parto teve queda de 45%, passando de 380 mães por 100 mil nascidos vivos para 210 mães por 100 mil nascidos vivos. Segundo a OMS, em 2013, ocorreram 289 mil mortes desse tipo. Desse total, 62%, ou 179 mil mortes, foram registradas na região da África Subsaariana, seguida pelo Sul da Ásia, com 24%. Juntos, dois países respondem por um terço dos óbitos de mulheres gestantes ou no parto no mundo em números absolutos: a Índia, com 17% (50 mil), e a Nigéria, com 14% (40 mil). Por outro lado, proporcionalmente, Serra Leoa lidera a lista, com 1,1 mil mortes de mães por cada 100 mil nascidos vivos, seguida do Chade (980); República Centro-Africana (880), Somália (850) e Burundi (740).

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Mulheres na ciência: ainda é preciso avançar

Encerrando o mês em homenagem às mulheres, o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz reuniu trabalhadoras, colaboradoras e cientistas em uma justa reverência àquelas que ajudaram a escrever a história da Fundação e mudar os rumos da ciência no país. Duas pesquisadoras tiveram destaque: Maria Cecília Minayo, da ENSP, e Euzenir Nunes Sarno, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Na abertura do encontro, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o diretor da ENSP, Hermano Castro, reconheceram e agradeceram todo o trabalho desenvolvido pelas mulheres da Fundação. Gadelha demostrou grande satisfação em falar sobre o aumento da participação feminina na ciência. No entanto, segundo ele, os desafios ainda estão presentes.

A coordenadora do Comitê Pró-Equidade e pesquisadora do Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz Minas), Elizabeth Fleury, apresentou, junto com Stela Meneghel, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Dicionário Feminino da Infâmia – Acolhimento e Diagnóstico de Mulheres em Situação de Violência. O presidente da Fundação revelou que a publicação já foi aceita pela Editora Fiocruz e disse que a ideia é que o dicionário circule rapidamente em todo o território nacional.

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Mulheres com mais de 70 têm ‘o melhor sexo de suas vidas’

Segundo a crença popular, o desejo e a atividade sexual diminuem com a idade, especialmente nas mulheres. Mas uma acadêmica da American University, de Washington, sugere que mulheres com mais de 70, 80 ou até 90 desfrutam a melhor atividade sexual de suas vidas.

Iris Krasnow, professora de Jornalismo e Estudos Femininos, entrevistou 150 mulheres entre 20 e 90 anos sobre os seus segredos mais íntimos e teve conversas surpreendentes e reveladoras – que acabada de publicar no livro Sex After…: Women Share How Intimacy Changes as Life Changes (“Sexo depois dos…: Mulheres compartilham como a intimidade muda com as mudanças da vida”, em tradução livre).

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Pesquisa aponta riscos do processo de cultivo do tabaco

Com o objetivo de conhecer as crenças, atitudes, práticas e percepção da mulher agricultora sobre os riscos à saúde e ambiente decorrentes do processo de cultivo do tabaco, bem como sua vulnerabilidade social em relação a essa atividade econômica, o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP) desenvolveu a pesquisa Crenças, atitudes e práticas da mulher agricultora de tabaco em Palmeira – Paraná. Ela evidenciou a complexidade dos problemas originados pelas inter-relações entre trabalho, saúde e ambiente no contexto da fumicultura. Os resultados da pesquisa apontaram aspectos, por exemplo, a elevada carga de trabalho do processo de cultivo de fumo, os agravos à saúde decorrentes da fumicultura, a violação dos direitos humanos, entre outros, como alguns dos problemas decorrentes da inter-relação trabalho, saúde e ambiente.

Inserida na linha de pesquisa Saúde, trabalho e aspectos sociais e ambientais na produção do fumo, do Cetab/ENSP, a pesquisa foi desenvolvida no município de Palmeira, localizado no estado do Paraná. A escolha da região foi em virtude da predominância do modelo de agricultura familiar com expressiva produção de fumo. O município de Palmeira foi o maior produtor de folhas do estado em 2011. Outros fatores que contribuíram para a escolha da região foram a mobilização social dos trabalhadores rurais e a vontade política expressada pelo poder público local para conhecer e enfrentar os problemas relacionados à fumicultura.

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