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Dia Internacional da Mulher: Fiocruz realiza atividades no mês de março

A Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa/Fiocruz) e o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da instituição apresentam a agenda institucional para celebrar o Dia Internacional da Mulher, reunindo atividades desenvolvidas pelas unidades, escritórios e outros setores ao longo do mês para marcar o 8 de março. A mobilização representa o compromisso da Fundação com a promoção da equidade de gênero, a valorização das mulheres e a luta contra as diversas formas de discriminação e violências.

A divulgação da agenda evidencia a atuação da Fiocruz diante de pautas pelos direitos das mulheres, e visa chamar a atenção sobre a importância do mês de março para reconhecer as conquistas e os desafios enfrentados pelas mulheres. Ao mesmo tempo, reforça a presença das mulheres no cotidiano de trabalho da Fundação como fundamental, criando espaços de diálogo e reflexão sobre as desigualdades de gênero que ainda persistem na instituição e na sociedade amplamente.

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Mais brasileiras esperam chegar aos 30 para ter primeiro filho

Cada vez mais brasileiras estão esperando chegar até os 30 anos ou mais para ter o primeiro filho, principalmente as que possuem mais anos de estudo. A conclusão é do estudo “Saúde Brasil”, que faz um raio x da saúde do brasileiro, apontando tendências em áreas como taxa de natalidade e fecundidade, mortalidade, surtos, epidemias e doenças. Segundo a pesquisa, o percentual de mães na faixa etária de 30 anos cresceu na última década, passando de 22,5% em 2000 para 30,2% em 2012. Já o número de mulheres com menos de 19 anos que tiveram filhos caiu de 23,5% para 19,3% no mesmo período.

Outra constatação do estudo é que quanto maior a escolaridade, maior a idade da mãe no momento do parto, sobretudo as “de primeira viagem” (que informaram não ter filhos anteriormente). Entre aquelas com níveis mais elevados de escolaridade (12 anos ou mais de estudos), o nascimento do primeiro filho acontece com elevada frequência após a mãe completar 30 anos ou mais de idade (45,1%). Já entre as com menor escolaridade, com até 3 anos de estudo (51,4%) ou com 4 a 7 anos de estudo (69,4%), mais da metade foram mães com menos de 20 anos.

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Gestantes têm dificuldade para pedir ajuda contra violência

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que a maioria das gestantes que sofrem Violência por Parceiro Íntimo (VPI), quando questionadas, não se considera vítima, porém afirmam já ter sofrido violência por deixar de cumprir tarefas do lar, como lavar a louça ou fazer o jantar. Essa percepção dificulta a procura por ajuda e favorece a continuidade da violência.

Segundo a pesquisadora Driéli Pacheco Rodrigues, um dos fatores que pode levar a maioria delas a não classificar empurrões e socos como violência é o convívio precoce com a violência, como agressões entre familiares, gerando a ideia que essa situação é algo “ruim”, mas comum. “Além disso, muitas acreditam que violência é só aquela que aparece no jornal, como assassinatos, estupros e roubos”, conta a pesquisadora.

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Adolescentes grávidas são vítimas frequentes de violência

Estatísticas epidemiológicas confirmam que 60% das mulheres que já engravidaram foram vítimas de algum tipo de violência doméstica por parceiro íntimo no decorrer da vida conjugal, e 20% destas sofreram violência psicológica e física grave durante a gravidez como, por exemplo, socos, queimaduras e ameaças envolvendo o uso de arma. Quando se trata de adolescentes grávidas, a situação se complica ainda mais. É o que aponta a pesquisa coordenada pela professora Dora Mariela Salcedo Barrientos, do curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

O estudo foi realizado junto a 61 adolescentes grávidas cadastradas no Hospital Universitário (HU) da USP e que compareceram ao Pronto Atendimento de Obstetrícia durante três meses, de outubro a dezembro de 2012. As entrevistas foram gravadas e transcritas, garantindo o anonimato e o respeito à privacidade e à intimidade das jovens, oferecendo-lhes a liberdade de participar ou declinar desse processo no momento em que desejassem. Dentre os resultados identificados, pôde-se observar nos discursos das entrevistadas alta incidência de violência intrafamiliar em um momento de maior vulnerabilidade e suscetibilidade da adolescente.

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