Todos os anos, 28,9 milhões de brasileiros correm o risco de sofrer com alguma das doenças tropicais negligenciadas que ainda assolam o país. Isso representa 14% da população total.
Essa estimativa praticamente dobrou no período entre 2016 e 2020 — até 2015, acreditava-se que esses problemas de saúde poderiam afetar cerca de 15 milhões de pessoas (ou 7,3% da população).
Leia MaisComo mudanças climáticas estão mudando língua de sinais
Para crianças surdas, professores e cientistas, falar sobre temas como “gases de efeito estufa” ou “pegada de carbono” significava soletrar termos científicos longos e complexos, letra por letra.
Agora esses conceitos estão entre os 200 termos da ciência ambiental que têm seus próprios novos sinais oficiais na Língua de Sinais Britânica (BSL).
Leia MaisFiocruz participa da elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil
Pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes) da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) vão participar do desenvolvimento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que norteará a gestão de riscos e desastres em todo o território brasileiro. O pesquisador Carlos Machado de Freitas e a pesquisadora colaboradora Eliane Lima e Silva atuarão na análise e sistematização de princípios e diretrizes presentes em marcos internacionais, como o Marco de Ação de Sendai para Redução de Risco de Desastres, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris para Mudanças Climáticas, bem como políticas nacionais, como a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil presente na Lei 12.608 de 2012 e tantas outras que possuem interface com a gestão de risco de desastres.
“Temos um cenário no qual ficou muito evidente que precisamos de um Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. As chuvas que atingiram o litoral de São Paulo neste ano, e outras na Bahia e em Petrópolis no ano passado são sinais de uma mudança no padrão e na intensidade das chuvas e das secas potenciais. Isso está relacionado às mudanças climáticas. Um dos aspectos do plano e quem interface com a Saúde Coletiva é tratar as mudanças climáticas como uma emergência climática e esta, como uma emergência em saúde pública, o que exige estratégia de curto, médio e longo prazos. E não pensar apenas nas respostas após a ocorrência de tragédias. O setor Saúde precisa estar estruturado para a vigilância e cuidado, mas também para sua própria adaptação e resiliência, de modo que não tenha comprometida sua capacidade de atender as necessidades diante dessas situações”, explica Carlos Machado.
Leia MaisAquecimento global ameaça cidades costeiras, alertam peritos da ONU: informação é de relatório provisório do Painel sobre Evolução do Clima
A subida do nível do mar, as inundações e a intensificação das ondas de calor ameaçam as cidades costeiras em todo o mundo, diz relatório provisório do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (IPCC, na sigla em inglês).
De Bombaim a Miami, Daca ou Veneza, essas cidades e os seus milhões de habitantes que vivem na foz dos estuários ou nas linhas sinuosas da costa estão “na linha da frente” da crise climática, que corre o risco de redesenhar os mapas dos continentes, afirma o documento.
Leia MaisInpe e Cemaden realizam conferência sobre mudanças climáticas
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) realizarão a Conferência Internacional do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas – Resultados Científicos e Perspectivas nos dias 28 a 30 de setembro de 2016, em São Paulo. O INCT para Mudança Climáticas tem o apoio institucional da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O objetivo da conferência é apresentar os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas (INCT-MC) e discutir as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelo projeto, além de promover o debate entre pesquisadores e estudantes envolvidos com a temática.
Leia MaisMudanças climáticas exigem adaptações, mas ainda não são prioridade
Heitor Shimizu, de Michigan | Agência FAPESP – As mudanças climáticas globais impõem riscos às cidades e levam à necessidade de desenvolver planos de adaptação. Mas de que modo cidades como São Paulo, que contam com tantos outros problemas de infraestrutura e desenvolvimento, podem desenvolver uma capacidade adaptativa que permita responder eficientemente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas?
Encontrar respostas para essa pergunta é um dos objetivos de uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da University of Michigan (UM), com financiamento da universidade norte-americana em conjunto com a FAPESP.
Leia MaisO colapso dos grandes herbívoros
De acordo com uma revisão publicada recentemente na revista Science Advances, 60% das espécies remanescentes de grandes mamíferos herbívoros – aqueles com massa corporal igual ou maior que 100 quilogramas – correm risco de extinção. Quase todas as populações ameaçadas estão nas nações em desenvolvimento.
Os dados são da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e foram levantados por cientistas de vários países, sob coordenação de William Ripple, da Oregon State University, nos Estados Unidos. Entre os autores está o pesquisador brasileiro Mauro Galetti, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro.
Leia MaisMudança do clima e ação humana alteram litoral no Brasil
As zonas costeiras costumam sofrer alterações provocadas por elementos naturais, como elevação do nível do mar e o regime de ondas a que são submetidas. Com as mudanças climáticas, os elementos naturais que influenciam nas alterações das praias, chamados de condições forçantes, devem se intensificar e modificar o desenho das terras costeiras.
Pesquisa conduzida em São Paulo e Pernambuco, que investigou os impactos sofridos por quatro praias nos dois estados, concluiu, no entanto, que os efeitos da ação humana podem ser ainda mais fortes do que os da natureza.
Leia MaisAlteração nos ciclos de carbono e nitrogênio preocupa pesquisadores
Para atender à crescente demanda por alimento e energia, a humanidade vem alterando o ciclo de dois importantes nutrientes para a vida no planeta: o nitrogênio e o carbono. Entre os efeitos indesejáveis da mudança estão a chuva ácida, o aumento na concentração de gases-estufa na atmosfera e a consequente elevação da temperatura global.
O tema foi destaque no último encontro do Ciclo de Conferências 2014 do programa BIOTA-FAPESP Educação, realizado no dia 25 de junho, em São Paulo.
Leia MaisAlemão e Maré têm alto risco de doenças infecciosas
“Jacarezinho, Complexo do Alemão e Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, podem ser considerados como potenciais áreas de alto risco para o desenvolvimento de doenças infecciosas de veiculação hídrica. Isto se deve, principalmente, às condições socioeconômicas precárias em que as populações se encontram, a fragilidade destas áreas diante de eventos climatológicos extremos e a falta de equidade social no âmbito da saúde.” Os dados são da aluna do mestrado acadêmico em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Juliana Viana. O estudo analisou 11 Regiões Administrativas (RAs) inseridas na área de influência da Estação de Tratamento de Esgoto Alegria (ETE/Alegria). A pesquisa destacou ainda a Região Administrativa de Ramos como de alto risco para o desenvolvimento de doenças infecciosas. Neste caso, o Índice de Sensibilidade ao Risco (ISR) recebe influência principalmente do indicador epidemiológico, com destaque para o risco extremo associado ao número de casos de esquistossomose e leptospirose.
“No município do Rio de Janeiro, independente dos cenários das mudanças climáticas, o setor de saneamento encontra enormes desafios para universalização dos serviços e manutenção de padrões aceitáveis de qualidade, incluindo o atendimento das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). Os sistemas de esgotamento sanitário são bons exemplos dessa dificuldade encontrada”, explicou a aluna. Segundo ela, a grandiosidade da escala dos sistemas de coleta e tratamento implantados, a falta de recursos necessários à sua operação e manutenção adequadas e as dificuldades decorrentes das alternativas tecnológicas adotadas associadas às especificidades da cidade, resultaram em enorme complexidade e vulnerabilidade, na gestão das águas urbanas.
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