Tag Archives: Monitoramento Epidemiológico

As doenças ‘esquecidas’ que deixam 28 milhões de brasileiros sob risco

Todos os anos, 28,9 milhões de brasileiros correm o risco de sofrer com alguma das doenças tropicais negligenciadas que ainda assolam o país. Isso representa 14% da população total.

Essa estimativa praticamente dobrou no período entre 2016 e 2020 — até 2015, acreditava-se que esses problemas de saúde poderiam afetar cerca de 15 milhões de pessoas (ou 7,3% da população).

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Revista aborda a disponibilidade de dados para a vigilância epidemiológica

Atualmente há, no Brasil, uma ampla gama de agravos de saúde monitorados por meio de sistemas de informação que fazem parte da vigilância epidemiológica nacional. Em maio de 2022, mais de 50 agravos ou doenças faziam parte da lista de agravos de notificação compulsória, incluindo-se eventos associados à Covid-19, como os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), e de síndrome inflamatória multissistêmica em adultos e pediátrica. A disponibilização de dados abertos com atualização semanal em virtude da Covid-19 é um marco importante na história da vigilância em saúde no Brasil. “É preciso que essa prática seja mantida mesmo após a pandemia e estendida para os demais sistemas e agravos de saúde monitorados no país”, defendem os editorialistas Daniel Antunes Maciel Villela e Marcelo Ferreira da Costa Gomes na revista Cadernos de Saúde Pública de julho.

O editorial explica que esses sistemas agregam dados para acompanhamento de situação no território nacional, identificação de novos surtos e formulação de políticas públicas de saúde, como engrenagens do Sistema Único de Saúde (SUS) para auxiliar em várias frentes importantes. Qualquer ocorrência de indisponibilidade dos dados armazenados nesses sistemas tem o potencial de comprometer muitos mecanismos de monitoramento relevantes para emergências da saúde pública.

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Retomada irrestrita de eventos com aglomeração não é recomendada

Divulgado nesta quinta-feira (4/11), o novo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz defende cautela em retomada de eventos sociais com aglomeração levando em conta apenas o percentual de adultos completamente vacinados. Para os pesquisadores do Observatório, é fundamental que se atinja o patamar de 80% de cobertura vacinal da população total. Com essa meta, além dos adultos, a campanha de imunização deve atingir também crianças e adolescentes. “Vale lembrar que a população de adolescentes, pelo tipo de comportamento social que tem, é um dos grupos com maior intensidade de circulação nas ruas e convive com outros grupos etários e sociais mais vulneráveis. Por isso, é equivocado pensar que, com a população somente adulta coberta adequadamente, a retomada irrestrita dos hábitos que aglomeram pessoas é possível”, afirmam os cientistas.

Segundo o Boletim, a cobertura vacinal vem aumentando paulatinamente e recentemente alcançou 55% da população total, ainda distante do patamar ideal. Há também uma quantidade expressiva de pessoas que precisam retornar para a segunda aplicação do imunizante. “A recomendação é de que, enquanto caminhamos para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação”, ressaltam os pesquisadores. Países do Leste Europeu e os EUA, por exemplo, vêm apresentando surtos de Covid-19 em condições de baixa cobertura de vacinação, o que deve ser evitado no Brasil.

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Fiocruz lança curso sobre vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis

A pandemia de coronavírus mexeu com o mundo, alterando processos e rotinas em diferentes instâncias. No entanto, apesar de ainda matar centenas de pessoas por dia no Brasil, outras doenças, como a dengue, a zika e a chikungunya, continuam circulando entre a população e não podem ser negligenciadas, pois apresentam alto potencial epidêmico em nosso país. Buscando disseminar conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, assim como instrumentalizar profissionais para a tomada de decisão em salas de situação dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), a Fiocruz acaba de lançar o curso InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis, em parceria com o Ministério da Saúde. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, está com inscrições abertas.

Esta é a décima iniciativa do Campus Virtual Fiocruz – sempre em articulação com unidades da Fundação e outras instituições de ensino e pesquisa – lançada no âmbito da pandemia de Covid-19 e insere-se num esforço ímpar de formação voltada aos profissionais de saúde. Segundo a coordenadora do CVF, Ana Furniel, “estamos todos vivendo um período muito difícil. Mas os profissionais de saúde trabalharam no limite. A Fiocruz, a cada novo curso, fortalece sua missão de capacitar esses profissionais para o SUS, e a equipe do Campus tem feito a sua parte para ajudar, disseminando conhecimento em todas as partes do Brasil, e até para além dele, sempre estabelecendo parcerias e estimulando o trabalho em rede”. O curso tem foco na atualização de profissionais da vigilância em saúde das secretarias municipais e estaduais de Saúde, mas é aberto a todos os interessados na temática. A coordenação acadêmica da formação está a cargo da pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), Cláudia Torres Codeço, e integra uma iniciativa do Ministério da Saúde para a capacitação de profissionais da saúde que trabalham em vigilância de arboviroses e síndromes gripais.

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Covid-19: Fiocruz Rondônia monitora evolução da variante Delta no estado

Dando continuidade ao monitoramento do atual cenário de Covid-19 em Rondônia, a Fiocruz Rondônia divulga o resultado do sequenciamento genético do vírus Sars-CoV-2, realizado com amostras referentes ao mês de agosto. De 73 amostras recolhidas, 35 foram caracterizadas como variante Delta (B.1.617.2), o que representa 47,94% das amostras analisadas. O estudo comprovou ainda que 38 amostras foram caracterizadas como P.1 e subvariantes (52,5%), e 22 amostras como exclusivamente P.1 (58%).

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Imagem: FrankundFrei/Pixabay

Projeto cria sistema para monitorar a circulação de variantes do SARS-CoV-2 na cidade de São Paulo

Iniciativa está sendo implementada por meio de uma parceria entre a prefeitura local, a rede Dasa e a FAPESP.

Um sistema para monitorar a circulação de variantes do novo coronavírus na cidade de São Paulo está sendo implementado por meio de uma parceria entre a prefeitura local, a rede de laboratórios Dasa e a FAPESP.

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Itaboraí apoia instalação de observatório da ENSP

A Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), por meio do Plano de Monitoramento Epidemiológico da Área de Influência do Comperj, e o município de Itaboraí avançaram nas negociações para a viabilizar o termo de cooperação que instalará um Observatório de Situação de Saúde no município. O observatório pretende analisar os impactos decorrentes da implementação do Comperj no município, por meio de um diagnóstico amplo dos aspectos locais relacionados à saúde, meio ambiente e desenvolvimento social, além da realização de seminários e cursos de capacitação para servidores municipais dessas áreas. O Plano de Monitoramento, coordenado pelos pesquisadores Luciano Toledo e Paulo Sabroza, já inaugurou o observatório nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Guapimirim.
A reunião para traçar os detalhes finais do acordo ocorreu no início de fevereiro, em um produtivo encontro entre o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social de Itaboraí, Audir Santana, e o coordenador geral do Plano de Monitoramento, Luciano Toledo. Com a instituição do termo de cooperação, Itaboraí contará pela primeira vez com um espaço físico da Fiocruz instalado na cidade. O município cederá o local adequado para o funcionamento do observatório e contribuirá para que os técnicos da Fiocruz tenham fácil acesso às comunidades e outros locais da cidade.
“Para nós, é de grande importância contarmos com essa parceria junto à Fiocruz, uma instituição altamente gabaritada, que nos ajudará a dar ainda mais qualidade às diversas políticas públicas implementadas em Itaboraí”, disse o vice-prefeito Audir Santana.Conforme definido no acordo, por meio da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, a Fiocruz apoiará o município no planejamento de ações voltadas às áreas de saúde e ambiente, além de dar suporte a oficinas de trabalho, seminários e cursos de capacitação técnica aos servidores públicos. A instituição também vai disponibilizar ao município de Itaboraí todos os dados obtidos ao longo da elaboração do Plano de Monitoramento Epidemiológico.“Já vínhamos atuando no último ano em Itaboraí, e temos de comemorar a instalação de um espaço físico no qual poderemos trabalhar em melhores condições na cidade”, disse Luciano Toledo. “Além de fazermos o levantamento e o diagnóstico da situação em Itaboraí, vamos capacitar 25 servidores municipais”, completou.

Parceria prevê desenvolvimento de curso de especialização
A atuação da ENSP no Comperj é uma das iniciativas do Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos da ENSP/Fiocruz (LabMep). As ações são voltadas para o acompanhamento dos agravos entendidos como sensíveis à população, entre os quais as transformações socioambientais, o aumento da violência, os acidentes de transporte, a ocupação dos espaços urbanos, o consumo de drogas e as consequências que um grande projeto de desenvolvimento pode trazer para a região. As ações do plano também incluem análise da transição demográfica e epidemiológica, dos determinantes das condições de vida e saúde presentes nos grupos sociais mais vulneráveis e dos componentes incapacidade para o trabalho e sofrimento.
Luciano Toledo destacou a profícua relação entre a ENSP e a Secretaria de Desenvolvimento Social de Itaboraí, que vem apoiando a viabilização das instalações do observatório no município, cedendo o espaço adequado para sua instalação. Outra iniciativa, segundo ele, envolve a elaboração de um curso de especialização com apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Itaboraí. “Estamos em fase avançada de negociação para implantação de um curso de especialização em Gestão Integrada da Atenção Básica e do Desenvolvimento Social. O Apoio do secretário municipal de saúde, Dr. Edilson Santos, tem sido estratégico para a viabilização desse curso”, garantiu.
A grande abrangência do Plano de Monitoramento resultou em um Programa de Desenvolvimento Científico da Fundação no entorno do Comperj, com atuação nas áreas de cooperação, ensino, desenvolvimento e inovação tecnológica em saúde. A ação da Fiocruz em Itaboraí conta, ainda, com o apoio do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que cederá estudantes no último período de formação para atuarem no plano.

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