Tag Archives: Ministro da Saúde

Dengue: vacina do Butantan deve estar disponível no início de 2026

Medicamento está sendo avaliado pela Anvisa

A aprovação da vacina da dengue – produzida pelo Instituto Butantan – segue sob análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília. A expectativa do governo federal, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é que a dose esteja disponível, para ser utilizada em um amplo programa de imunização, no início de 2026.

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Edital para adesão de hospitais privados ao SUS sai na próxima semana

Objetivo é reduzir fila de espera para consultas, exames e cirurgias. 

Na próxima semana, hospitais privados e filantrópicos interessados em abater dívidas tributárias com a União em troca de atendimento especializado para o Sistema Único de Saúde (SUS) já poderão iniciar o cadastro.

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Mpox: Anvisa simplifica regra para importação de vacina e medicamento. Norma tem caráter excepcional e provisório

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que dispensa registro e autorização excepcional de importação de medicamentos e vacinas adquiridos pelo Ministério da Saúde para prevenção ou tratamento da mpox.

A norma, aprovada por unanimidade, tem caráter provisório e excepcional e permite que a pasta solicite a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da doença pelas seguintes autoridades reguladoras internacionais:

– Organização Mundial da Saúde (OMS);

– Agência Europeia de Medicamentos (EMA);

– Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA);

– Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA);

– Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW);

– Agência Reguladora do Canadá (Health Canada).

Em nota, a Anvisa destacou que as condições de uso e distribuição dos medicamento e vacinas a serem importados devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas autoridades reguladoras listadas.

“O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e forma farmacêutica, aprovados por autoridades reguladoras membros do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica.”

Ainda de acordo com o comunicado, o pedido de dispensa de registro será avaliado prioritariamente pelas áreas técnicas da agência e a decisão deverá ocorrer em até sete dias úteis.

“A norma prevê um rito simplificado e prioritário para a importação dos medicamentos e vacinas, semelhante ao modelo já adotado para as importações via Covax Facility”, destacou a Anvisa, ao se referir à uma aliança internacional conduzida pela OMS para acelerar o desenvolvimento e a produção de vacinas contra covid-19.

Público-alvo

Segundo a agência, o ministério ficará responsável por estabelecer grupos classificados como vulneráveis e prioritários para o uso de medicamentos e vacinas para mpox. Caberá à pasta, ainda, o monitoramento dos insumos importados e dos pacientes, além da divulgação de orientações para serviços de saúde, notificações de eventos adversos e queixas técnicas.

“[O ministério] também deverá assegurar que os medicamentos ou vacinas atendam às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional e garantir que as vacinas somente sejam utilizadas após sua liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz).”

Os medicamentos e vacinas adquiridos por meio desta resolução poderão ser utilizados até o final do seu prazo de validade.

“Com a aprovação da norma, a Anvisa tem como objetivo a simplificação documental e a agilidade do processo de importação, de modo a facilitar o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas já aprovados por outra autoridade regulatória internacional para o tratamento ou prevenção da mpox. A medida é fundamental para o enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, declarada novamente pela OMS no último dia 14 de agosto.”

Ministra da Saúde aponta prioridades do governo durante presidência do G20

Em seminário realizado pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, pontuou as prioridades do governo no setor durante a presidência do Brasil do G20, iniciada no dia 1º deste mês. Entre os eixos temáticos do grupo de trabalho e as prioridades destacadas pela ministra, estão equidade em saúde, preparação para pandemias e sistemas de saúde resilientes. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, também participou do webinário e compactuou com a mensagem da ministra e seus objetivos, reforçando que pretende continuar trabalhando com o governo brasileiro e a Fundação em prol de um mundo mais saudável e sustentável.

É possível assistir aos encontros com tradução para o português, inglês e espanhol (imagem: Divulgação)

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, participou do primeiro bloco do webinário, deu as boas-vindas aos colegas e afirmou que a Fiocruz está “integralmente envolvida, dedicada e alinhada com o governo brasileiro, colocando toda sua capacidade institucional a favor de uma boa participação do Brasil (na presidência do G20) e a favor de bons resultados para o mundo; que tenhamos um mundo mais equilibrado, justo e com menos desigualdades”.

Ao iniciar sua fala, a ministra Nísia Trindade Lima disse que a saúde é essencial para que se construa um planeta mais justo e sustentável e para que se pense o papel do combate à fome, à pobreza e à desigualdade em função da melhoria das condições de vida das populações. “A equidade é uma prioridade transversal a todas as outras; mais do que uma prioridade, é um princípio”, afirmou ela sobre o projeto do governo na presidência do G20. “A ideia é garantir uma vida saudável, reduzindo as barreiras de acesso aos serviços de saúde, com respeito às diversidades, modos de vida dos povos e populações, garantir igualdade de oportunidades, abordar os vazios assistenciais e promover o direito das populações mais vulneráveis”.

A ministra destacou a necessidade do fortalecimento dos sistemas de saúde para dar conta dos desafios atuais de saúde global, intensificados pelas mudanças climáticas. Ela afirmou que o tema da presidência brasileira do G20 para o Grupo de Trabalho de Saúde será sistemas de saúde resilientes; dentre os resultados esperados, há o objetivo amplo de fortalecer os sistemas nacionais de saúde, a atenção primária e valorização dos profissionais de saúde.

Eixos temáticos

Segundo Nísia Trindade Lima, as prioridades do GT de Saúde do G20 são: o alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável, com foco no objetivo 3 (saúde e bem-estar), fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde para maior inclusão e a busca pela equidade em saúde. Tais eixos temáticos orientam as quatro prioridades: equidade em saúde, prevenção, preparação e resposta a pandemias, com foco na produção local e regional de medicamentos, vacinas e insumos estratégicos, saúde digital para a expansão da telessaúde, integração e análise de dados dos sistemas nacionais de saúde; e mudanças climáticas e saúde.

A ministra destacou a Fiocruz e suas capacidades como importantes para colaborar com o projeto do governo, citando, por exemplo, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/ Fiocruz), que “além de diversas contribuições, nos permite trabalhar com a questão do clima e saúde a partir do tema de dados”.

Preparação para pandemias 

Em sequência à fala da ministra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou o ponto sobre preparação e resposta a pandemias, destacando que é preciso aprender as lições da crise de Covid-19. Adhanom lembrou ainda as negociações para um acordo pandêmico e afirmou que espera sejam concluídas a tempo da próxima Assembleia Mundial de Saúde, em maio. Ele acredita que o Brasil pode ter papel fundamental nessas negociações. “Tenho confiança na sua liderança (referindo-se à ministra) e na do presidente do Brasil”, disse.

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom ressaltou que é preciso aprender as lições da crise de Covid-19 (imagem: Divulgação)

Adhanom se referiu ao trabalho da Fiocruz: “A pandemia nos mostrou que a produção de vacinas e insumos está concentrada em poucas mãos. A produção é fundamental para que tenhamos uma resposta mais efetiva para pandemias futuras, através de instituições como a Fiocruz, com ampla experiência no desenvolvimento e produção para compartilhar com o mundo. Espero trabalhar com vocês durante a presidência do Brasil no G20 e muito além disso”.

O diretor-geral da OMS afirmou ter muito orgulho das parcerias já existentes com a Fundação, como com Bio-Manguinhos. Ele destacou que o Brasil é um parceiro fundamental no programa de transferência de tecnologia, além das vacinas contra a Covid-19. Adhanom também comentou a meta de equidade em saúde do projeto brasileiro, salientando que a redução das desigualdades é fundamental para o progresso em prol de um mundo sustentável.

COP 28 e mensagem do Papa

O seminário especial de fim de ano do Cris/Fiocruz se dividiu em duas partes. Se a primeira tratou sobre o G20, o desta quinta-feira (14/12) abordou a Saúde na COP 28 e o ineditismo do tema ter tido um dia voltado para ele na cúpula. A abertura do webinário, o último do ano, contou com a leitura de uma carta enviada pelo Papa Francisco através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. Na mensagem, o pontífice saudou os participantes do webinário, “fazendo votos de que o encontro possa gerar ações concretas em favor da preservação do meio ambiente e a conscientização de que o cuidado com toda a criação tem impacto direto sobre a qualidade de vida e a saúde humana”.

Coordenador do Cris/Fiocruz, Paulo Buss mediou o webinário e agradeceu aos painelistas pela “honra” de participarem do seminário “de suma importância”, destacando a fala da ministra como “líder da saúde pública brasileira” e do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, como “um líder que tem orientado todas as perspectivas de saúde em um mundo tão conturbado”.

Os webinários de quarta e quinta-feira tiveram discussões mais amplas – sobre a saúde no G20 e a saúde na COP 28 – com a participação de representantes de instituições do governo, da sociedade civil e da Fundação. É possível assistir aos encontros com tradução para o português, inglês e espanhol.

Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, será ministra da Saúde de Lula; conheça sua trajetória

Nísia Trindade Lima foi a primeira mulher a se tornar presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), cargo que ocupa desde 2017.

Depois dos anos à frente em uma das principais instituições de saúde do país, a cientista agora assumirá a coordenação do Ministério da Saúde, no lugar de Marcelo Queiroga, a partir de 2023, quando começa o governo Lula.

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Novo Guia Alimentar deve ser lançado neste semestre

Para orientar a população brasileira a ter uma alimentação saudável, o Ministério da Saúde deve lançar no segundo semestre deste ano uma nova versão do Guia Alimentar. Publicado em 2006, o guia traz, por exemplo, dicas nutricionais, instruções sobre o número adequado de refeições por dia e testes sobre a qualidade da alimentação e peso ideal. Nos últimos anos, a publicação passou por algumas mudanças para se adequar ao hábito alimentar do brasileiro, conforme explica a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

“Os organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a FAO, que é a Organização para Alimentação e Agricultura, sempre recomendam que os países revejam de tempos em tempos os guias alimentares. É um instrumento de educação alimentar e nutricional para levar informação para a população sobre práticas alimentares saudáveis. No Brasil houve uma redução importante da desnutrição, por outro lado um aumento da obesidade. Então o tom das mensagens, a ênfase, ela vai se alterando de acordo com esse perfil de saúde e nutrição da população”.

A nutricionista vinculada ao SUS, Sandra Xavier, trabalha com o Guia Alimentar do Ministério da Saúde há oito anos. Ela destaca algumas recomendações importantes que podem ser encontradas na publicação. “O guia é um conjunto todo de ações. Mas no dia a dia, o que posso destacar? São duas diretrizes que eu particularmente me esforço para seguir e passo isso também nas palestras. É a diretriz 7, que trata da água, que é a orientação de beber pelo menos dois litros por dia, isso dá mais ou menos seis a oito copos. E a diretriz especial 1, que é sobre a atividade física, a importância da atividade física para uma vida saudável. O guia orienta para pelo menos trinta minutos por dia”.

Além de disponibilizar o guia alimentar para a população, o Ministério da Saúde possui outro guia para crianças com até dois anos de idade. Nessa publicação, os pais encontram, por exemplo, informações sobre o aleitamento materno e papinha do bebê. Para saber mais, acesse o link.