Tag Archives: Meningite

Dia da Imunização: conheça o serviço dos centros de vacinas especiais

Pessoas vulneráveis têm direito de receber vacinas diferenciadas

Além dos mais de 20 imunizantes que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece nas unidades básicas de todo o Brasil, algumas pessoas mais vulneráveis a infecções têm direito a receber outras vacinas ou versões diferenciadas, oferecidas nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie).

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Dia da Imunização: conheça o serviço dos centros de vacinas especiais

Pessoas vulneráveis têm direito de receber vacinas diferenciadas

Além dos mais de 20 imunizantes que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece nas unidades básicas de todo o Brasil, algumas pessoas mais vulneráveis a infecções têm direito a receber outras vacinas ou versões diferenciadas, oferecidas nos centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie).

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Entenda a hidrocefalia normobárica, causa da cirurgia de Chico Buarque

Se não for tratada, condição pode levar à paralisia

O cantor Chico Buarque precisou passar por uma cirurgia neurológica, nessa terça-feira (3), para tratar uma hidrocefalia normobárica, ou de pressão normal. A condição ocorre quando há excesso de líquor – fluido que reveste o sistema nervoso central – acumulado no cérebro, mas sem provocar aumento da pressão intracraniana. Ainda assim, a hidrocefalia pode impactar os movimentos das pernas, a cognição e a capacidade de controle urinário.

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Adolescente com suspeita de febre maculosa morre em Campinas. Material coletado na jovem está em análise no Instituto Adolfo Lutz

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na noite desta terça-feira (13) a morte da adolescente de 16 anos de idade, internada em um hospital privado no município com suspeita de febre maculosa. A adolescente foi hospitalizada na sexta-feira (9) e seu caso já havia sido notificado à Vigilância em Saúde como suspeito de febre maculosa, dengue, leptospirose ou meningite. O material coletado está em análise no Instituto Adolfo Lutz. A causa da doença ainda não foi confirmada.

A família só comunicou o fato de que a adolescente esteve em evento na Fazenda Santa Margarida nesta terça-feira (13), ao ver a repercussão de mortes por febre maculosa na imprensa. Outras três pessoas que foram à fazenda no dia 27 de maio morreram em consequência de complicações da doença. A fazenda fica no distrito de Joaquim Egídio, região leste da cidade, local provável da infecção.

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Vacinação tem importância maior para prematuros, diz neonatologista. Queda na proteção de crianças contra doenças imunopreveníveis preocupa

O cenário de queda na proteção das crianças brasileiras contra doenças imunopreveníveis preocupa especialistas desde 2015, e, entre os alertas, está o da necessidade de vacinar os bebês que nascem prematuros. Em entrevista à Agência Brasil, na Semana Mundial da Imunização, a neonatologista Lilian Sadeck explica que bebês prematuros precisam ainda mais da proteção das vacinas.

“O bebê prematuro tem imaturidade imunológica. Ele recebe menos anticorpos da mãe, porque os anticorpos passam principalmente no final da gestação, e, com isso, ele é mais suscetível [a doenças]. E, além de serem mais vulneráveis, eles acabam tendo casos mais graves quando adquirem a doença”, explica. “A família precisa prestar mais atenção, porque eles acabam ficando internados por mais tempo e, além de ter um sistema imunológico mais imaturo, muitas vezes, não conseguem receber aleitamento materno por um tempo mais prolongado”, diz Lilian.

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Estratégia molecular inédita permite monitorar meningite mais rápido

A meningite meningocócica é uma doença endêmica, aguda, grave e de rápida evolução. Nesse sentido, a biomédica Debora Santos estabeleceu uma estratégia alternativa inédita, simples, mais ágil e barata para monitorar a Neisseria meningitidis, bactéria causadora da enfermidade. “A identificação da N. meningitidis, a mais precisa possível, é fundamental para definir as estratégias para seu enfrentamento, como pensar questões de vacinação ou antecipar medidas sanitárias a serem adotadas para impedir que a infecção se prolifere”, explica a pesquisadora, que trabalha no Instituto de Controle de Qualidade em Saúde.

Reconhecer com precisão a N. meningitidis não é tarefa simples. Até o momento, sabe-se que a bactéria se subdivide em 12 variantes, conhecidas como sorogrupos. Estes são classificados por letras. Por exemplo, B e C classificam os sorogrupos das cepas mais conhecidas e frequentes no Brasil – há outros, como o W, menos conhecido, porém terceiro em importância e mais presente no Sul do país. Cada sorogrupo exige uma vacina específica, de modo que alguém que tenha sido imunizado contra a meningite do sorogrupo C não estará protegido contra a do B. Ademais, cada sorogrupo também pode conter complexos clonais, dessa vez identificados por números. Ou seja, uma N. meningitidis do sorogrupo C, complexo clonal 11 (isto é, cc11) guarda, por exemplo, algumas diferenças em relação à outra, do mesmo sorogrupo, mas do complexo clonal 103 (cc103). Santos explica que monitorar a “disseminação dos clones já existentes, assim como recombinações genéticas que possam resultar em novas linhagens de N. meningitidis, é fundamental para subsidiar ações específicas de vigilância em saúde para a prevenção e contenção de surtos”.

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Pediatra da Fiocruz esclarece dúvidas sobre a meningite

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e pode ser desencadeada por vários tipos de agentes, sendo os principais vírus e bactérias. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, ou seja, casos do problema são esperados ao longo de todo o ano, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais, no verão. A vacinação é a principal ferramenta na prevenção da doença bacteriana. Para falar sobre os principais tipos de meningite, suas causas, sintomas e tratamento, o infectologista pediátrico do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Leonardo Menezes responde às principais dúvidas sobre a doença.

Quais são os sintomas?

Leonardo Menezes: Os sintomas variam de acordo com a faixa etária. As crianças maiores de dois anos de idade apresentam, na maioria das vezes, cefaleia (dor de cabeça), vômitos, febre, dor, rigidez de nuca com ou sem manchas na pele. Nas crianças menores, os sintomas se apresentam de uma forma mais inespecífica, como: sonolência ou irritabilidade intensa, choro inconsolável, recusa em mamar, febre alta, abaulamento de fontanela (moleira alta).

Como se transmite?

Leonardo Menezes: Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. A transmissão fecal-oral ((ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes) é de grande importância para a meningite viral, em infecções por enterovírus.

Como é feito o diagnóstico da doença? E o tratamento?

Leonardo Menezes: O diagnóstico da doença é feito a partir da suspeita clínica e confirmado através da análise do líquido cefalorraquidiano obtido, na maioria das vezes, por meio de uma punção lombar. O tratamento das formas virais se dá apenas com medidas de suporte e sintomáticos, enquanto, que a doença bacteriana necessita do uso de antibióticos, além das medidas adotadas nas formas virais. Destaca-se que o uso dos antibióticos deve acontecer, idealmente, o mais precoce possível.

Existe alguma forma de prevenção?

Leonardo Menezes: A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção. O calendário vacinal oficial brasileiro oferece vacinas contra meningococo do tipo C, Haemophilus Influenzae do tipo B, Pneumococo e Tuberculose. O serviço público oferece também a vacina para meningococo do tipo A, porém, essa opção só é utilizada em casos de surtos e epidemias por esse sorotipo. Existem as vacinas para meningococo dos tipos A, B, Y e W 135, contudo, só estão disponíveis na rede privada.

Existe também a possibilidade de prevenção com uso de antibióticos para os contactantes de casos de meningite por meningococo e por Haemophilus Influenzae. No entanto, esse tipo de abordagem deve ser dirigida e realizada pelas autoridades de saúde ou pelos serviços de saúde responsáveis pelos casos de meningite. Para as meningites virais, ainda não existem formas eficazes de prevenção.

Existe algum grupo que esteja mais vulnerável à doença, ou qualquer pessoa, em qualquer idade está sujeita a contrair a doença?

Leonardo Menezes: Qualquer pessoa está sujeita a ter a doença, porém, as pessoas que não foram vacinas, crianças menores de um ano de vida, os adolescentes e os idosos apresentam maiores chances de contraírem a doença.

A meningite pode ter relação com algum quadro de infecção, como gastroenterite ou otite?

A meningite infecciosa está relacionada a qualquer infecção que possa acarretar uma invasão da corrente sanguínea por agentes infecciosos. Normalmente, o agente infeccioso ganha a corrente sanguínea e atinge o sistema nervoso central, causando a inflamação das membranas meníngeas.

Crianças de creches, berçários e escolas estão mais suscetíveis à doença?

Leonardo Menezes: Crianças de creches ou em fase de escolaridade são mais acometidas do ponto de vista epidemiológico. Isso pode se dar por vários motivos, desde um sistema imunológico ainda em formação e exposto aos novos agentes infecciosos de maneira mais prevalente do que o resto da população, até a convivência com outras crianças com as mesmas características em locais fechados e aglomerados.

Em estações como outono e inverno, em que os ambientes tendem a ficar fechados, a incidência de contaminação é ainda maior. Medidas simples, como lavar as mãos, não compartilhar talheres e alimentos, manter o ambiente limpo e os brinquedos higienizados, podem evitar o contágio, não só da meningite, mas também de outras doenças. Outra orientação importante é manter o cartão de vacinação das crianças atualizado.

O diagnóstico precoce reduz o agravamento da doença? Explique.

Leonardo Menezes: Sim, sobretudo nas formas bacterianas, onde a administração do antibiótico de forma precoce pode diminuir as complicações e a mortalidade. Além dos antibióticos, a adoção de medidas de suporte (controle de dor, febre, náuseas/vômitos e suporte das condições vitais), de maneira precoce e intensa também atuam em conjunto com os antibióticos para o mesmo objetivo. A doença causada por vírus, habitualmente, possui um melhor prognóstico e menos complicações.

Vacina é fundamental para proteger a população contra a meningite C

No início deste ano, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliou a oferta da vacina Meningocócica C. Agora, a dose de reforço pode ser administrada em crianças menores de cinco anos de idade. Além disso, há uma nova dose para adolescentes entre 12 e 13 anos de idade, sendo que até 2020 também serão imunizados adolescentes entre 9 e 13 anos.

A enfermeira Camila Gomes é mãe da Alice, de três anos, e do Guilherme, de 19 anos. Ela lembra que antigamente não havia um calendário de vacinação com tantas vacinas e acha muito importante a prevenção no Sistema Único de Saúde (SUS). “Assim que eu tive alta da maternidade já recebi a carteirinha de vacina, e fui instruída a procurar um Posto de Vacinação. Quando meu filho mais velho nasceu, paguei a vacina na rede particular. Agora eu fiz pelo SUS e fiquei sabendo já na alta do hospital” .

A oferta na rede pública também democratiza o acesso à prevenção contra meningite C. “A vacina é muito importante, e meningite mata. Antigamente eu paguei, e quantas pessoas não podiam pagar? Hoje está no SUS, gratuita e todo mundo tem acesso. É muito importante vacinar, com certeza”, defende Camila. A doença acomete indivíduos de todas as faixas etárias, mas de 30 a 40% dos casos notificados ocorrem em crianças menores de dez anos de idade.

A meningite é uma doença que se caracteriza por um processo inflamatório nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas os tipos causados por vírus e bactérias são os mais importantes para a saúde pública por conta do número de casos, e por ter potencial para causar surtos. 

A ampliação no Calendário de Vacinação é um passo muito importante para ajudar no controle da incidência da doença no país, que, apesar de ter sofrido uma redução significativa, ainda é considerada endêmica. Dados comparativos entre o ano de 2010 e 2016, período em que a vacina está disponível no SUS, mostram que o grupo C ainda é o mais prevalente no país. Em 2016, foram notificados 1.083 casos de meningite meningocócica, destes cerca de 60% foram do sorogrupo C, seguido por 25% do sorogrupo B. Comparando o período de 2010 e 2016, houve redução da incidência, de 1,54 para 0,65 por 100 mil habitantes, respectivamente.

Cuidados

Sirlene Pereira, técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, explica que em geral a transmissão é de pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato próximo e prolongado (residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, frequentam creches ou escolas ou têm contato direto com as secreções respiratórias do paciente ).Por isso, a população deve ter conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença e a disponibilidade de medidas de prevenção e controle, tais como quimioprofilaxia e vacinas, sendo alertada para a procura imediata do serviço de saúde frente à suspeita da doença.

Seguir algumas medidas básicas de higiene também são muito importantes para evitar a infecção,  como lavar sempre as mãos, cobrir a boca ao tossir ou respirar e não compartilhar itens de uso pessoal com outras pessoas. “Essas são algumas medidas, mas o principal cuidado para prevenção é a vacina”, lembra Sirlene.

A meningite é uma doença grave e caracteriza-se por febre, dor de cabeça, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental. Pode ainda causar delírio e coma. Dependendo do grau de comprometimento, o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias, dentre outros sintomas. Casos fulminantes com sinais de choque também podem ocorrer.

Hoje o Calendário de Vacinação é amplo e atende toda a família, não apenas as crianças e adolescentes. Tanto a vacina Meningocócica C quanto as outras 18 vacinas ofertadas pelo SUS estão disponíveis nas salas de vacina das Unidades de Saúde. Procure a unidade mais próxima de você e garanta a sua proteção o quanto antes.

País estuda ampliação de vacina contra pneumococo

Bactéria é causadora de meningite e pneumonia.

O Ministério da Saúde estuda implantar nos próximos anos a vacinação contra as doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, como a pneumonia, a meningite e a otite, para maiores de dois anos.

A afirmação foi feita durante o lançamento de um estudo sobre o impacto do pneumococo na América Latina e no Caribe, coordenado pelo Instituto de Vacinas Sabin e patrocinado pelos laboratórios Pfizer e GlaxoSmithKline, fabricantes das vacinas contra o pneumococo.

Desde 2010, a vacinação para crianças de até dois anos faz parte do calendário nacional. Acima dessa idade, é preciso ter prescrição médica.

Carla Domingues, coordenadora do programa de imunização do Ministério da Saúde, afirmou que a implantação de uma nova vacinação no calendário depende de estudos epidemiológicos e da relação de custo-efetivididade da vacina.

A coordenadora prevê que os resultados sobre a vacina contra o pneumococo saiam em cerca de dois anos.