Tag Archives: mamografia

Cerca de 77 mil mulheres aguardam mamografia pelo SUS: Com 17 mil pessoas na fila, Santa Catarina está no topo do ranking

Em junho deste ano, 77.243 brasileiras aguardavam por uma mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). Santa Catarina é o estado com mais mulheres na fila de espera, cerca de 17 mil.  Em seguida, aparecem São Paulo (15 mil) e Rio de Janeiro (12,5 mil). Juntos, os três estados somam 56% do total de pacientes à espera do principal exame para detecção do câncer de mama. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).

Segundo a entidade, em alguns locais do país, o tempo de espera por uma mamografia na rede pública pode chegar a 80 dias. O exame, quando realizado em tempo hábil, permite a detecção precoce de alterações mamárias, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido e reduzindo a necessidade de intervenções invasivas e onerosas. “Os números revelam parte da sobrecarga no SUS e devem ser levados em conta, especialmente pelos recém-eleitos nas eleições municipais, na formulação e manutenção de políticas de saúde pública”, avaliou o CBR.

Leia Mais

Médico mostra importância da mamografia para prevenir câncer de mama. Inca estima que 74 mil casos por ano devem surgir no país até 2025

O câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres no Brasil, além de ser a principal causa de morte por câncer em todas as regiões, exceto na Região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a liderança. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta para o surgimento de 74 mil casos novos por ano de câncer de mama no país, no triênio 2023/2025.

De acordo com o Inca, a taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, atingiu 11,84 óbitos por 100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas registradas no Sudeste e no Sul, da ordem de 12,64 e 12,79 óbitos por 100.000 mulheres, respectivamente.

Leia Mais

Revista Cadernos de Saúde Pública tem nova edição

O câncer de mama é o mais diagnosticado e a principal causa de morte por câncer na população feminina. As mamografias de rastreamento e o tratamento precoce são, geralmente, os meios mais utilizados na tentativa de reduzir essa mortalidade e são incentivados no Outubro Rosa, uma campanha de divulgação anual. Contudo, estudos recentes têm relacionado o aumento do rastreamento com uma maior morbimortalidade em razão do sobrediagnóstico e do sobretratamento. “O que poderia ser uma boa notícia, em se tratando de uma campanha de saúde pública, traz um cenário complexo e preocupante”, alerta Arn Migowski, chefe da Divisão de Detecção Precoce de Câncer e Apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no editorial da edição de novembro de Cadernos de Saúde Pública.

O artigo publicado no CSP A pesquisa Outubro Rosa e mamografias: quando a comunicação em saúde erra o alvo, de Oswaldo Santos Baquero, Elizabeth Angélica Salinas Rebolledo, Adeylson Guimarães Ribeiro, Patricia Marques Moralejo Bermudi, Alessandra Cristina Guedes Pellini, Marcelo Antunes Failla, Breno Souza de Aguiar, Carmen Simone Grilo Diniz e Francisco Chiaravalloti Neto, avaliou a tendência temporal e a sazonalidade das buscas dos termos “câncer de mama” e “mamografia” no Google Trends entre 2004 e 2019, bem como sua correlação com exames mamográficos no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados apresentados demonstram claro padrão sazonal com picos de ambos termos de busca em outubro, o que, por sua temporalidade, sugere fortemente uma relação causal com a campanha Outubro Rosa. Os resultados mostram ainda distribuição espacial semelhante entre os dois termos, com forte correlação, bem como um aumento da sazonalidade nos anos mais recentes. Outros estudos usando Google Trends, para avaliar o interesse em rastreamento de câncer em outros países, têm sido realizados nos últimos anos e também têm demonstrado o mesmo padrão de sazonalidade encontrado no estudo brasileiro. O que poderia ser uma boa notícia, em se tratando de uma campanha de saúde pública, na verdade, traz um cenário complexo e preocupante, alertam eles.

Leia Mais

Pesquisa busca otimizar programas de rastreamento de câncer de mama

O trabalho tratou do desenvolvimento de uma ferramenta capaz de simular a redução de dose de radiação em imagens clínicas de mamografia 3D

O aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Lucas Rodrigues Borges, foi premiado na categoria de melhor trabalho na área de imagens médicas, focado na otimização de programas de rastreamento de câncer de mama. A pesquisa foi apresentada no 13th International Workshop on Breast Imaging, realizado de 19 a 22 de junho, em Malmo, na Suécia.

A pesquisa, intitulada Simulation of Dose Reduction in Digital Breast Tomosynthesis (Simulação de Redução de Dose em Tomossíntese Digital da Mama), é a primeira publicada na área que poderá ter impacto direto na escolha da dose de radiação utilizada para o rastreamento do câncer de mama por meio da mamografia 3D.

O trabalho tratou do desenvolvimento de uma ferramenta capaz de simular a redução de dose de radiação em imagens clínicas de mamografia 3D. Esse tipo de simulação permite a escolha de um ponto ótimo de operação para sistemas de raios X da mama. “Várias pesquisas exploram esse tipo de ferramenta em mamografia convencional (2D), entretanto esse foi o primeiro trabalho capaz de realizar a simulação em tomossíntese (imagens de mamografia 3D). Essa técnica apresenta desafios extras relacionados à geometria da aquisição”, explicou o aluno.

A apresentação foi realizada na forma oral, na seção “Dose and Classification”, e Borges foi premiado entre os cinco melhores da categoria “Student Research Fellowship”. “Acredito que foi um bom resultado para o nosso grupo, que iniciou recentemente as atividades na área de simulação. O prêmio me fez perceber a importância das pesquisas desenvolvidas no Brasil e o reconhecimento internacional que se tem”, comentou Borges.

O professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC, Marcelo Andrade da Costa Vieira, orientador do trabalho, afirmou que o prêmio foi muito importante para todos os envolvidos. “O trabalho teve o apoio da Fapesp e da Capes, que contribuíram para gerar resultados expressivos à comunidade científica. Isso mostra mais uma vez o potencial da nossa escola na área de pesquisa científica”, disse.

Segundo Borges, os estudos devem ainda gerar frutos. “A ferramenta desenvolvida pode ser utilizada para a validação de muitos trabalhos que propõem a redução de dose de radiação em exames de mamografia como filtragem, algoritmos de reconstrução tomográfica, controle de qualidade, dentre muitos outros”, comentou o doutorando. Vieira ainda ressaltou que “a ideia agora é aprimorar o método proposto para se tornar mais prático para aplicações clínicas, tanto na mamografia digital quanto para a tomossíntese digital mamária”.

O evento na Suécia, um dos mais importantes na área de mamografia, tem como objetivo reunir pesquisadores dedicados a novas tecnologias e inovação, apresentando as melhorias alcançadas por diversas instituições e hospitais do mundo. Nessa edição estiveram presentes representantes de hospitais nos Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Canadá, Austrália e outros, além de representantes da indústria, como GE, Siemens, Hologic e Philips. Como premiação o doutorando recebeu  US$ 1 mil e certificado expedido pelos National Institute of Cancer e National Institute of Health, dos Estados Unidos.

Keite Marques / Assessoria de Comunicação da EESC

SUS incorpora exame PET–CT para pacientes com câncer

O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o exame PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons) para pacientes com câncer de pulmão, câncer colorretal e de linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (23) e o procedimento deve ser disponibilizado em até 180 dias, como prevê a legislação. A incorporação do exame ao SUS permite avaliar o grau de avanço do tumor e a extensão da doença no corpo do paciente. Para garantir o acesso da população a esse serviço, considerado de alto custo, o Ministério da Saúde irá investir mais R$ 31 milhões por ano, beneficiando diretamente 20 mil pessoas portadoras dessas doenças e que se enquadram nas condições indicadas.

“A incorporação desse exame ao SUS significa mais acesso da população a uma tecnologia avançada que vem contribuir para o diagnóstico e tratamento do câncer. A assistência em câncer, desde a prevenção ao tratamento e acompanhamento dos pacientes, é prioridade do governo federal”, destaca o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães. “Os três tipos de câncer para os quais o exame está sendo indicado são aqueles em que o PET-CT agrega mais benefícios para a qualidade do tratamento, avaliando com mais precisão a extensão da doença e a necessidade de se fazer cirurgia”, explica o secretário.

O SUS oferece outras tecnologias de imagem que são utilizadas para diagnóstico e estadiamento de diversos cânceres. São elas: radiografia simples, mamografia, cintilografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada (CT) e ressonância magnética (MRI). A adição do exame da PET-CT representa um avanço no diagnóstico e tratamento desses tipos de câncer, e poderá diminuir os exames e as cirurgias desnecessárias, bem como reduzir a morbidade, a mortalidade e os custos associados ao tratamento dessas doenças.

Nos casos de câncer de pulmão e para câncer colorretal em pessoas com metástase hepática, o PET-CT será usado para avaliar se é viável realizar cirurgias, pois se o estágio estiver muito avançado, a operação não é recomendável. No caso de linfomas, o exame será feito antes e depois da quimioterapia para avaliar a extensão da doença e a resposta ao tratamento.

A recomendação para inclusão do exame na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS foi feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que estabelece garantias à proteção do cidadão quanto à segurança e eficácia de novas tecnologias incorporadas ao SUS, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e os estudos de custo-efetividade.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde ampliou em 47,3% o investimento na assistência oncológica, passando de R$ 1,9 bilhão em 2010 para R$ 2,8 bilhões em 2013. Esses recursos são destinados à realização de cirurgias, radioterapia, quimioterapia e oferta gratuita de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, 280 hospitais realizam diagnóstico e tratamento de câncer em todo o Brasil.

Este avanço também foi acompanhado da inclusão, a partir de 2011, de novos medicamentos no SUS para o tratamento de câncer, como o mesilato de imatinibe (contra leucemia), o rituximabe (linfomas) e trastuzumabe (mama), L-Asparaginase (leucemia infantil). No ano passado, o investimento anual na oferta dos medicamentos foi de R$ 318,8 milhões.

Incidência – O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. No Brasil, foi responsável por 22,4 mil mortes em 2011. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a estimativa para 2014 é de 27,3 mil novos casos. O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) ou reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável quando detectado precocemente. O Inca estima 32,6 mil novos casos desta doença este ano no país.

O linfoma de Hodgkin, conhecida também como doença de Hodgkin, é uma forma de câncer que se origina nos gânglios do sistema linfático, que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que as conduzem pelo corpo. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas a maior incidência deste linfoma é em adultos jovens, entre 25 e 30 anos, com um segundo pico de incidência em pessoas idosas. Já os linfomas não Hodgkin são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou linfonodos), organismos muito importantes no combate a infecções. Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Entre os linfomas, os de linfoblástico e de Burckitt são os tipos mais incidentes na infância.

Tecnologia – Desenvolvida pela medicina nuclear, a tomografia por emissão de pósitrons (PET, do inglês Pósitron Emission Tomography, popularmente conhecido por PET Scan) é uma técnica de diagnóstico por imagens que usa marcadores radioativos para detectar processos bioquímicos nos tecidos do corpo humano. O PET-CT é um equipamento híbrido, em que a tomografia computadorizada e a PET registram simultaneamente as imagens anatômicas e de atividade metabólica das células em um único exame.

Diferentemente de outras tecnologias de imagem como a radiografia, a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética (voltadas predominantemente para definições anatômicas de doença), a PET pode avaliar o bombeamento sanguíneo e a atividade metabólica dos tecidos, podendo ser utilizada de forma complementar ou mesmo substituindo essas técnicas de diagnóstico por imagem. A PET fornece imagens da função e do metabolismo corporais e, dessa forma, é capaz de demonstrar as alterações bioquímicas mesmo onde antes não existia uma anormalidade estrutural evidente. Isso permite um diagnóstico precoce, o que pode fazer diferença, por exemplo, para os resultados terapêuticos de neoplasias curáveis.

Ministério da Saúde garante acesso ao diagnóstico do câncer de mama

Nesta quarta-feira (05), é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. O exame é primordial na detecção precoce do câncer de mama e priorizado pelo Ministério da Saúde no Plano de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer, lançado em 2011, pela presidenta da república Dilma Rousseff. A estratégia de prevenção por meio de financiamento, campanhas de conscientização e da qualificação dos serviços de diagnóstico já apresenta crescimento de 30% na realização de mamografias na faixa prioritária – de 50 a 69 anos – na comparação de 2012 com 2010. Esses procedimentos somaram 2,3 milhões, contra 1,7 milhão neste período. No total, o número de exames realizados em todas as faixas etárias em 2012 atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 25,4% em relação a 2010, quando foram feitos 3,5 milhões.

Em novembro de 2013, o Ministério da Saúde publicou a portaria 1.253, que traz novas regras de financiamento do procedimento. O texto define nova forma de financiamento do exame, estabelecendo o pagamento da mamografia de diagnóstico por Teto de Financiamento de Média Alta Complexidade, encaminhado aos estados mensalmente para o custeio de procedimentos. As mamografias de rastreamento na faixa prioritária seguem sendo pagas pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC).

“A Portaria 1.253 não restringe o acesso à mamografia no Sistema Único de Saúde. As mulheres têm acesso ao exame preventivo no SUS e o Ministério da Saúde vai continuar assegurando o financiamento desses procedimentos, independentemente da idade”, reforça o secretário da Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.

A faixa etária de 50 a 69 anos é definida como prioritária para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde diante da maior incidência da doença e a definição tem por base estudos que apontam para a maior eficácia na prevenção do câncer de mama na faixa estaria preconizada. O Ministério da Saúde também recomenda que os médicos solicitem o exame da mamografia às pacientes – independentemente da idade – que tenham histórico da doença na família, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mães e irmãs) tiveram a câncer de mama antes dos 50 anos. Nestes casos, a orientação é que as mulheres façam o acompanhamento médico a partir dos 35 anos para que o profissional avalie, junto com a paciente, os exames e os procedimentos que deverão ser feitos.

Investimento – Ao todo, o investimento do Governo Federal em oncologia disparou 26% – de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,4 bilhões, no período de 2010 a 2012. Além desses recursos, estão reservados ao setor, para o período de 2011 a 2014, R$ 4,5 bilhões em programa estratégico de prevenção do câncer de colo do útero e de mama, que prevê também o fortalecimento da rede de assistência e diagnóstico precoce.

Além do investimento financeiro, o Ministério da Saúde tem desenvolvido táticas diversificadas para aprimorar a qualidade do exame a ampliar o acesso ao diagnóstico precoce. Um dos exemplos é o lançamento do Serviço de Referência para o Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM), na semana passada, que vai disponibilizar R$ 3,7 milhões por ano para incentivar unidades habilitadas em oncologia a ampliarem o acesso às mamografias. As unidades habilitadas receberão 60% a mais pela realização dos exames, como incentivo para a adesão à estratégia,
concentrando o atendimento a pacientes em uma unidade de referência, e ofertando, em um só local, uma série de exames para diagnóstico de câncer de colo do útero ou de mama.

Em 2012, o Ministério da Saúde criou o programa mamografia móvel, que leva o diagnóstico e monitoramento da doença por meio de carretas e barcos a lugares de difícil acesso. O programa prevê valor diferenciado para as análises feitas em mamógrafos móveis. Até o momento, o programa tem três unidades em Tocantins e previsão de uma quarta, na Bahia. Por iniciativa regional, a população do Distrito Federal e dos estados do Amazonas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo também contam unidades móveis, com exames custeados pelo Ministério da Saúde.

Microcalcificações na mama são comuns, mas merecem atenção

É muito comum que após certa idade as mulheres apresentem, quando vão fazer o exame de mamografia, microcalcificações na mama. Elas aparecem naturalmente, são fisiológicas e não podem ser evitadas. São pequenos cristais de cálcio que se depositam em várias partes do corpo, inclusive na mama. A maioria das mulheres viverá com esses cristais normalmente, sem dores ou desconfortos.

Quem nos explica isso é o Dr. Francisco Pimentel, mastologista do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ele ressalta que o problema é quando aquelas calcificações apresentam certas características que podem evoluir para um câncer de mama. “As calcificações que nos fazem suspeitar de malignidade são: quando estão agrupadas, quando apresentam densidade elevada, quando possuem nesse agrupamento formatos e tamanhos diferentes”, cita o Dr. Francisco.

Outro especialista, o mastologista José Luís Pedrini, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), afirma que somente a mamografia pode acusar as microcalcificações e definir sua classificação, que vai de um a cinco. “Um e 2 é completamente benigno; 3 recomenda-se fazer um outro exame em 6 meses; quando é 4 ou 5 pode-se para fazer uma biopsia”, explica o Dr. José Luís. A mamografia é a única forma de detectar lesões pré-malignas não palpáveis da mama.

Deve-se fazer a biopsia sempre que exista a suspeita de as microcalcificações serem malignas. “Apesar de na maioria das vezes serem benignas, não devem ser subestimadas, pois o câncer de mama pode se manifestar inicialmente como microcalcificações”, lembra o Dr. Francisco Pimentel, do HGF. A pesquisa Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima em 57 mil o número de mulheres que terão câncer de mama em 2014. Quando descoberto ainda no início, como no caso da microcalcificação, a possibilidade de cura é próxima a 100%.

Por isso, a mamografia é tão importante. Só nos últimos três anos, o Ministério da Saúde, juntamente com estados e municípios, ampliou em 25% a realização de mamografias para o público geral e em 30% no grupo prioritário – de 50 a 69 anos. Os procedimentos somaram 2,3 milhões no ano passado, contra 1,7 milhão em 2010. No total, o número de exames realizados em 2012 atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 25,4% em relação a 2010 (3,5 milhões).