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Luto

Modo de vivenciar luto pode afetar desenvolvimento infantil

O sofrimento de pais que perdem um filho pequeno é uma das situações emocionais que mais podem desestruturar uma família. Essa obvia constatação, no entanto, ganha um contorno ainda mais dramático quando a família tem outro filho de pouca idade, pois o luto dos pais pode influenciar no desenvolvimento emocional da criança. Analisar “a vivência da criança que perdeu um irmão e a repercussão dessa perda no seu desenvolvimento emocional, conforme relacionada ao luto dos pais” foi o objeto da pesquisa desenvolvida para o mestrado de Marcela Lança de Andrade, apresentada no final do ano passado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Orientada pela professora Valéria Barbieri, Marcela estudou três famílias com filhos entre nove e 11 anos de idade e que passaram pela traumática situação de perda de um dos filhos. A autora conta que quando foi escolher seu tema de mestrado verificou que o tema era pouco estudado. “Existe um tabu social de falar nesse assunto, no geral as pessoas que trabalham dentro dos hospitais têm mais facilidade porque vivem cotidianamente essa situação, mas é um assunto evitado, pois a maioria das pesquisas dessa área falam sobre a perda dos pais, do cônjuge, poucas falam da perda dos filhos, até pela dificuldade do tema”, afirma, resumindo que seu objetivo foi pensar como estava esse luto e se esse luto repercute no desenvolvimento emocional da criança.

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Malformação fetal produz perda e complexo processo de luto

Elaborar a morte de um filho que ainda não nasceu, está vivo, e se desenvolvendo, é um processo que causa grande sofrimento a gestantes que, com autorização da justiça, optam por interromper a gravidez em virtude de malformação fetal. A situação gera perdas e desencadeia um complexo processo de luto, como mostra estudo do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Os casos analisados envolviam malformação fetal, sem chances de sobrevivência, como a anencefalia e a agenesia renal bilateral. Os resultados mostraram que o diagnóstico fetal causou sofrimento a essas mães por gerar inúmeras perdas e desencadear “complexo processo de luto. Por isso, a importância de discutir e planejar abordagens e cuidados à saúde de gestantes nessa situação”, afirma Elenice Bertanha Consonni, em sua tese de doutorado orientada pela professora Eucia Beatriz Lopes Petean.

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