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Estudo mostra como a restrição calórica pode proteger o cérebro

Os experimentos foram realizados por cientistas do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão Redoxoma, que está sediado no Instituto de Química (IQ) da USP

Os efeitos da dieta de restrição calórica no aumento da longevidade e na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento são conhecidos há décadas. No entanto, os mecanismos moleculares responsáveis por esses efeitos ainda não foram esclarecidos. Agora, pesquisadores do Centro de Pesquisa de Processos Redox em Biomedicina (Cepid Redoxoma) descobriram um mecanismo pelo qual a restrição calórica favorece a capacidade de retenção de cálcio mitocondrial no cérebro, resultando em proteção contra danos excitotóxicos, que estão relacionados à perda de neurônios em patologias como acidente vascular encefálico, Parkinson e Alzheimer. O Cepid Redoxoma é uma rede envolvendo 24 pesquisadores do Estado de São Paulo e vários colaboradores, incluindo pesquisadores internacionais, que está sediada no Instituto de Química (IQ) da USP e conta com outras 19 instituições associadas. A rede é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) através do programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid).

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Permanecer muito tempo sentado prejudica a longevidade

Até 4% das mortes no mundo poderiam ser evitadas apenas reduzindo o tempo que as pessoas permanecem sentadas ao longo do dia. Isso representa 433 mil pessoas por ano. Os dados são de um estudo realizado por pesquisadores da USP e da Universidade Federal de Pelotas. “No limite, reduzindo o tempo sentado em até 3 horas por dia, seriam evitadas 4% de mortes. Entretanto, reduções mais singelas já repercutiriam em grandes ganhos em saúde pública. Por exemplo, reduzindo em 2 horas/dia o tempo que ficamos sentados seriam evitadas 2% das mortes; se for uma redução de 1 hora/dia, teríamos 1,2% a menos de mortes”, aponta o educador físico Leandro Fórnias Machado de Rezende, da Faculdade de Medicina (FMUSP).

Juntamente com os pesquisadores Juliana Yukari Kodaira Viscondi e Juan Pablo Rey-López (da FMUSP), Thiago Hérick de Sá e Leandro Martin Totaro Garcia (Faculdade de Saúde Pública da USP), e de Grégore Iven Mielke (Universidade Federal de Pelotas), eles publicaram um artigo sobre o tema no American Journal of Preventive Medicine. E o jornal americano The New York Times publicou uma matéria sobre o tema no último dia 29 de março.

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