Publicado em abril 22, 2021 por erasmomartins
No Brasil, mais de um 1,5 milhão de trabalhadores de nível técnico/auxiliar da Saúde enfrentam diariamente não só milhares de novos casos e centenas de óbitos relacionados à Covid-19 nos hospitais e unidades de saúde, mas também encaram um cotidiano anônimo e, por vezes, de “invisibilidade” diante da própria equipe, suas instituições e a sociedade em geral. Embora executem serviços de extrema importância, pouco se sabe qual é o perfil e a real situação de trabalhadores técnicos, auxiliares e de apoio das equipes de Saúde. Preocupada em responder a essa lacuna, a Fiocruz lançou, no dia 14 de janeiro, a pesquisa inédita “
Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”. O questionário on-line está disponível no site da ENSP/Fiocruz ou pode ser acessado pelo link
https://is.gd/PesquisaInvisiveis.
A pesquisa considera trabalhadores invisíveis da Saúde os técnicos e auxiliares de enfermagem, de Raio X, de análise laboratorial, de farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de segurança, limpeza e conservação e agentes comunitários de saúde. O objetivo é analisar as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dessa força de trabalho buscando as alterações a que tiveram que se submeter emergencialmente durante a pandemia.
“Essa legião de trabalhadores da Saúde está cotidiana e diretamente na linha de frente atendendo a mais de 8 milhões de contaminados pela Covid-19 e lidando com mais de 200 mil óbitos em todo o país. Além disso, estão expostos à infecção, sofrem com a morte de colegas, e boa parte está desprotegida de cuidados necessários, sem, de fato, ter voz e meios de expressar a real situação no cotidiano do seu trabalho e de sua vida pessoal, no que se refere à saúde física e mental”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Helena Machado.
O questionário explora aspectos objetivos e subjetivos sobre como esses trabalhadores lidam com a pandemia em seu dia a dia: se o trabalhador teve Covid-19 e se sente protegido em seu ambiente de trabalho contra o coronavírus; se sofreu algum tipo de violência ou discriminação; o que mudou em sua rotina profissional durante a pandemia e se houve mudança da carga horária de trabalho; se há Equipamentos de Proteção Individual (EPI) disponíveis e se houve treinamento adequado para sua utilização; “Desejamos analisar em profundidade as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores de nível médio e auxiliar, o qual denominamos de trabalhadores invisíveis da saúde”, completou Machado.
Contexto da pesquisa
No Brasil, contabiliza-se mais de 2 milhões de trabalhadores de nível técnico, auxiliar e apoio, dos quais 1,5 milhão estão na linha de frente do enfrentamento à Covid-19. Cerca de 1.800 milhão são auxiliares e técnicos de Enfermagem; 230 mil são auxiliares e técnicos de Saúde Bucal; 29 mil são técnicos de Laboratório; 20 mil são técnicos de Nutrição; 85 mil são técnicos de Radiologia; além de milhares de trabalhadores que apoiam e dão suporte a essa força de trabalho em saúde, atuando diretamente na assistência (condutores de ambulância, maqueiros, pessoal da limpeza, manutenção, segurança, pessoal da administração e recepção, entre outros.
Durante a pandemia, esses trabalhadores lidam com a escassez de material EPI; infraestrutura precária; inadequadas condições de trabalho; ritmo de trabalho elevado e estressante; vínculo de trabalho precário; insegurança do e no trabalho; desconforto; desproteção no trabalho, entre outras questões.
“Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil” é um subproduto da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, que já levantou dados sobre as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.“Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil” é um subproduto da pesquisa “
Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, que já levantou dados sobre as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do novo coronavírus.
Os materiais de divulgação da pesquisa estão disponíveis para download no campo “anexos relacionados”.
Serviço:
Lançamento da pesquisa “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil
Publicado em dezembro 16, 2020 por erasmomartins
O isolamento social tem sido a principal medida junto com a proteção individual para a desaceleração do avanço da pandemia da Covid-19. Dentre essas medidas está o fechamento das escolas. Entretanto, a interrupção das atividades escolares por um período longo tem gerado debates acerca das consequências provocadas e dos prejuízos causados à educação. Observa-se um consenso da necessidade de retorno às aulas presenciais, porém, o momento oportuno e como deve se dar essa volta ainda é um objeto de discordância entre especialistas da área da saúde e educação, que, inevitavelmente acaba trazendo incertezas e inseguranças aos pais, responsáveis, alunos, professores e todo um conjunto de atores envolvidos direta e indiretamente no funcionamento do sistema de educação.
Neste sentido, um grupo multidisciplinar de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) está desenvolvendo o Projeto COVIDpro-Escola, que busca avaliar os fatores envolvidos na decisão de apoiar ou não o retorno escolar, através de um questionário on-line. A pesquisa se destina aos pais, responsáveis e professores de crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 18 anos, residentes do estado do Rio de Janeiro.
Leia Mais
Publicado em setembro 22, 2020 por tatianelopes
A Fiocruz inicia nesta segunda-feira, dia 10 de agosto, uma pesquisa para mapear o impacto da pandemia nas condições de trabalho e saúde de cuidadores de pessoas idosas. A investigação terá como base um questionário online, direcionado tanto a cuidadores remunerados como a cuidadores informais (como familiares), buscando abranger todas as pessoas que dedicam parte ou todo o seu tempo ao cuidado de um algum idoso que precisa de ajuda ou de companhia.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, cerca de 7% (2.036.653 idosos) precisam de ajuda para atividades da vida diária como alimentação, higiene pessoal, medicação de rotina, acompanhamento aos serviços de saúde, bancos ou farmácias, entre outros, sendo que em 20% dos casos a função é exercida por cuidadores contratados, e em 80%, por familiares.
Leia Mais
Publicado em agosto 19, 2020 por tatianelopes
Você sabia que entender como a pandemia afetou a sua vida pode ajudar em muito a combatê-la? A ENSP se deu conta da importância de se compreender a percepção da população acerca do surgimento do novo coronavírus e, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP/USP), lançou nesta terça-feira (18/8) a Pesquisa Termômetro Social Brasil. A iniciativa vai medir os impactos da pandemia de Covid-19 na vida dos brasileiros, considerando os aspectos sociais, econômicos e na saúde de quem vive nas cidades, periferias e espaços rurais.
Todos podem participar da pesquisa. Compartilhe com seus amigos e familiares e não deixe de participar!
Acesse
aqui o formulário da
Pesquisa Termômetro Social Brasil.
Dúvidas e informações podem ser enviadas ao email termometrobr.covid19@gmail.com.
Sobre a Pesquisa Termômetro Social Brasil
Fruto da pesquisa Barômetro Covid-19/Opinião Social, que está sendo realizada em Portugal pela UNL, a Pesquisa Termômetro Social Brasil prevê a realização de um inquérito nos mesmos moldes do que já ocorre no país europeu, com o objetivo de evidenciar o impacto social e econômico na população brasileira das medidas sanitárias adotadas no país frente à pandemia de Covid-19.
Apesar de ter como base o modelo português, a pesquisa brasileira se diferencia e inova, pois, além de ser disponibilizada à população em geral, será aplicada em populações em situação de vulnerabilidade em regiões nas quais o projeto têm parcerias, como indivíduos em situação de rua e residentes em comunidades e áreas rurais. A adaptação foi feita por serem essas populações as mais afetadas pela doença no Brasil. O formulário de perguntas brasileiro foi todo repensado e refeito de acordo com a realidade do Brasil, sendo, assim, um instrumento pensado estrategicamente para o povo brasileiro. A ideia é ampliar a equidade e, com isso, fornecer evidências para nutrir as políticas públicas e subsidiar a definição de ações estratégicas em saúde.
No Brasil, a iniciativa é coordenada pela vice-diretora da Escola de Governo em Saúde da ENSP e coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas em Saúde Pública, Rosa Souza.
Saiba mais
aqui sobre a
Pesquisa Termômetro Social Brasil.
Leia Mais