Tag Archives: Influenza H1N1

H1N1 pode ser descendente de vírus que causou pandemia de gripe em 1918

Pandemia iniciada em 1918 foi causada pelo vírus do tipo influenza A. 

Quando o mundo foi assolado pela gripe influenza no início do século passado, não havia a tecnologia disponível hoje para rapidamente fazer um estudo genético dos vírus que estão causando as mortes de milhares de pessoas — algo muito diferente do que ocorreu com o coronavírus causador da pandemia atual.

Leia Mais

Estudo revela fatores que aumentam risco de morte por H1N1

Na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, análises dos pacientes que tiveram influenza A(H1N1)pdm09 em São Paulo durante a epidemia de gripe que aconteceu em 2009 revelam os fatores que levam a um maior risco de morte provocada pela doença. O trabalho da médica sanitarista Ana Freitas Ribeiro aponta que os maiores riscos estão em pessoas com idade entre 18 e 59 anos, com obesidade e imunossupressão, entre outros fatores. Estudo específico com gestantes constatou maior número de perdas fetais e partos prematuros nas mulheres que morreram. A pesquisa ressalta a importância da identificação dos pacientes com maior risco e do tratamento precoce para reduzir a mortalidade e aumentar as chances de cura.

A identificação de um novo vírus da gripe (subtipo viral, influenza A(H1N1)pdm09), em abril de 2009 e anúncio do início de uma pandemia de influenza pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em junho do mesmo ano, levaram ao início da pesquisa. Durante o trabalho foram realizados dois estudos caso-controles, em pacientes e em gestantes hospitalizados com influenza A(H1N1) pdm09 confirmada laboratorialmente e Doença Respiratória Aguda Grave (DRAG). “O objetivo era identificar os fatores de risco de morte nos dois grupos”, afirma Ana. “Nas gestantes, foram analisados também os desfechos da gestação e e neonatais, após o nascimento das crianças”.

Leia Mais

Importação de vacina expõe dependência tecnológica

A epidemia global da influenza H1N1 (conhecida como “gripe suina”), em 2008 e 2009, teve seus efeitos previstos com antecedência pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que coordenou uma estratégia mundial de vacinação para prevenção da doença, seguida inclusive pelo Brasil. Porém, uma pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP mostra que o controle da doença evidenciou a depedência do País de vacinas e tecnologias de produção vendidas pelos grandes laboratórios farmacêuticos internacionais. A geógrafa Mait Bartollo, que realizou o estudo, recomenda que o Brasil aumente os investimentos nos institutos de pesquisa nacionais para poder produzir suas próprias vacinas.

O trabalho orientado pelo professor Ricardo Mendes Antas Júnior, da FFLCH, investigou o circuito espacial envolvido na produção, distribuição e consumo da vacina contra a influenza H1N1, e os agentes que participaram do processo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), fabricantes de vacinas e, no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) e as secretarias estaduais e municipais de saúde. “A pandemia teve início em 2008, no México, de onde se espalhou pelo mundo. De acordo com a OMS, foram registrados em 2009, 504 mil casos da doença e cerca de 6.300 mortes”, relata a geógrafa. “No Brasil, o MS tem registro de 44.544 casos e 2.051 mortes, em 2009 e 2010. Cabe lembrar que muitos países não possuem um sistema de saúde organizado, capaz de realizar de modo eficaz a notificação de casos da doença, o que torna os números da OMS subestimados, especialmente sobre a H1N1 na África e Ásia”.

Leia Mais