Tag Archives: Infecções por HIV

Como 30 mil pessoas pegaram HIV e hepatite C ao receber transfusões no Reino Unido

Mais de 30 mil pessoas no Reino Unido foram infectadas com HIV e hepatite C após terem recebido transfusões de sangue contaminadas nas décadas de 1970 e 1980.

Um inquérito público sobre o que ficou conhecido como o maior desastre em um tratamento na história do NHS, o sistema público de saúde britânico, concluiu que as autoridades encobriram o escândalo após exporem conscientemente as vítimas a riscos inaceitáveis.

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As doenças ‘esquecidas’ que deixam 28 milhões de brasileiros sob risco

Todos os anos, 28,9 milhões de brasileiros correm o risco de sofrer com alguma das doenças tropicais negligenciadas que ainda assolam o país. Isso representa 14% da população total.

Essa estimativa praticamente dobrou no período entre 2016 e 2020 — até 2015, acreditava-se que esses problemas de saúde poderiam afetar cerca de 15 milhões de pessoas (ou 7,3% da população).

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Pós Carnaval: Quando devo fazer o exame para detectar o HIV?

O carnaval acabou, mas  o alerta do Ministério da Saúde para a prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis continua.  Se você fez sexo sem camisinha ou compartilhou seringas nesse período deve saber que pode ter sido contaminado pela sífilis, gonorreia, hepatite B e pelo HIV – vírus causador da aids. Por essa razão, é importante fazer um check up para verificar como está a sua saúde.

No caso do HIV, por exemplo, os principais testes disponibilizados só conseguem detectar a infecção 30 dias após a exposição ao vírus. Isso porque o organismo precisa de um tempo para produzir a quantidade de anticorpos necessária para acusar no exame. Por isso,  o teste de HIV deve ser feito depois desse prazo. Neste período, que chamamos de janela imunológica, não se exponha novamente ao vírus, tomando as medidas de proteção.

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HIV/Aids: Fiocruz coordena estudo que propõe uso de medicamento para prevenção

A implementação do estudo sobre Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) na América Latina é objeto da mais nova parceria coordenada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), através do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST/Aids (LaPClin-Aids). O projeto reúne instituições de saúde do Brasil, do México e do Peru e estuda o uso da truvada – combinação dos medicamentos tenofovir e emtricitabina em um único comprimido – como forma de prevenir a infecção por HIV de populações em risco considerável, como os homens que fazem sexo com homens (MSM), travestis e mulheres transexuais (TGW). O estudo é fruto de um esforço conjunto do Ministério da Saúde brasileiro e da Fiocruz e prevê o desenvolvimento de políticas públicas e posterior disponibilização do medicamento visando reduzir o contágio pelo vírus HIV nos respectivos países. A iniciativa conta com financiamento da Unitaid e apoio dos Ministérios da Saúde dos países participantes e da Fiotec.

O projeto foi apresentado e discutido durante um encontro de quatro dias realizado no INI, de 23 a 26 de janeiro, onde diversos pesquisadores e profissionais envolvidos com estudos sobre HIV/Aids acertaram os pontos finais da parceria. No primeiro dia de atividades, no Auditório do Pavilhão de Ensino do Instituto, a pesquisadora do LaPClin-Aids, Valdiléa Veloso, coordenou a reunião onde foram apresentados os objetivos e metas da parceria tríplice entre Brasil, México e Peru.

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Saúde integral das mulheres vivendo com HIV/aids é pauta de encontro

Saúde, vulnerabilidade, identidade, equidade, acolhimento, pobreza, preconceito, prevenção, comunicação, vitimização, sexismo, machismo, racismo, estigma e discriminação: esses e um grande leque de outros temas correlatos serão abordados ao longo dos dois dias da oficina “Saúde Integral das Mulheres Jovens e Adultas Vivendo com HIV/Aids”, realizada em Brasília nesta terça-feira (19) e quarta-feira (20).

O evento é promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde, em estreita parceria com os departamentos de Apoio à Gestão Participativa (DAGEP) e de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES) e com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).

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Acesso ao tratamento de HIV/Aids cresce 30% no Brasil

Um novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids tem mudado a forma de tratamento dos pacientes do Brasil. Desde 2013, todas as pessoas com HIV positivo podem iniciar o tratamento da doença logo após o diagnóstico.

Em um ano, foi registrado aumento de 30% no número de pessoas que iniciaram o tratamento com antirretrovirais. Neste período, o número de novos pacientes passou de 57 mil para 74 mil. Atualmente, cerca de 404 mil pessoas usam estes medicamentos, ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até dezembro de 2013, apenas quem tinha uma carga alta podia iniciar o tratamento.

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Cuba descobre variante mais agressiva e preocupante do vírus HIV

Especialistas em saúde de Cuba detectaram há alguns anos algo diferente e pouco comum nos pacientes com o vírus do HIV no país: eles desenvolviam a Aids de uma forma extraordinariamente rápida.

Tão rápido que, em menos de três anos, já se encontravam muito doentes, sem praticamente tempo de perceberem que tinham o HIV.

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Retorno de HIV em menina americana não inibe busca por cura funcional, diz cientista

A difícil batalha de pesquisadores contra a Aids tem um capítulo negativo. De acordo com reportagem veiculada no jornal O Globo, médicos americanos fizeram um pronunciamento, nesta quarta-feira (9/7), que decepcionou a comunidade científica. Testes de HIV realizados na semana passada em uma menina de 4 anos, que havia sido dada como livre do HIV durante anos, indicam que ela não está mais em remissão, e o vírus voltou a ser detectado. Para Valdiléa Veloso, pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), a notícia representa um certo desapontamento, mas, mesmo assim, trata-se de um caso animador do ponto de vista científico. “O que aconteceu com essa criança foi um estímulo em termos de pesquisa”, disse a especialista, que prevê ainda ações promissoras. “Atualmente, existe uma gama de pesquisas voltadas para a cura de HIV/Aids, inclusive aqui no INI. O principal objetivo é estudar meios de buscar a cura funcional dos pacientes”, destacou.

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Estudo aponta baixa estratégia nas ações de Aids no RJ

Com o objetivo de analisar o sistema de planejamento e a gestão das ações de DST/Aids no Rio de Janeiro, a aluna Sabrine Dias Losekann elaborou sua dissertação de mestrado em Saúde Pública, sob a orientação do professor Francisco Javier Uribe Rivera. A pesquisa trouxe à tona o baixo caráter estratégico das programações municipais. As entrevistas evidenciam que não há análise de cenários e que ações são programadas desconsiderando as incertezas do contexto em que se encontram. “O momento estratégico está pouco presente na programação dos municípios. Alguns demonstraram criar, ou tentar criar, viabilidade às ações e metas, mas descolados da programação. Não há análise de viabilidade, devido a um contexto de baixa governabilidade vivenciada pelas coordenações de DST/Aids”, apontou a aluna.
De acordo com Sabrine, o sistema de prestação de contas foi outro problema encontrado na pesquisa. “Há prestação contas. No entanto, as coordenações não as consideram suficientes, pois avaliam que deveria haver uma maior pressão para prestação de contas do município, de forma que seja dada a devida transparência ao que é feito ou não. Assim, sentiriam-se menos sozinhas nesta batalha política para execução de uma programação”, observou.
Na primeira etapa do estudo, foram analisadas 27 programações anuais de metas voltadas ao enfrentamento das DST/Aids referentes ao ano de 2009. Estas programações são atribuições dos municípios qualificados na Política de Incentivo às ações de DST/Aids no âmbito do Programa Nacional de DST/Aids. Na segunda etapa, entrevistas semi-estruturadas foram realizadas em cinco coordenações municipais, com o objetivo de evidenciar aspectos do planejamento.
A pesquisa apontou que a programação tem um caráter mais de organização de tarefas e memória do programa que um instrumento estratégico. “Faz-se veemente a qualificação das programações de DST/Aids por meio de capacitações em planejamento, mas, principalmente, a necessidade de fortalecer estas coordenações, que demonstram orgulho de participarem desta política de enfrentamento a Aids e que precisam voltar a acreditar que podem fazer a diferença.”
No que se refere à estrutura dos municípios, 53,4% possuem equipe multidisciplinar ou mais de duas áreas técnicas, o que está de acordo com o preconizado pela política de Incentivo. As maiores equipes estão concentradas na região noroeste fluminense, com média de 10 profissionais por equipe, o dobro do município do Rio de Janeiro, que concentra maior número de casos.
Com relação ao enfrentamento da epidemia, 85% dos municípios apresentaram resposta restrita, ou seja, apresentaram três ou menos das situações a seguir: ter ação programática de caráter essencial ou abrangente; incluir, na resposta, populações prioritárias para a assistência e para a prevenção; realizar a maior proporção dos gastos em ações com alto poder de intervenção na assistência e prevenção; e possuir resposta sustentável.
Nas entrevistas foi possível observar que dois municípios apresentaram caráter comunicativo na elaboração de suas programações, contando com ampla participação do movimento social, ator importante no enfrentamento à Aids no Brasil. Estes dois, dos cinco entrevistados, apresentaram programações com mais de uma característica do planejamento estratégico. Mesmo assim, nenhum município apresentou todas as características (muldimensional, comunicativo, não determinístico, contexto explícito, com participação de atores sociais, com análise de cenários e alta governabilidade).
Para Sabrine, a execução do plano de ações e metas é atravessada por inúmeras intercorrências. “O fato das coordenadoras responderem por inúmeras atividades do Programa, que muitas vezes não são diretamente relacionadas à gestão, levam à distração tática”.
Sabrine Dias Losekann, graduada em psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), possui especialização em Saúde do Trabalhador (Fiocruz). Sua dissertação de mestrado em Saúde Pública intitulada “Análise do Sistema de Planejamento e Gestão das ações de DST/Aids no Rio de Janeiro como ferramenta estratégica” foi defendida na ENSP dia 30/8/13, sob a orientação do professor Francisco Javier Uribe Rivera.

Maior pesquisa sobre crack já feita no mundo mostra o perfil do consumo no Brasil

Os usuários regulares de crack e/ou de formas similares de cocaína fumada (pasta-base, merla e oxi) somam 370 mil pessoas nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Considerada uma população oculta e de difícil acesso, ela representa 35% do total de consumidores de drogas ilícitas, com exceção da maconha, nesses municípios, estimado em 1 milhão de brasileiros. A constatação está no estudo Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do país, divulgado nesta quinta (19/9) pelos ministérios da Justiça e da Saúde. A pesquisa foi encomendada pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) à Fiocruz. A metodologia usada na pesquisa é inédita no Brasil, pois foi a única até o momento capaz de estimar de forma mais precisa essa populações de difícil acesso. Para ler as pesquisas na íntegra clique aqui para o Livreto Domiciliar e aqui para o Livreto Epidemiológico.

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