Descoberto há 50 anos, o arbovírus Chikungunya tem circulado pelos continentes africano, asiático, europeu, chegando recentemente à América Central e América do Sul. A partir de estudos na literatura existente, o pesquisador do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas), Felipe Naveca, alerta para a sua chegada ao Brasil e os impactos prováveis. Após sofrer mutação, sua transmissão tornou-se mais fácil, principalmente, através dos mosquitos Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus, os mesmos vetores da dengue.
Segundo Naveca, no Brasil, os casos notificados foram “importados”, ou seja, as pessoas infectaram-se nos países onde o vírus circula e adoeceram quando voltaram para o Brasil. Os casos recentes foram de seis militares brasileiros que estiveram no Haiti e ao retornarem desenvolveram os sintomas, sendo diagnosticados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. “Até o momento, não há registro oficial da circulação do Chikungunya no país. Como temos casos em países vizinhos é praticamente impossível impedir a sua entrada no Brasil. Em alguns locais, onde circulou este vírus, foi muito alta a taxa da população infectada”, explicou Naveca.
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