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Estudo aponta que CEIS pode ajudar a superar crise pandêmica

A Fiocruz lançou, nesta quinta-feira (18/3), o estudo Desenvolvimento, saúde e mudança estrutural: o Complexo Econômico-Industrial da Saúde 4.0 no contexto da Covid-19. Liderado pelo coordenador de Ações de Prospecção da Fundação, Carlos Grabois Gadelha, que também é o editor da publicação, o material é fruto do trabalho agregado de 35 pesquisadores de 10 instituições científicas brasileiras de excelência. O estudo representa uma iniciativa para superar a pandemia da Covid-19 propondo saídas para a crise, por meio de um projeto nacional de desenvolvimento que una a visão de desenvolvimento que vem da tradição do economista Celso Furtado com o pensamento social e sanitário da Fiocruz, ao agregar a ação de economia política com a ação social, marca da instituição. Nos 12 artigos do estudo são elaboradas propostas de políticas públicas que aliam o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) com a promoção do desenvolvimento social, econômico e ambiental do país, a partir da solução de desafios estruturais revelados pela atual pandemia. O trabalho contou com a parceria do Centro Internacional Celso Furtado e foi lançado com transmissão do Canal Saúde.

“Abordamos a pandemia pensando em uma solução estrutural com propostas de políticas públicas para o Brasil sair da crise com base em inovação, equidade, SUS e sustentabilidade”, observa Gadelha. Segundo ele, “esta é a primeira iniciativa de envergadura em que a estratégia de desenvolvimento é pensada sob a coordenação de uma instituição de saúde pública como a Fiocruz, que propõe uma nova geração de políticas públicas que integre e subordine a economia ao bem estar e a sustentabilidade. A economia a serviço da sociedade e não o inverso”, complementa o coordenador.

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Covid-19: Saúde avança em negociações com laboratórios para vacinas: Gamaleya, Janssen e Pfizer negociam distribuição de vacinas no Brasil

 

O Ministério da Saúde informou hoje (3) que “já possui contratos alinhados” para a compra da vacina russa Sputnik V e que a aprovação doProjeto de Lei nº 534 de 2021 pela Câmara dos Deputados “facilitou as negociações” para a compra de doses das vacinas da Pfizer e da Janssen – farmacêuticas dos Estados Unidos.

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Ser sustentável é estratégico no setor farmacêutico

O discurso sustentável das indústrias farmacêuticas está afinado à prática de trabalho dos gerentes e seus colaboradores diretos. A sustentabilidade é incorporada à estratégia de negócio das empresas porque é financeiramente mais barato adotá-la. Uma pesquisa de pós-doutorado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Pesquisa (CNPq), analisou se o discurso sobre sustentabilidade das indústrias farmacêuticas era adotado na prática.

A autora do estudo e jornalista, Devani Salomão, verificou como gerentes e seus colaboradores diretos entendiam o termo sustentabilidade e como o discurso organizacional e a prática gerencial se relacionam à comunicação e gestão sustentável.
Devani justifica a escolha pelo setor farmacêutico por causa da sua importância para a área da comunicação e da saúde. “Esse é um dos contextos no qual a comunicação organizacional, os processos interativos, as gestões, as informações, as concepções sobre os recursos humanos e os costumes sustentáveis têm sido pouco estudados, talvez pela dificuldade de acesso a essas indústrias”.

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‘Produtos terapêuticos não são avaliados cientificamente’

“Os produtos terapêuticos derivados de plantas medicinais e oficializados para uso no Brasil são remédios, mas ainda não são medicamentos e não devem ser regulamentados como tal. Eles serão disponibilizados ao consumidor sem a garantia da sua eficácia e da sua segurança, perpetuando a ausência de controle sanitário da área e contrariando os princípios básicos de toda política de medicamentos: o acesso seguro, a qualidade e o uso racional.” O alerta é da aluna do doutorado em Saúde Pública Sabrina Schaaf Teixeira Costa Pereira, que defendeu sua tese na ENSP no dia 22/7, com a orientação do pesquisador Francisco José Roma Paumgartten. Segundo ela, esses produtos não são avaliados cientificamente de forma adequada por meio de pesquisas pré-clínicas e clínicas, e existe um processo de regulamentação facilitador da sua entrada no mercado e, consequentemente, da sua incorporação no sistema de saúde.

Sabrina fez uma análise crítica do embasamento técnico-científico para registro de produtos terapêuticos industrializados derivados de plantas medicinais, incluindo os medicamentos fitoterápicos e as drogas vegetais industrializados com uso oficializado pelo Ministério da Saúde. A ênfase foi para os requisitos relacionados à comprovação científica da eficácia e da segurança que constam da regulamentação sanitária; a abrangência e a pertinência dos estudos não clínicos e clínicos referidos em monografias de plantas medicinais (Coleção de monografias de plantas medicinais da Organização Mundial da Saúde, v. 1, 2, 3 e 4), monografias da Comissão E da Alemanha e a expansão das monografias dessa comissão que dão suporte à regulamentação sanitária na área (pertencem à lista de referências bibliográficas utilizadas como umas das opções para comprovação da eficácia e segurança para fins de registro); e a qualidade do relato de metodologia dos ensaios clínicos publicados realizados com esses produtos.

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