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Estudo investiga funcionamento de célula muscular do coração

Assim como os neurônios, as células que compõem o músculo cardíaco não se regeneram. Portanto, danos nessas células, usualmente, são permanentes e, a princípio, não há como repará-los. Mas pesquisadores do Instituto de Física (IF) da USP se associaram com o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e estudam o comportamento mecânico das células do músculo do coração (chamadas de cardiomiócitos). Recentemente, um grupo de pesquisa do InCor conseguiu obtê-las em laboratório a partir de células-tronco humanas (denominadas especificamente células-tronco pluripotentes induzidas). Assim, é possível estudá-las para que, futuramente, seja viável tentar regenerar falhas cardíacas implantando células saudáveis no lugar das que estão comprometidas. Em colaboração com o IF, é possível caracterizar essas células mecanicamente.

O projeto acaba de ser aprovado para um financiamento da Fapesp e deve receber R$ 250 mil. O estudo da dinâmica temporal dos cardiomiócitos está sendo feito com duas técnicas: Microscopia de Força e Tração e Microscopia de Força Atômica. “Caracterizamos a dinâmica dessas células medindo a força que elas fazem ao pulsar, o padrão de intensidade e de distribuição dessa força, entre outros fatores”, afirma o físico Adriano Alencar, do IF, que está trabalhando diretamente na caracterização das células.

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Técnica pioneira reduz ronco e trata apneia do sono

Pesquisadores do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram uma técnica de tratamento pioneira que, se praticada diariamente e com orientação de fonoaudiológo, reduz a frequência e a altura do ronco até ele se tornar quase imperceptível, em alguns casos. A nova técnica é efetiva também no tratamento da apneia do sono de grau leve e moderado, diminuindo o número de engasgos durante a noite. O estudo brasileiro foi publicado na revista acadêmica CHEST e seus resultados surpreenderam a comunidade médica e a imprensa internacional.

Segundo estimativas, cerca de 54% da população adulta sofre de ronco — com grande prevalência em obesos, idosos e mulheres na pós-menopausa. E, a depender das estatísticas, os brasileiros vão roncar cada vez mais, já que dois dos fatores que levam ao ronco continuam a crescer no País: a obesidade atinge 18% da população, e a progressão da idade continua a avançar (em 2030, 13% dos brasileiros terão mais de 65 anos). O prejuízo não é apenas das horas de sono ou do estigma social. O ronco pode ser um dos sinais de um problema ainda mais grave: a apneia obstrutiva do sono, fator de risco importante para as doenças cardiovasculares.

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Cuidado de paciente de UTI em ventilação mecânica deve mudar

Um estudo brasileiro publicado no The New England Journal of Medicinedeverá mudar em todo o mundo o tratamento de portadores da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), que causa insuficiência respiratória e requer o uso de ventiladores mecânicos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Após analisar dados de 3.562 participantes de nove diferentes estudos, um grupo de pesquisadores do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor-HC-FMUSP) concluiu que o parâmetro mais importante para proteger o pulmão de pacientes nessas condições e aumentar as taxas de sobrevivência é a chamada pressão motriz ou pressão de distensão pulmonar, que corresponde à variação entre a pressão atingida na inspiração e a observada na expiração.

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