Tag Archives: Incidência

Rio alerta para vacinação contra Síndrome Respiratória Aguda Grave

Imunização é a estratégia importante para evitar agravamento dos casos


O estado do Rio de Janeiro apresentou queda no indicador referente à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na semana entre 18 e 24 de maio, com estimadas 220 internações, das quais 72 estão oficialmente registradas.

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Internações por inflamações intestinais cresceram 61% em dez anos

Sociedade de Coloproctologia faz campanha para alertar sobre doenças

As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades que afetam o trato gastrointestinal e que resultaram, nos últimos dez anos, em 170 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS). 

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Dengue: Brasil tem, em 6 meses, 6,1 milhões de casos e 4,2 mil mortes. Há 2.730 óbitos em investigação no país

O Brasil encerrou o primeiro semestre de 2024 registrando 6.159.160 casos prováveis de dengue e 4.250 mortes pela doença. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, há ainda 2.730 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país é, agora, de 3.033 casos para cada 100 mil habitantes e a taxa de letalidade é de 0,07.

Dados divulgados nesta segunda-feira (1º), em Brasília,  mostram que a maior parte dos casos prováveis de dengue em 2024 foi anotada entre mulheres (54,8%), contra 45,2% entre homens.

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Casos de covid-19 no Rio de Janeiro aumentam 430% em uma semana. Taxa de positividade e internações estão em alta, diz SES

Entre a primeira e a segunda semanas de novembro, o estado do Rio de Janeiro apresentou aumento expressivo nos casos confirmados de covid-19, passando de 4.368 na semana epidemiológica 44 (de 30 de outubro a 5 de novembro) para 18.799 na semana 45 (entre 6 e 12 de novembro). Isso representa um aumento de 430%.

As informações foram confirmadas hoje (16) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Segundo o órgão, a taxa de positividade dos testes diagnósticos também subiu no mesmo período, com os de antígeno passando de 25% para 32% e os exames de RT-PCR subindo de 18% para 30%.

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Covid-19: testes positivos em alta acendem alerta sobre nova onda no Brasil

Laboratórios particulares e farmácias em todo Brasil vêm registrando aumento nos testes positivos para covid-19 nas últimas semanas, em um indício do que epidemiologistas classificam como um “alerta” para uma nova onda de casos no país.

Levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares passou de 3% para 17% em menos de um mês — um salto de 566%.

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Casos de varíola dos macacos chegam a 76 em todo o país. Informação é do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou neste domingo (3) que, até o momento, 76 casos de varíola dos macacos (monkeypox) foram confirmados em todo o país. Desse total, foram registrados um caso no Distrito Federal, um no Rio Grande do Norte, dois em Minas Gerais, dois no Rio Grande do Sul, dois no Ceará, 16 no Rio de Janeiro e 52 em São Paulo.

“A pasta, por meio da Sala de Situação e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”, disse o ministério.

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China registra mais casos locais de covid-19 este ano do que em 2021: variante ômicron é responsável por surtos em várias cidades

A China registrou mais casos sintomáticos locais de covid-19 neste ano do que em todo o ano de 2021. A variante Ômicron do novo coronavírus, altamente transmissível, desencadeia  surtos de Xangai a Shenzhen.

A China continental registrou 1.337 novos casos da doença transmitidos internamente, com sintomas confirmados até ontem (13), informou a Comissão Nacional de Saúde (NHC) nesta segunda-feira. Isso elevou o total este ano para mais de 9 mil casos, em comparação com 8.378 em 2021, segundo cálculos da Reuters.

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Brasil registra 68.893 novos casos de covid-19 em 24 horas: até hoje, 27.344.949 pessoas se recuperaram da doença

Em 24 horas, o Brasil registrou 68.893 novos casos de covid-19, totalizando 29.138.362. O número de mortos no mesmo período foi 488, com o total geral de 652.829 óbitos, segundo as informações divulgadas na terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde.

Até hoje, 27.344.949 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 93,8% dos infectados desde o início da pandemia.

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MonitoraCovid-19 avalia quadro de desassistência durante pico da Ômicron

Análises do MonitoraCovid-19, painel da Fiocruz que acompanha os desenvolvimentos da pandemia de Covid-19 no Brasil, mostram que a variante Ômicron do vírus Sars-Cov-2 foi responsável por um forte impacto nos serviços de saúde neste início de ano, gerando um risco de desassistência à população no que se refere a atendimentos de urgência, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Em janeiro, quase todas as unidades da Federação tiveram picos de internação semelhantes aos provocados pelas primeiras cepas do novo coronavírus, em 2020, seguidas pelo pico provocado pelas variantes Delta e Gama, durante o ano de 2021. Os pesquisadores alertam que a falta de dados provocada pelo ataque digital contra as bases de dados do Ministério da Saúde podem interferir nesse cálculo.

Além disso, houve no período um expressivo volume de óbitos ocorridos em hospitais fora das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Para os autores do estudo, isso denota a ocorrência de um quadro de desassistência à saúde da população. “Nós observamos os casos de pacientes hospitalizados. A maior parte dos leitos de UTI estavam ocupadas durante o mês de janeiro, e, em muitos casos, houve um excedente de óbitos ocorridas fora das UTIs, ou seja, em alas comuns de internação. Isso significa que uma parte da população não teve acesso a essa forma de terapia intensiva”, explica o pesquisador Diego Xavier, do Laboratório de Informação em Saúde do Icict/Fiocruz.

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#FAQMS | Dúvidas sobre o câncer infanto-juvenil

O Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), e o Ministério da Saúde (MS) lançaram na semana passada a publicação Incidência, Mortalidade e Morbidade Hospitalar por Câncer em Crianças, Adolescentes e Adultos jovens no Brasil: Informações dos registros de câncer e do sistema de mortalidade. É a primeira vez que um panorama do câncer em adolescentes e adultos jovens, na faixa etária entre 15 e 29 anos, é traçado no Brasil.

Os dados da publicação mostram que o câncer foi a principal causa de morte por doença entre 2009 e 2013, perdendo apenas para “causas externas”, como acidentes ou mortes violentas. Foram 17.527 mortes por câncer. O trabalho do INCA/MS indica que a taxa média de mortalidade por câncer de adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos) foi de 67 por 1 milhão, no período de 2009 a 2013. Uma boa notícia é que essa taxa está estável nos últimos anos.

Para ajudar a tirar dúvidas a respeito do tema, e orientar adolescentes e jovens a respeito dos mais diversos tipos de câncer, o Blog da Saúde conversou com o oncologista clínico do INCA, Dr. Gélcio Mendes. Confira a seguir:

Blog da Saúde: Quais tipos de câncer atingem mais a faixa etária entre 15 e 29 anos (adolescentes e jovens)?
Dr. Gélcio: Essa é uma faixa etária muito interessante, porque é pouco discutida. Normalmente, pensa-se no câncer infantil e depois nos cânceres do adulto e do idoso. Mas existe essa faixa etária, que vai dos 15 aos 29 anos, em que o desenvolvimento de um câncer é uma situação inesperada e ainda é pouco abordada nos diversos meios.

Nessa faixa etária, os tumores não são mais aqueles tumores típicos das crianças. São tumores mais comuns entre adultos. Câncer do colo do útero, na tireoide, e da mama. Os chamados tumores germinativos (tumor dos testículos e dos ovários) e o melanoma, têm uma representação bem importante nessa faixa. O câncer do colo do útero também tem uma incidência grande, e entre os linfomas, o linfoma de Hodkin também aparece muito nessa faixa etária.

Blog da Saúde: Mas os carcinomas no trato geniturinário (conjunto dos aparelhos genital e urinário) são os principais tumores nessa faixa etária? 
Dr. Gélcio: Os cânceres do aparelho geniturinário são, nessa faixa etária, principalmente, do colo do útero e os tumores germinativos. Apesar de ser típico de mulheres na faixa em torno de 50, 60 anos, observamos tumores acontecendo nas pacientes jovens na faixa dos 20 anos. É o tumor que está associado à infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano). A boa notícia é que hoje temos, dentro do Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina contra HPV, que espera que reduza a frequência e incidência dessa doença.

Outros tumores geniturinários que têm muita importância nessa faixa etária são os de células germinativas: o câncer do testículo e do ovário. São tumores bastante agressivos, mas a notícia boa é que estão entre os tumores com maior probabilidade de cura, mesmo em pacientes com doença avançada. Então, apesar de serem tumores muito graves, são doenças com taxa de cura muito elevada. Esses são os dois grupos de doença dos tumores geniturinários frequentes nessa faixa do adolescente e adulto jovem.

Blog da Saúde: Por que o câncer é a segunda principal causa de morte entre esta faixa etária, perdendo apenas para causas externas?
Dr. Gélcio: A primeira coisa que é importante estar claro é que apesar de ser a segunda principal causa de morte, depois das causas externas, o câncer nessa faixa de 15 a 29 anos é uma doença muito rara. Essa é uma faixa etária que ainda tem a causa externa como a principal causa de mortalidade, especialmente entre os homens. Mas também é uma idade em que as doenças infecciosas não têm tanto impacto, e as doenças relacionadas ao envelhecimento (as crônico-degenerativas) têm menor efeito sobre a mortalidade.

Blog da Saúde: Como os pais, familiares ou os próprios adolescentes e jovens podem ficar atentos aos sinais e sintomas?
Dr. Gélcio: A primeira questão é quando você começa a observar sinais e sintomas que são típicos de um tumor em qualquer idade: emagrecimento sem explicação, surgimento de alguma dor que se mantém persistente durante mais de duas ou três semanas, sangramentos por traumas mínimos e febre por mais de três ou quatro semanas. Esses são sintomas que devem alertar o indivíduo a procurar o médico.

O profissional de saúde precisa estar atento e informado sobre o câncer nessa faixa de idade. A partir do momento em que ele suspeita, começa a buscar o diagnóstico, seja através de um exame radiológico, exame laboratorial, solicitação de uma consulta com especialista, clínico, gastroenterologista, ginecologista, urologista, ou mesmo em um serviço de Oncologia.

Blog da Saúde: Em caso de suspeita de algum tipo de câncer, onde o indivíduo pode recorrer?
Dr. Gélcio: A porta de entrada é pela Atenção Básica. O paciente vai ao posto de saúde e o médico, enfermeiro ou profissional que o atender, uma vez suspeitando dessa condição, deve encaminhar, pelo sistema de referência, para centros especializados, onde possa ser feito o diagnóstico adequado. Caso o diagnóstico seja confirmado, vai passar por um protocolo, a partir de exames de imagem, exames laboratoriais, e avaliação de especialistas.

Blog da Saúde: O que o SUS oferece em termos de suporte e tratamento hoje em dia?
Dr. Gélcio: Para todos esses tumores, pelo SUS, é oferecida atenção oncológica nas chamadas Unidades de Atendimento Oncológico (UNACON) ou nos Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que estão distribuídos pelo Brasil todo. Esses são tumores que, na maioria das vezes, dispõe de plena capacidade de atendimento, seja cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Toda a questão do cuidado paliativo, e investigação e tratamento é disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Tudo é contemplado dentro da Rede de Atenção à Saúde e à Política Nacional de Atenção Oncológica.

Blog da Saúde: Há algum tipo de adolescente ou jovem que seja considerado grupo de risco?
Dr. Gélcio: Alguns tumores familiares e hereditários começam a surgir com maior frequência em pacientes mais jovens. São tumores raros, mas há casos de câncer de mama familiar, por exemplo. Pacientes que têm esse histórico familiar, marcado por vários casos, devem ter um segmento desde uma faixa etária mais jovem. Na maioria dos casos, os tumores que acontecem nessa faixa de idade não têm uma causa muito bem definida. De modo geral, não há um grupo específico que deva ser observado uma forma diferenciada.

Blog da Saúde: Como os hábitos podem ajudar a evitar o câncer?
Dr. Gélcio: Na lista dos tumores mais frequentes, temos o câncer do colo de útero. A prevenção primária deste câncer está relacionada à redução do contágio pelo papilomavírus humano (HPV), que ocorre por via sexual. A prática sexual desprotegida (sem o uso de preservativos) é um fator de risco importante para transmissão do HPV, e consequentemente de risco para o desenvolvimento do câncer de colo de útero*. O primeiro comportamento fundamental é fornecer informação aos jovens sobre a prática do sexo seguro e a utilização de preservativos. Esse é um dos grandes focos de prevenção que devemos deve recomendar.

Como medida de saúde pública, recomendamos a atividade física regular, manutenção do peso adequado, a limitação do uso de alimentos ultraprocessados, que são alimentos que aumentam o risco de obesidade. Outro fator de risco evitável é a exposição solar, que está associada ao desenvolvimento do melanoma, tipo de câncer de pele mais grave. Estimular a prática de atividade ao ar livre sempre com chapéus e roupas compridas e com o uso adequado do protetor solar são comportamentos que devem ser estimulados. Fazer atividades ao ar livre no início da manhã ou no final da tarde para limitar o risco de queimaduras são algumas das medidas muito importantes.

Evidentemente, o tabagismo está relacionado a vários tipos de câncer (pulmão, cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero e leucemias). Não há limite seguro para o uso do tabaco.

*O Governo Federal, por meio do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, oferta a vacina contra o HPV gratuitamente para meninas entre 9 e 14 anos, e meninos de 12 e 13 anos.  Saiba mais sobre a vacina contra HPV aqui.