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Cerca de 77 mil mulheres aguardam mamografia pelo SUS: Com 17 mil pessoas na fila, Santa Catarina está no topo do ranking

Em junho deste ano, 77.243 brasileiras aguardavam por uma mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). Santa Catarina é o estado com mais mulheres na fila de espera, cerca de 17 mil.  Em seguida, aparecem São Paulo (15 mil) e Rio de Janeiro (12,5 mil). Juntos, os três estados somam 56% do total de pacientes à espera do principal exame para detecção do câncer de mama. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).

Segundo a entidade, em alguns locais do país, o tempo de espera por uma mamografia na rede pública pode chegar a 80 dias. O exame, quando realizado em tempo hábil, permite a detecção precoce de alterações mamárias, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido e reduzindo a necessidade de intervenções invasivas e onerosas. “Os números revelam parte da sobrecarga no SUS e devem ser levados em conta, especialmente pelos recém-eleitos nas eleições municipais, na formulação e manutenção de políticas de saúde pública”, avaliou o CBR.

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Hipertensão Arterial: confira os cuidados necessários para combater a pressão alta

Quase um quarto da população adulta brasileira é hipertensa, de acordo com o último levantamento realizado pelo Ministério da Saúde. O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado no último sábado, 26 de abril, tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os cuidados necessários com a pressão arterial.

A diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, explica que para evitar o problema responsável por provocar infarto, derrame e outras complicações, é preciso manter medidas simples de prevenção, como adotar uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente. “Alimentação diversificada, redução do sal dos alimentos, tanto no preparo quanto, também, na escolha dos alimentos industrializados. Verificar sempre, também, a composição dos alimentos, sempre preferindo os alimentos com menor teor de sal. O estímulo à prática da atividade física regular. Então, 30 minutos de caminhada diariamente”.

A cabeleireira Dara Correa de Souza, por exemplo, conta que descobriu que sofria de hipertensão quando começou a passar mal e resolveu ir ao médico. “Dor de cabeça, tontura, às vezes dor no peito. E fui ao médico e constatou que era pressão alta. Tem que ter uma alimentação mais saudável. Eu mesma não cuidava direito da alimentação. Geralmente, quem tem pressão alta tem que fazer também uma atividade física para ajudar a controlar”, lembra Dara.

Para os médicos do Instituto Nacional de Cardiologia(INC), os hipertensos devem reduzir o consumo de sal, evitar temperos industrializados e dar preferência a frutas ricas em potássio. O ideal é comer peixe ao menos duas vezes por semana e optar por carnes brancas ou magras de boi. Também é importante beber leite desnatado e derivados.

Confira as recomendações do INC:

  • Pratique exercícios físicos com orientação médica. A atividade deve ser realizada por 40 minutos, cinco vezes por semana. Intercalar pequenas corridas com caminhadas, fazer hidroginástica ou utilizar esteira e bibicleta ergométricas auxiliam na melhora do condicionamento físico. Hipertensos podem se exercitar desde que apresentem exames clínicos, eletrocardiogramas, testes ergométricos e exames de sangue atualizados;
  • Mantenha o organismo hidratado. Além de água, beba sucos naturais e água-de-coco;
  • Cuide da alimentação. Receitas simples, como saladas e pratos leves, não aumentam o colesterol e são fáceis de ser preparadas em casa. Alguns alimentos liberados: queijo minas, peito de peru, requeijão light, ricota, passas, cenoura, beterraba, damasco, salsa, cebolinha, alho, abacaxi, melancia, melão, pêra, maçã, tangerina e castanhas;
  • Somente faça dietas com acompanhamento nutricional. Desconfie de regimes milagrosos que prometem perda de peso em poucos dias. Além de não ser um hábito saudável, fechar a boca enfraquece o organismo e pode provocar hipoglicemia, ou seja, perda de açúcar no sangue.
  • Aprenda a controlar o estresse. Caminhadas diárias de no mínimo 30 minutos podem virar boas aliadas.

Combate à hipertensão – Apesar da grande quantidade de brasileiros hipertensos, o Ministério da Saúde registrou a menor taxa de pessoas internadas para 100 mil habitantes em 10 anos. A taxa passou de 95,04 em 2002 para 59,67 em 2012. Entre as principais ações do Ministério no combate à hipertensão estão os programas Academias da Saúde e Saúde não tem Preço. As academias incentivam o desenvolvimento de espaços de prática de atividades físicas em todo o Brasil. O objetivo é implantar 4 mil unidades até o final deste ano. Já o Saúde não Tem Preço permite o acesso gratuito da população aos medicamentos para hipertensão retirados pelo Farmácia Popular, reduzindo as internações hospitalares.

Saiba como evitar os desconfortos causados pelo calor

As temperaturas elevadas têm incomodado muita gente em várias partes do Brasil. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, os termômetros registraram calor recorde nos últimos dias. Nesta situação, não é raro encontrar alguém que reclame de cansaço, tontura e suor em excesso, principalmente quem precisa trabalhar com roupas mais formais. De acordo com Pablo Sturmer, médico de família e comunidade da Unidade de Saúde Jardim Itu, em Porto Alegre (RS), o ideal é dar preferência a roupas feitas com tecidos que não retenham o suor, como o algodão. “Como não permitem a troca com o ambiente, roupas sintéticas esquentam mais e aumentam o suor. Também é importante evitar o uso de cores escuras, que absorvem a luz solar, aumentando a temperatura corporal”, observa.

Sturmer alerta que neste período, o cuidado com os alimentos que são consumidos deve ser redobrado, pois um dos problemas de saúde mais comuns durante o verão são as infecções intestinais e diarreias. “O calor acelera a proliferação das bactérias que já estão presentes nos alimentos, mas em quantidade menor. É muito importante manter os alimentos refrigerados para evitar esta proliferação, por isto é indicado não consumir nada em lugares de origem duvidosa”, frisa o médico.

Hidratação – Beber de dois a três litros de água diariamente já é indicado durante o ano todo, mas no verão é preciso não se esquecer disso para não correr o risco de desidratar. O principal mecanismo de regulação da temperatura é o suor, e com ele há perda de água e sais minerais. É importante verificar se as crianças e os idosos estão tomando a quantidade de líquidos necessária para manter uma boa hidratação, pois nessas faixas etárias é mais comum perder água. “É recomendável um cuidado maior com exercícios físicos durante o calor, porque a desidratação é muito mais fácil, mas não há necessidade de evitá-los. Basta diminuir a intensidade, porque o calor exige mais do corpo”, acrescenta.

Durante o calor excessivo do verão, habitualmente há vasodilatação e a pressão sanguínea pode cair, o que causa sensações de cansaço e tontura. Confirmada a queda da pressão, a primeira providência a se tomar é deitar a pessoa que passa mal, inclinando ligeiramente as pernas para facilitar a ida do sangue até o cérebro.

No entanto, isto não é uma regra que possa representar alguma vantagem para o hipertenso. “Como a pessoa pode ficar muito irritada com a temperatura elevada, a pressão pode subir pelo estado de nervos”, observa o cardiologista Ivan Cordovil, coordenador do serviço de hipertensão arterial do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro.

O calor também pode atrapalhar o descanso, causando desconforto. Na hora de dormir, Pablo Sturmer explica que o ideal é climatizar o quarto, deixando o ambiente ventilado e usar pijama curto, feito de algodão. “É importante observar as regras de higiene do sono que valem para todos os dias e também ir para a cama somente quando tiver sono, se hidratar adequadamente, evitar bebidas estimulantes como café, chás, chimarrão e não praticar exercícios muito vigorosos perto da hora de deitar”, finaliza.