Publicado em maio 3, 2015 por bibliotecafsp
Um trabalho realizado por pesquisadores do Laboratório de Biologia Estrutural do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), chefiado pelo professor Ariel Mariano Silber, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, visa ao desenvolvimento de um composto para o combate ao Trypanosoma cruzi, parasita causador da doença de Chagas. A partir da caracterização do funcionamento da proteína delta1-pyrroline-5-carboxylate dehydrogenase (TcP5CDH), proteína que degrada a prolina (aminoácido essencial para a sobrevivência do parasita), os cientistas pretendem criar inibidores capazes de bloquear a reação e combater a proliferação do Trypanosoma. A doença que é transmitida pelas fezes do inseto barbeiro, que entram em contato com o sangue humano quando a pessoa coça a área da pele picada.
Para completar seu ciclo biológico, o Trypanosoma cruzi sai do barbeiro e passa por diversos outros ambientes químicos, até se hospedar no corpo humano. Alguns desses locais possuem açúcares livres como fonte de energia, enquanto outros não. Através disso, descobriu-se que o parasita pode viver sem o açúcar, obtendo energia por intermédio do metabolismo dos aminoácidos de proteínas (macromoléculas), um dos principais aminoácidos é a prolina. Além de serem fontes de energia, tais aminoácidos atuam como importantes sinalizadores para o Trypanosoma, pois permitem que o parasita saiba onde está hospedado, uma vez que cada ambiente possui características diferentes (temperatura, pH, composição química, entre outros), levando a diferenciação do parasita em suas várias formas de desenvolvimento, adaptadas a cada ambiente.
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