Uma única dose da vacina Oxford-AstraZeneca ou da Pfizer-BioNTech reduz em mais de 80% as chances de hospitalização por covid-19 de idosos com 80 anos ou mais, apontam dados apresentados nesta segunda (1/3) pela Public Health England (PHE), agência do Departamento de Saúde do Reino Unido.
Conforme os dados publicados no site do governo, a proteção superior a 80% foi observada de três a quatro semanas após a aplicação da primeira dose de ambos os imunizantes. Apesar do bom resultado, cientistas defendem que a administração da segunda dose é desejável para garantir proteção mais perto de 100% possível.
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A mortalidade, a internação hospitalar e os atendimentos de emergência por agressão no Brasil, de 1996 a 2007, foram analisados em artigo publicado na edição de dezembro da Revista Ciência e Saúde Coletiva (vol.17, no.12, dez. 2012). Nele, pesquisadores do Centro Latino-Americano de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves/ENSP) e da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde indicam que, em 2007, a taxa de mortalidade de jovens por agressão foi de 92,8 por cem mil habitantes, totalizando 24.436 óbitos. O número representa 56,9% da mortalidade masculina por essa causa. A relação entre homem e mulher foi 11,6 vezes maior na mortalidade, 4,5 vezes na internação e 2,8 vezes no atendimento de emergência.
Intitulado Morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão: expressão dos diferenciais de gênero, o artigo utilizou como fonte os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e do Sistema de Vigilância das Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde. O texto relata que os homens, principalmente os mais jovens, ocupam papel central nas mortes por agressão em todo o mundo. Em 2002, estimava-se que 80% das mortes por agressão incidiram sobre os homens. No Brasil, em 2005, esse percentual era de 92%. Em 2007, no país, 92% dos homicídios eram masculinos, e a principal faixa etária foi a de 20 a 29 anos, representando 40,3% do total desses óbitos.
Ainda segundo a pesquisa, o fato de haver maior presença masculina nesses eventos específicos e na violência em geral ocasiona um debate acerca do lugar e da condição de homens e mulheres nas sociedades. “Discute-se que tanto os status quanto os papéis dos homens que os associam à violência estão relacionados a aspectos socialmente construídos. Desde cedo, meninos são levados a aprender e a reproduzir comportamentos agressivos e violentos contra si mesmos e contra outrem”, justifica o texto.
A análise dos pesquisadores demonstrou crescimento das taxas de mortalidade por agressão na população do país, que aumentou de 23,8 por cem mil habitantes em 1996, para 28,2 em 2003, quando o índice foi o mais elevado. Já a taxa masculina cresceu 20,8%, passando de 43,7 em 1996 para 52,8 habitantes em 2003. Assim como nos dados da população em geral, decresceu a partir de 2004. “Em 2007, a taxa masculina era de 46,2 habitantes, tendo caído 12,5% em relação ao ano de 2003, e voltado ao patamar inicial da série estudada. No sexo feminino, as taxas apresentam pequenas oscilações, de 4,4 em 1996, caindo, em 2007, para 3,9 habitantes.”
O texto conclui que a taxa de mortalidade de jovens por agressão foi de 92,8 por cem mil habitantes, totalizando 24.436 óbitos, o que representa 56,9% da mortalidade masculina por essa causa. Sobre as internações por agressão, os homens jovens totalizaram 16.745 casos no mesmo ano, correspondendo a 46,3% das hospitalizações masculinas. “Observa-se que, no Brasil, em 2007, foram realizados 1.980 atendimentos de emergência a jovens do sexo masculino por agressão, representando 53,1% dos 3.798 atendimentos masculinos por esse evento. “No perfil das vítimas e dos principais agressores, também se destacam os homens negros e aqueles com baixa escolaridade. Frente a esse fato, além do entendimento de modelos culturais de gênero, é preciso compreender outros aspectos estruturantes como a raça/etnia e a classe social”, conclui o trabalho.
O artigo é de autoria dos pesquisadores Edinilsa Ramos de Souza, Romeu Gomes, Juliana Guimarães e Silva e Bruna Soares Chaves Correia, do Claves/ENSP, e Marta Maria Alves da Silva, do Ministério da Saúde.