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Nova edição da Radis aborda a violência contra as mulheres

Se você pensa que os relatos de violência contra mulheres, assédios, agressões as mais diversas aumentaram, não é impressão. Estão mais visíveis nos noticiários, em manchetes que causam embrulho no estômago. Também se revelam nos números. De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, uma mulher foi vítima de feminicídio no país a cada 7 horas — e a cada 10 minutos, uma foi estuprada.

O avanço de pautas conservadoras coloca os direitos das mulheres na mira e provocam retrocessos em políticas públicas que promovem igualdade de gênero e buscam prevenir as mais diversas formas de violência. A reportagem de capa da Radis de novembro aborda esse tema delicado, porém necessário, e traz dados alarmantes sobre o aumento de diferentes formas de violência e violações contra as mulheres — e mostra também caminhos possíveis para o debate público e para fortalecer o acolhimento, a prevenção e o protagonismo feminino.

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Foto:Marcos Santos/USP Imagens

Pesquisa associa consumo de álcool a mortes violentas em São Paulo

De acordo com a pesquisa, dos que haviam ingerido álcool, 32% tinham sido vítimas decorrentes de acidentes de trânsito e 30,5% de homicídios.

O estudo usou registros de vítimas do IML de São Paulo, cruzando dados sobre idade, sexo e concentração de álcool no sangue.

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Raio-x da violência no Brasil em 10 pontos

O número de assassinatos no Brasil atingiu a marca de 50.806 vítimas no ano de 2013, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso significa que em média uma pessoa é morta a cada 10 minutos no país.

A marca é 1,6 vezes maior que os homicídios cometidos no México no mesmo período (30.632, segundo o governo local) e cinco vezes maior que as mortes ocorridas no Iraque em 2013 (9.742, segundo levantamento da ONG Iraq Body Count).

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Número de vítimas jovens negras aumenta 24%

Na tarde do terceiro dia (5/9) da Semana Sergio Arouca, que comemora os 59 anos da ENSP, foi realizada a roda de conversas Violência e racismo, promovida pela Articulação do Fórum da ENSP com os Movimentos Sociais. Carla Moura Lima, doutoranda da Fiocruz, abriu a conversa com dados sobre a violência contra a população de jovens negros, divulgados pelo livro Mapa da violência 2013 – Homicídios e juventude no Brasil, de Julio Jacobo Waiselfisz. De acordo com a publicação, as vítimas negras entre jovens cresceram de 11.321 (2002) para 13.405 (2011), isto é, um aumento de 24,1%. A atividade contou com a participação do historiador Fransérgio Goulart de Oliveira Silva, que trabalha há mais de dez anos em projetos voltados para jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro, além de pesquisadores da ENSP e representantes de movimentos e entidades civis organizadaO Mapa da violência esclarece que o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde iniciou a divulgação de seus dados em 1979, mas só em 1996 começou a oferecer informações referentes à raça/cor das vítimas, apesar dos elevados níveis de subnotificação. Até 2002, conforme informa a publicação, a cobertura dos dados de raça/cor foi deficitária. Por isso, a análise das informações ocorre a partir desse ano, quando a cobertura alcançou um patamar considerado razoável: acima de 90% dos registros de homicídio com identificação da raça/cor da vítima.

Segundo tais dados, de 2001 a 2011, morreram, vítimas de assassinatos, 203.225 jovens. Nos anos extremos, os números são muito semelhantes: pouco mais de 18 mil assassinatos. A população jovem está entre os 15 e 24 anos de idade. Nos estados e regiões que apresentam fortes quedas, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, os números diminuem 76,2% e 44,0%, respectivamente. No Rio Grande do Norte, por exemplo, mais que quadruplica o número de vítimas juvenis. No período analisado, as estatísticas chegam a duplicar no Pará, Bahia e Maranhão.

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Plano Juventude Viva será apresentado na ENSP

O homicídio é a principal causa de morte entre jovens brasileiros de 15 a 29 anos, especialmente negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por homicídios em 2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino. Para tratar do tema, na terça-feira (5/3), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), por meio de sua Assessoria de Cooperação Social (ACS), realizará um seminário com o objetivo de apresentar o Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra – Juventude Viva. A atividade, aberta ao público, será das 9 às 13 horas, no auditório térreo da Escola.

Os homicídios de jovens representam uma questão nacional de saúde pública e, também, grave violação aos direitos humanos. Isso tem se refletido no sofrimento silencioso e insuperável das famílias e comunidades negras, além de já se configurar como um problema demográfico. O movimento social negro vem denunciando, há décadas, tal situação. A exposição desse segmento de jovens a ocorrências cotidianas de violência evidencia uma imbricação dinâmica entre os aspectos estruturantes, relacionados às causas socioeconômicas, e processos ideológicos e culturais, oriundos de representações negativas acerca da população negra.

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