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Estudo analisa evolução da monkeypox em pessoas com HIV

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) participou de um estudo que avaliou casos de monkeypox em pessoas com infecção avançada por HIV. Apresentada na 30th Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections (Croi 2023) e publicada (21/2) na revista cientifica The Lancet, a pesquisa reuniu investigadores de 19 países como Estados Unidos, Espanha, México, Reino Unido e Brasil, que forneceram dados de casos confirmados de monkeypox (entre 11 de maio de 2022 e 18 de janeiro de 2023). O INI/Fiocruz é referência para o atendimento de casos de monkeypox no Rio de Janeiro e desenvolve diferentes pesquisas que contribuem para o enfrentamento desta doença.

Com a colaboração de Mayara Secco Torres Silva, infectologista do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e Aids do INI/Fiocruz, o estudo Mpox in people with advanced HIV infection: a global case series reuniu 382 casos, sendo 349 (91%) casos em indivíduos que viviam com HIV. No geral, 107 pacientes (28%) foram hospitalizados e ocorreram 27 mortes (25%), todas em pessoas que apresentavam imunodepressão avançada pelo HIV. Um dos destaques do trabalho foi a descrição de uma forma grave de monkeypox, caracterizada por lesões cutâneas e mucosas necrotizantes, com alta prevalência de manifestações dermatológicas e sistêmicas fulminantes e morte, em pacientes com doença avançada pelo HIV, caracterizada por contagens de linfócitos TCD4+ abaixo de 200 células/mm3.

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Fiocruz coordena projeto de prevenção ao HIV

A Fiocruz coordenará o projeto de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP) na América Latina, iniciativa que visa oferecer medicamentos antirretrovirais a cerca de 7.500 pessoas não infectadas pelo vírus do HIV. O objetivo do programa, que será lançado nesta quarta-feira (12/7) na Fiocruz, é reduzir o risco de aquisição da doença por via sexual. O foco são homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais e travestis. No Brasil, o Ministério da Saúde, através do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das [Infecções Sexualmente Transmissíveis] IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, apoiará o projeto fornecendo todos os insumos, testes e medicamentos. O evento acontecerá às 9h, na Biblioteca de Obras Raras, no terceiro andar do Castelo Mourisco, na Fundação Oswaldo Cruz (Av. Brasil 4365, Manguinhos).

Inicialmente, o projeto contará com a participação de cidades em oito estados e, ao longo do primeiro ano, se expandirá para, pelo menos, um serviço em cada estado brasileiro. Além da profilaxia pré-exposição ao HIV, a iniciativa possibilitará a ampliação do diagnóstico das hepatites B e C, sífilis, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

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Saiba como funciona a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para HIV

Já imaginou tomar um comprimido por dia e diminuir de maneira significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição? É basicamente assim que funciona o novo método de prevenção ao HIV oferecido pelo Ministério da Saúde. A Profilaxia Pré-Exposição, ou PrEP, como é mais conhecida,  é um dos componentes  da abordagem adotada pelo Ministério para combater o HIV, chamada de prevenção combinada, onde a pessoa tem a opção de usar um método de prevenção ou combinar vários que se ajustem às suas necessidades, características individuais ou momentos de vida.

É dentro desse contexto que o SUS passa a oferecer a pílula que combina o medicamento tenofovir e o entricitabina. Um único medicamento por dia é tomado regularmente, mesmo que não haja suspeita de exposição, pois o objetivo é que ela funcione como uma barreira para o HIV antes da pessoa ter contato com o vírus. Diferente da, Profilaxia Pós-exposição (PeP), um outro método de prevenção que é utilizado no pós exposição ao vírus. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa ter havido contato com o vírus. O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível no SUS.

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UNAIDS elogia decisão de SUS oferecer pílula anti-HIV

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) elogiou a decisão do Ministério da Saúde de oferecer a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) através do Sistema Único de Saúde (SUS). A divulgação da informação foi feita pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na quarta-feira (24), durante participação na Assembleia Mundial de Saúde em Genebra, na Suíça.

“A incorporação da PrEP ao leque de opções de prevenção é muito bem-vinda”, afirmou a diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga Orillard. “Esse esforço é essencial para acelerar a resposta brasileira rumo ao fim da epidemia.”

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Coletânea traz panorama das políticas de controle do HIV no Brasil e em Moçambique

Uma reflexão menos cuidadosa pode induzir à falsa impressão de que a epidemia de HIV/Aids está sob controle a ponto de não chamar mais a atenção dos países como outrora. Entretanto, se o objetivo de acesso ao tratamento a 15 milhões de pessoas soropositivas até 2015 foi plenamente alcançado, novas metas se impõem. “O novo desafio é o chamado ‘90-90-90’, que inclui 90% das pessoas vivendo com HIV conhecedoras do seu estado; 90% de todas as pessoas com diagnóstico de infecção pelo HIV recebendo terapia antirretroviral; e 90% de todas as pessoas que recebem terapia antirretroviral atingindo a supressão viral”, afirmam Nair Teles, Jairo Jacques da Matta e Wanda Espírito Santo, pesquisadores do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e organizadores do livro Políticas de Controle do HIV/Aids no Brasil e em Moçambique, lançamento da Editora Fiocruz.

Apesar dos avanços no enfrentamento do HIV/Aids, as disparidades entre as regiões permanecem significativas. A África subsaariana registrou conquistas importantes nos últimos anos, como aumento de cobertura com a introdução da terapia antirretroviral, redução do número de novas infecções e diminuição da mortalidade por HIV/Aids. Contudo, “o continente do qual Moçambique faz parte continua sendo a área mais afetada pelo HIV, pois aí residem mais de dois terços das pessoas vivendo com a doença”, dizem os organizadores do livro. Moçambique é o terceiro país com maior taxa de soroprevalência estimada entre a população adulta, atrás apenas de Lesoto e Suazilândia.

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Pós Carnaval: Quando devo fazer o exame para detectar o HIV?

O carnaval acabou, mas  o alerta do Ministério da Saúde para a prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis continua.  Se você fez sexo sem camisinha ou compartilhou seringas nesse período deve saber que pode ter sido contaminado pela sífilis, gonorreia, hepatite B e pelo HIV – vírus causador da aids. Por essa razão, é importante fazer um check up para verificar como está a sua saúde.

No caso do HIV, por exemplo, os principais testes disponibilizados só conseguem detectar a infecção 30 dias após a exposição ao vírus. Isso porque o organismo precisa de um tempo para produzir a quantidade de anticorpos necessária para acusar no exame. Por isso,  o teste de HIV deve ser feito depois desse prazo. Neste período, que chamamos de janela imunológica, não se exponha novamente ao vírus, tomando as medidas de proteção.

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Número de mortes no Brasil é menor que média mundial

O índice anual de mortes provocadas por HIV/Aids e pela tuberculose no Brasil é menor que a média mundial. A informação faz parte de um estudo publicado pela revista científica The Lancet divulgado durante a 20ª Conferência Internacional sobre Aids, que acontece em Melbourne, na Austrália, e termina nesta sexta-feira (25). Segundo o estudo, as mortes por aids no Brasil tiveram uma redução da taxa anual de 2,3%, entre 2000 e 2013, enquanto o índice mundial, no mesmo período, foi de 1,5%. O Secretário em Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, e diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, participam da Conferência.

Em relação às mortes por tuberculose, a publicação mostra uma queda de 4,5% de casos por ano, desde 2000. A média global, nos últimos 13 anos, foi de 3,7%. No Brasil, em 2013, 5.788 pessoas morreram vítimas da doença. A publicação acredita que os bons resultados brasileiros estejam relacionados à adoção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2000. A pesquisa foi conduzida por um grupo internacional de cientistas e coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da Universidade de Washington, nos EUA.

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Saúde lança Proteja O Gol para prevenção ao HIV e aids no mundial

Os torcedores brasileiros e estrangeiros da Copa do Mundo no Brasil terão acesso a camisinhas e testagem de HIV durante o período de jogos do mundial nas cidades sedes brasileiras. As ações de prevenção ao HIV e aids integram o Projeto Proteja o Gol, parceria do Ministério da Saúde com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV e Aids (UNAIDS). O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou nesta segunda-feira (09), em Salvador, do lançamento da campanha. Também estiveram presentes ao evento os netos de Nelson Mandela, que são embaixadores da campanha, além do Diretor Executivo do UNAIDS e Secretário Geral Adjunto das Nações Unidas, Michel Sidibé.

Durante o mundial, serão distribuídas cerca de 2 milhões de camisinhas, acompanhados de panfletos com mensagens de prevenção. Para o ministro Arthur Chioro, o projeto representa o esforço do Ministério da Saúde e da UNAIDS em implantar estratégias inovadoras de prevenção voltadas aos jovens, que normalmente não buscam os serviços de saúde de forma voluntária. O diagnóstico será realizado em unidades móveis (trailers) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e serão utilizados testes rápidos, com resultado em até 30 minutos. Inicialmente, serão oferecidos cerca de 40 mil testes para as cidades sedes.

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Questões ligadas à aids ainda são um tabu na área da saúde

Estudo elaborado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) mostra que muitos profissionais da área da saúde não têm preparo suficiente para trabalhar com situações que envolvam a temática da aids. De autoria da pesquisadora Cíntia Yuri, a dissertação de mestrado mostra que as principais dificuldades estão no momento de comunicar o diagnóstico e de abordar assuntos como as possíveis formas de contágio por HIV. Além disso, a pesquisa revela também que crenças equivocadas acerca da doença ainda são persistentes entre a população e que o cuidado no âmbito doméstico também requer atenção.

Intitulado Sentidos atribuídos por adultos com HIV/AIDS à doença e ao cuidado que recebem de familiares, o estudo aponta que muitos médicos, enfermeiros, entre outros profissionais, têm grande dificuldade para abordar assuntos considerados polêmicos sobre a doença, como o contágio por relações sexuais. Isso acontece porque, muitas vezes, na formação acadêmica desses profissionais, há uma ênfase aos aspectos técnicos em detrimento dos elementos de ordem subjetiva, dificultando a incorporação de processos que digam respeito, por exemplo, à sexualidade. Para Cíntia, é importante incorporar temas dessa natureza no processo de formação e atuação dos profissionais de saúde, para que eles possam ter uma melhor convivência com seus medos e, inclusive, preconceitos.

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HIV/AIDS: Novo protocolo beneficia crianças e adolescentes

O Ministério da Saúde liberou nesta quarta-feira (23) novo protocolo de tratamento e acompanhamento, que beneficiará mais de 21 mil crianças com HIV e aids. A principal novidade é a definição de uma primeira linha de tratamento para recém-nascidos que, a partir de agora, iniciam o tratamento com AZT (Zidovudina) por quatro semanas. Essa indicação é aplicada aos filhos de mães soropositivas que foram acompanhadas desde o pré-natal e que tenham carga viral do HIV abaixo 1.000 cópias no último trimestre de gravidez. Hoje, estão em tratamento com antirretrovirais, aproximadamente 10 mil crianças e adolescentes.

Já no caso das gestantes que não receberam antirretroviral durante a gravidez é recomendado aos bebês a utilização de AZT por quatro semanas, acompanhado de Nevirapina em três doses. Antes, a recomendação era de uso do AZT durante seis semanas. A faixa etária considerada para o protocolo é de recém-nascidos até os 17 anos.

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