Tag Archives: HIV

Dezembro Vermelho: o que você precisa saber

Dezembro Vermelho é uma campanha nacional, instituída pela Lei nº 13.504/2017, que promove a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. O Ministério da Saúde informa que a Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças, tendo os linfócitos T CD4+ como as células mais atingidas. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula, fazer cópias de si mesmo e, depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

É importante destacar que ter HIV não é o mesmo que ter Aids, pois há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. O vírus pode ser transmitido “a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.” Por isso, é essencial se proteger em todas as situações e fazer regularmente o exame.

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HIV + Covid-19 é o tema do Sala de Convidados

Como uma pessoa que convive com uma inflamação em todo o organismo, provocada pelo vírus HIV, lidou com os riscos que a pandemia de covid-19 trouxe à população? É o que o Sala de Convidados que saber trazendo o tema para o debate.

Quando a emergência de saúde mundial começou, alguns grupos foram identificados com maior potencial para contaminação pelo novo coronavírus. Somente profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades estiveram no topo da lista dos mais vulnerabilizados no início, até que se percebeu que outros grupos também estavam mais sujeitos a contrair o vírus e agravar os sintomas, com risco de hospitalização e óbito.

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40 anos de uma pandemia que não acabou

Valentina nunca viu uma pessoa morrer de Aids. Não teve tempo de ser fã do Cazuza, tampouco ouviu falar do Betinho e sua campanha contra a fome nem assistiu aos filmes do Rock Hudson. Quando ela nasceu, nos anos 2000, as propagandas na televisão e nos pontos de ônibus já anunciavam que “a vida podia ser positiva com ou sem Aids”, mostrando como era possível viver bem com HIV. Quando fez seu primeiro ‘exame de sangue’, o uso de seringas descartáveis já era parte da rotina dos serviços de saúde e, embora ela provavelmente nem saiba, caso tivesse precisado de transfusão ou hemodiálise, encontraria bancos de sangue com um controle sanitário muito mais rígido do que aqueles que levaram a tantas contaminações nos anos 1980. Com vida sexual ativa, Valentina nem sequer se lembra da última campanha pública que lhe fez pensar sobre o uso do preservativo. Como tem mais medo de uma gravidez precoce do que de contrair Aids, a pílula anticoncepcional faz mais parte da sua vida do que a camisinha.

Ao contrário da personagem que abre esta reportagem, Jefferson Campos é uma pessoa real. Hoje com 30 anos, ele recebeu o diagnóstico de HIV positivo em 2018, quando tinha 27. Cientista social com atuação na área da saúde, ele considera que era muito bem informado sobre o assunto, tanto que fazia testes periódicos – o que permitiu que descobrisse a infecção logo no começo – e, na maioria das vezes, usava preservativo nas relações sexuais. Campos diz que sua geração chegou a pegar algumas campanhas mais fortes de prevenção à Aids, mas ele percebia que os parceiros mais jovens – na casa dos 20 anos – tinham uma atitude “mais frouxa” em relação à prevenção. “Quando o parceiro era da minha faixa etária, não tinha discussão, [o preservativo] estava ali. Se eu não demandasse, ele iria demandar o uso da proteção. Já com uma galera mais jovem, essa demanda não vinha”, relata.

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HIV/Aids: projeto da Fiocruz Minas investiga o acolhimento no sistema de saúde

Oficinas para conversas, desabafos e trocas de experiências. Cartas para o registro das vivências. É com essas ferramentas que o Grupo de Saúde, Educação e Cidadania (SEC), da Fiocruz Minas, vem trabalhando no projeto Reconectando Vidas, que tem por objetivo principal fortalecer e qualificar o acolhimento a Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA). Para isso, a equipe responsável pelo projeto entende que é fundamental compreender como se dá a trajetória dessas pessoas dentro do sistema de saúde, desde o momento em que buscam o diagnóstico, passando pela fase de adesão ao tratamento e à continuidade dele.

Para alcançar essa compreensão, o grupo de pesquisa criou espaços de escuta qualificada, possibilitando às pessoas que vivem com HIV/Aids relatar como são acolhidas nos serviços de saúde, permitindo aos pesquisadores identificar os pontos fortes e, principalmente, os aspectos que precisam ser aprimorados.  Entre os espaços criados estão um coletivo, materializado em oficinas em que PVHA podem dialogar e falar sobre suas vivências; e um individual, em que elas são convidadas a escreverem uma carta, contando sobre a experiência com o HIV/AIDS, desde o momento em que receberam o diagnóstico da doença.

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Inovações no cuidado e prevenção do HIV/Aids são temas de seminário

A adesão ao tratamento antirretroviral, disponibilizado gratuitamente no país pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental para a manutenção da qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV. O acesso a medidas de prevenção, como as profilaxias de pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) ao vírus, contribuem de forma significativa para a redução no número de infecções.

Reflexões sobre o impacto de inovações no cuidado e na prevenção do HIV e achados de pesquisas desenvolvidas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro serão discutidos em um seminário online. A iniciativa voltada para pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e lideranças sociais será realizada no dia 05 de novembro, às 9h30, com transmissão pelo canal do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) no Youtube [acesse].

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Quem vive na rua com HIV tem 10 vezes mais chances de complicações

Fragilidade social, que inclui desemprego, situação de rua e baixa escolaridade agravam a situação dos pacientes com HIV/Aids

Estudo da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto mostra que pessoas com HIV em situação de vulnerabilidade social estão mais propensas a serem internadas devido a complicações da doença – Foto: C.Alberto via Flickr – CC

Avanços nas pesquisas têm tornado cada vez mais eficazes os tratamentos para as pessoas que vivem com HIV. Atualmente esses indivíduos levam uma vida bem perto da normalidade e têm uma expectativa de vida quase pareada com o restante da população. No entanto, estudo na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP revelou que quem vive em condição de fragilidade social – como desempregados, pessoas em situação de rua, e com baixa escolaridade – está mais sujeito à internação hospitalar devido às complicações do HIV.

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Fiocruz coordena projeto de prevenção ao HIV

A Fiocruz coordenará o projeto de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (ImPrEP) na América Latina, iniciativa que visa oferecer medicamentos antirretrovirais a cerca de 7.500 pessoas não infectadas pelo vírus do HIV. O objetivo do programa, que será lançado nesta quarta-feira (12/7) na Fiocruz, é reduzir o risco de aquisição da doença por via sexual. O foco são homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais e travestis. No Brasil, o Ministério da Saúde, através do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das [Infecções Sexualmente Transmissíveis] IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, apoiará o projeto fornecendo todos os insumos, testes e medicamentos. O evento acontecerá às 9h, na Biblioteca de Obras Raras, no terceiro andar do Castelo Mourisco, na Fundação Oswaldo Cruz (Av. Brasil 4365, Manguinhos).

Inicialmente, o projeto contará com a participação de cidades em oito estados e, ao longo do primeiro ano, se expandirá para, pelo menos, um serviço em cada estado brasileiro. Além da profilaxia pré-exposição ao HIV, a iniciativa possibilitará a ampliação do diagnóstico das hepatites B e C, sífilis, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

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Saiba como funciona a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para HIV

Já imaginou tomar um comprimido por dia e diminuir de maneira significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição? É basicamente assim que funciona o novo método de prevenção ao HIV oferecido pelo Ministério da Saúde. A Profilaxia Pré-Exposição, ou PrEP, como é mais conhecida,  é um dos componentes  da abordagem adotada pelo Ministério para combater o HIV, chamada de prevenção combinada, onde a pessoa tem a opção de usar um método de prevenção ou combinar vários que se ajustem às suas necessidades, características individuais ou momentos de vida.

É dentro desse contexto que o SUS passa a oferecer a pílula que combina o medicamento tenofovir e o entricitabina. Um único medicamento por dia é tomado regularmente, mesmo que não haja suspeita de exposição, pois o objetivo é que ela funcione como uma barreira para o HIV antes da pessoa ter contato com o vírus. Diferente da, Profilaxia Pós-exposição (PeP), um outro método de prevenção que é utilizado no pós exposição ao vírus. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa ter havido contato com o vírus. O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível no SUS.

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Pílula de prevenção do HIV é vitória contra epidemia no SUS

Após anos de debate, Ministério da Saúde adota medicamento pré-exposição ao vírus para grupos de risco

Para o professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Esper Kallás, a política adotada pelo SUS é uma importante medida para os grupos mais vulneráveis ao HIV. Ele explica que a profilaxia pré-exposição foi direcionada para mulheres com parceiros soropositivos em áreas sem acesso à saúde. O sucesso dos estudos levou à expansão das medidas aos grupos de homens homossexuais e mulheres transgêneros.

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Boletim da Unaids traz especial sobre medicamentos para HIV/Aids

Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) lançou novo boletim sobre as Metas de tratamento 90-90-90 para todos. O objetivo é de que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; que destas, 90% estejam em tratamento; e que 90% das pessoas neste grupo tenham carga viral indetectável. Esta edição traz como tema O poder dos medicamentos antirretrovirais.

O Brasil é hoje uma referência mundial de assistência ao paciente que vive com HIV/Aids. O país tem uma política sólida de distribuição de antirretrovirais, com o objetivo de dar acesso universal aos pacientes. Neste sentido, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) é um parceiro estratégico do Ministério da Saúde, produzindo sete dos 23 medicamentos que compõem o coquetel antiAids: atazanavir, efavirenz, lamivudina, nevirapina, zidovudina, lamivudina+zidovudina e tenofovir+lamivudina.

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